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Conglomerado industrial norte-americano e um dos maiores produtores mundiais de máquinas para a agricultura, a AGCO foi fundada em 1990, como resultado da aquisição por grupos investidores dos EUA do fabricante alemão de tratores Deutz-Allis. Ao longo dos anos seguintes a AGCO liderou um processo agressivo de aquisições, formando uma corporação que hoje concentra 21 empresas ligadas ao setor e fazendo crescer exponencialmente seus resultados (de um faturamento global de US$ 200 milhões, no ano de sua criação, passou a US$ 3,2 bilhões em 1997).

Sua presença no Brasil vem de 1996, quando adquiriu a Maxion, fabricante nacional de tratores Massey-Ferguson e colheitadeiras Ideal, concluindo um processo que se iniciou dois anos antes, quando a AGCO assumiu o controle dos negócios internacionais da Massey britânica. Em 1999, após a desativação das fábricas de tratores e colheitadeiras Deutz na Argentina, transferiu para o Brasil a produção dos equipamentos destinados àquele mercado, lá comercializados com a marca AGCO Allis. Por fim, em 2004, ao adquirir a Valtra e a divisão de motores da Sisu, na Finlândia, também passou a controlar as unidades brasileiras de ambas as companhias.

A compra dessas empresas abriu para a AGCO uma perspectiva de crescimento insuspeitada, representada pelo imenso potencial agrícola brasileiro. A agricultura do país passava por uma fase de crescimento e modernização técnica, abrindo-se para um processo mais acelerado de mecanização, e a AGCO soube perceber e aproveitar essa perspectiva. Duas decisões seriam determinantes para o seu crescimento no país: o fechamento da fábrica inglesa da Massey e a transferência para o Brasil, em 2002, da parcela de sua produção destinada à exportação, inclusive sob a modalidade CKD; e a mudança, para cá, do departamento mundial de engenharia de colheitadeiras convencionais, até então instalado na Dinamarca.

Assim, antes mesmo da ampliação de suas unidades fabris e da absorção da Valtra, a operações brasileiras da AGCO assumiram dimensão suplantada apenas pelos negócios norte-americanos: de 8%, em 1999, seu faturamento passou a representar 30% das vendas mundiais da AGCO, em 2003; nesse mesmo ano, as exportações a partir do Brasil (que alcançavam quase 90 países), responderam praticamente por metade das vendas externas do Grupo e por cerca de 60% do total das exportações nacionais de tratores. Tal política de negócios permitiu que a empresa vencesse, sem traumas, a grave crise de mercado de 2004-5, tornando-se, em menos de dez anos, a maior fabricante brasileira de máquinas agrícolas, com 40% da produção nacional.

Nos últimos anos, com o objetivo de completar sua linha de produtos, a AGCO introduziu no país máquinas de outras marcas do Grupo, aqui menos conhecidas – os tratores de esteira de borracha Challenger e os pulverizadores autopropelidos Spra-Coupe e Ag-Chem (todos eles importados dos EUA). Sediada em Canoas (RS), a AGCO possui unidades fabris naquela cidade, em Santa Rosa (RS), Moji das Cruzes (SP), Ribeirão Preto (SP) e Ibirubá (RS) – a última, sede da Sfil, uma das líderes brasileiras no mercado de implementos agrícolas, adquirida em 2007. No final daquele ano, aproveitando-se do bom momento da economia brasileira, a empresa anunciou a construção de nova fábrica, em Mato Grosso, o desenvolvimento de novos produtos para lançamento futuro (dentre os quais uma colhedora de cana e pulverizadores autopropelidos), assim como investimentos no segmento de motores diesel.

Seu ingresso no segmento de máquinas para colheita de cana-de-açúcar se deu em janeiro de 2012, mediante a aquisição do controle da brasileira Santal. Em 2019 relançou no país a marca alemã Fendt, adquirida pela AGCO em 1997, com ela almejando atingir o segmento de máquinas pesadas de alta tecnologia. Ao completar 30 anos de existência, em 2020, o grupo ultrapassava a marca de um milhão de tratores e 40.000 colheitadeiras produzidas no Brasil, parte dela exportada para mais de 80 países.

<agco.com.br>





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