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A Amazonas Motos Especiais Ltda. – AME foi criada em 1978, em São Paulo (SP), com o objetivo de fabricar motocicletas de grande porte, semelhantes às Harley-Davidson norte-americanas, porém utilizando os tradicionais motores Volkswagen 1600 de quatro cilindros opostos refrigerados a ar.

O projeto, concebido anos antes pelos mecânicos Luiz Antônio Gomi e José Carlos Biston, recebeu o nome Motovolks. O protótipo construído pela dupla possuía quadro montado com partes de motos Harley e Indian usadas, freios a disco nas duas rodas (do Ford Corcel, duplos na dianteira) e caixa de quatro marchas com ré originária do VW Brasília (e mais tarde do Gol). Estavam entre as maiores do mundo e, já com a marca Amazonas, seriam produzidas por mais de dez anos em São Paulo (SP) e Manaus (AM), com praticamente 100% de nacionalização; em 1982 também foi oferecido um sidecar como opcional. A Amazonas foi produzida até 1988, num total de cerca de 700 unidades, a maior parte exportada para EUA, Europa e Japão.

Pouco antes de encerrar a fabricação de motocicletas, a AME (que mudara de proprietário em 1986) começou a produzir automóveis: foi sua a primeira réplica brasileira do Porsche 550 Spyder 1955. Apresentado como protótipo em março de 1987, no II Salão do Veículo Fora-de-Série, o carro vinha com mecânica Volks e planos de entrega de 16 unidades por mês. (O Spyder já fora apresentado no I Salão, no ano anterior, no stand da Inter America Tecnologia Automobilística Internacional, empresa paulistana de origem norte-americana que, recém fundada, anunciava a construção de dez unidades mensais do novo carro em associação com a AME.)  Fabricada sob licença do projetista norte-americano Chuck Beck, a réplica podia ser fornecida completa, com mecânica zero km (conjunto motor-câmbio 1.600, opcionalmente 1.800 ou 2.160 cm3), ou sob a forma de kit, sempre com motor central montado à frente do eixo traseiro, em posição invertida, imediatamente atrás do cockpit. Equipado com uma simples capota de lona, o Spyder era montado sobre chassi tubular e tinha carroceria de fibra de vidro laminada, moldada pela Fibra Real (Fibral), de Guarulhos (SP), segundo um processo que a tornava mais leve do que o usual. Poucas unidades foram produzidas pela AME, pois ainda em 1987 Beck renegociou os direitos de fabricação do carro, transferindo-os para a Chamonix, à qual se associou. Com base nos moldes e gabaritos existentes, contudo, a Fibra Real manteve, por sua conta, o Spyder em produção. A AME, por sua vez, chegou a anunciar o lançamento de outra réplica – um Ford Thunderbird – o que acabou não acontecendo.





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