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Segunda marca alemã do Grupo Volkswagen, a Audi começou a trazer seus carros para o Brasil na primeira metade da década de 90 com a abertura do mercado à importação de automóveis. A atualidade tecnológica dos veículos, a extrema qualidade de acabamento e modernidade de estilo abriram caminho para o seu reconhecimento e rápida aceitação no país. A Audi sempre situou seus modelos nas faixas superiores do mercado, em posição complementar à linha VW. Seguindo a tendência mundial, entretanto, a partir dos mesmos anos 90 ambas as marcas passaram a expandir as gamas por faixas análogas, utilizando plataformas comuns – a VW avançando para modelos mais luxuosos e a Audi para carros menores, embora mantendo como diferencial o  luxo e a sofisticação tecnológica. Assim foi lançado no Salão de Paris de 1996 o Audi A3, novo modelo de entrada da marca, compartilhando plataforma com pelo menos cinco modelos Volkswagen, Škoda e Seat – todas empresas do Grupo VW.

Em paralelo a este movimento, em março de 1995 o governo brasileiro voltou a elevar os impostos de importação de veículos, buscando controlar a drenagem de divisas provocada pela abertura quase indiscriminada do início da década. A conseqüência imediata da medida foi a decisão de grande número de fabricantes estrangeiros aqui instalarem unidades industriais. No início de 1996 também a Volkswagen brasileira anunciava investimentos de US$ 500 milhões na construção de nova fábrica, com capacidade para 150 mil veículos/ano, para a produção do VW Golf (então importado do México) e do novo Audi A3 (meio ano antes do seu lançamento mundial, portanto), os dois compartilhando a mesma plataforma. 21% do investimento seriam assumidos pela própria Audi, correspondendo aos cerca de 20% da capacidade da planta destinados ao A3 – ou 30 mil carros por ano. O A3, ainda alemão, foi apresentado no XIX Salão do Automóvel; já no início de 1997 começou a ser exportado para o Brasil. O A3 importado ganhou por duas vezes seguidas o título de Melhor Carro (respectivamente nas categorias importado e compacto) em avaliações promovidas pela revista Carro em 1997 e 1998.

Em novembro de 1997 a VW iniciou a construção de sua nova fábrica (o local escolhido foi São José dos Pinhais, PR). Em agosto de 1999, em meio a mais uma retração de mercado, a usina foi inaugurada: tratava-se da mais moderna do grupo no país. No mês seguinte foi lançado o Audi A3 nacional, com índice de nacionalização de 30%, abaixo do mínimo exigido pela legislação federal (conjunto motriz e grandes estampados da carroceria ainda eram importados). Em primeiro lugar foi apresentado o modelo três portas, com motor 1.8 importado da Hungria, com cinco válvulas por cilindro (três de admissão e duas de descarga), nas versões aspirada (125 cv) e turbo-alimentada (1.8 T, com 150 cv). O carro era bem equipado e trazia de série ABS, sistema de controle de tração EDS, duplo airbag, ar condicionado eletrônico e rodas de liga leve; como opcionais oferecia airbags laterais, computador de bordo e sensor de estacionamento; para completar, bancos esportivos e revestimento interno em couro. Logo também depois seria disponibilizado um motor 1.6 com 101 cv.

O PRIMEIRO A3: SUA FICHA TÉCNICA: carroceria hatch monobloco três portas, cinco lugares, porta-malas com 350 litros, 4,15 m de comprimento; motor transversal dianteiro refrigerado a água, quatro cilindros em linha, 1.595 cm3 (8 válvulas, 101 cv) ou 1.781 cm3 (20 válvulas, 125 cv); tração dianteira; caixa manual de cinco marchas; direção com assistência hidráulica; suspensão independente na dianteira (braços triangulares e molas helicoidais) e eixo semi-rígido com molas helicoidais na traseira; freios a disco sólidos nas quatro rodas e ABS.

Em dezembro saía o modelo cinco portas e cinco meses depois uma versão ainda mais potente, com 180 cv (obtidos por um turbo de maior diâmetro), embreagem redimensionada, freios dianteiros ventilados e acelerador eletrônico drive by wire.  Com ela, mais três prêmios: Carro do Ano 2000, da revista Autoesporte, Melhor Carro Nacional 2000, de Motor Show, e, pela terceira vez consecutiva, Melhor Carro do Brasil, na categoria importado, da revista Carro. Em outubro de 2000, no XXI Salão de São Paulo, foram mostradas algumas mudanças para o ano seguinte: faróis com lentes de polipropileno translúcidas integrando os indicadores de direção, grade com quatro aletas horizontais (até então eram três), faróis de neblina transferidos para a saia do pára-choque, lanternas traseiras com maior superfície incolor, novo desenho da parte central do painel e bancos dianteiros com apoios laterais maiores. Para 2002, o A3 1.8 T de 180 cv passou a contar com opção de câmbio automatizado Tiptronic (com comando por teclas no volante), tornando-o o mais caro automóvel em produção no país. Os airbags laterais passaram a ser itens de série em todas as versões. Com isso, o A3 veio a ganhar, por mais duas vezes, em 2001 e 2002, a indicação de Melhor Carro Nacional pela revista Carro.

Em março de 2003 o Salão de Genebra mostrou a nova geração do A3. De pronto, a Audi alemã alertou que a mesma poderia não ser produzida no Brasil, aí começando o questionamento da empresa quanto ao seu futuro como construtora no país. O A3 tinha indiscutíveis qualidades – ótimo acabamento, excelente desempenho (especialmente nas versões turbinadas), caixa de mudanças precisa, ótima estabilidade e freios eficientes; tinha ótimo valor de revenda e tecnologia atualizada. Apesar do preço elevado (afinal, a empresa o anunciava como um compacto premium) seus predicados vinham garantindo um mercado nada desprezível, entre 8 e 12 mil unidades por ano. Ainda assim, em dezembro a empresa anunciou sua decisão definitiva: concentrar a fabricação do novo A3 na Alemanha e produzir a versão antiga no Brasil por apenas mais dois anos.

Em fevereiro de 2004 cessou a produção do modelo três portas. O cinco-portas teve vida mais longa, os últimos exemplares saindo da linha de montagem em 31 de agosto de 2006. Foram ao todo produzidos 57.060 Audi no Brasil; o espaço utilizado pelo A3 nas linhas de montagem do Paraná foi ocupado pelo novo VW Fox.

Poucos anos depois o dinamismo do mercado brasileiro voltou a entusiasmar a empresa alemã que, em setembro de 2013, anunciou a decisão de construir nova unidade junto ao parque industrial de São José dos Pinhais destinada à nacionalização do SUV Q3 e da versão mais recente do sedã A3. Como no modelo antigo, haveria compartilhamento da plataforma (MQB), desta vez com o novo VW Golf, também este com produção programada para o Paraná.

Com capacidade anual de produção de 26 mil unidades (16 mil do A3 e dez mil do Q3), a nova linha foi inaugurada em março de 2015, com a fabricação da pré-série do sedã. Em outubro a planta entrou em regime regular de operação, preparando as primeiras unidades comerciais do A3 1.4 Sedan brasileiro.

O modelo trouxe algumas mudanças com relação ao A3 importado: adoção de motor flexível – o primeiro da marca no mundo – produzindo 150 cv, em contraste com os 122 cv da unidade alemã a gasolina, suspensão traseira por eixo de torção (aumentando em 1,5 cm o vão livre) e câmbio automático convencional de seis marchas, em lugar da suspensão totalmente independente e do câmbio automatizado com sete marchas e dupla embreagem do modelo europeu. Apresentado em duas versões (Attraction e Ambiente), o A3 nacional preservou a tradicional qualidade de acabamento e a variedade de equipamentos do sedã importado, a eles agregando diversos outros itens opcionais.

O PRIMEIRO A3 SEDAN: SUA FICHA TÉCNICA: carroceria monobloco três volumes, quatro portas, cinco lugares, porta-malas com 425 litros, 4,46 m de comprimento; motor transversal dianteiro refrigerado a água, quatro cilindros em linha, 1.395 cm3 (16 válvulas, turbo, 150 cv); tração dianteira; caixa automática de seis marchas; direção com assistência elétrica; suspensão independente na dianteira (McPherson) e eixo de torção na traseira; freios a disco nas quatro rodas (ventilados na frente) e ABS.

Em dezembro foi lançada a versão 2.0 Sedan. Equipada com motor de 1.984 cm3 (220 cv, turbo, a gasolina) e câmbio automatizado de seis marchas com dupla embreagem (ambos importados da Alemanha), trouxe de volta a suspensão traseira multilink, abandonada no 1.4. Disponibilizado em versão única (Ambition), pouco se diferenciava externamente do 1.4: novas rodas de liga, escapamento com duas saídas, faróis de neblina e teto solar. Trazia de série, ainda, revestimento de couro, bancos dianteiros com regulagem elétrica, seletor com cinco modos de condução, comando do câmbio no volante e sistemas de monitoramento de mudança de faixa de rolamento e da distância para obstáculos à frente.

 

O que houve de novo a partir de 2016

 

Séries especiais: Q3 Black Edition (03/18), A3 Sedan Prestige Plus 25 Anos (08/19), A3 Black Edition (12/19), Q3 Anniversary Edition (11/23)

Premiações e distinções (modelos nacionais): Q3 Attraction (Melhor Compra 2016, categoria SUV até R$ 150.000; 4 Rodas); A3 1.4 TFSI (Menor Custo de Uso 2017, categoria Sedã de Luxo4 Rodas); A3 (20a Eleição dos Melhores Carros [2017], Melhor Hatch Médio de Luxo; portal Best Cars); A3 Sedan (19o Prêmio Abiauto [2017], categoria Nacional Acima de 1.600 cm3); Q3 (Melhor Revenda 2023, categoria SUV Compacto Premium4 Rodas)

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