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BRASTOFT | galeria

Empresa que produziu uma das primeiras colhedoras de cana-de-açúcar no país. A história da Brastoft remonta a 1977, quando a Dedini, tradicional fabricante de bens de capital para o setor sucro-alcooleiro, se associou à australiana Austoft – então líder mundial na mecanização da colheita de cana – e começou a produzir suas máquinas em Campinas (SP), sob a marca Dedini-Toft. Os primeiros equipamentos (modelo I-200) se destinavam ao corte de cana inteira e eram montados sobre tratores agrícolas de série, que recebiam sistema de direção hidrostática e nova configuração do posto de comando do operador.

Em 1979 a Dedini se transferiu para novas instalações, em Piracicaba (SP), passando a fabricar a colhedora de cana picada 6000, modelo automotriz muito mais atualizado e eficiente, acionado por motor Scania turboalimentado com 260 cv e dotado de cabine isolada e transmissão hidráulica. (Não há como ignorar os impactos sócio-econômicos da mecanização da agricultura: cada um destes equipamentos elimina de 50 a 80 postos de trabalho na colheita de cana.)

Em 1989 o Grupo Ometto, um dos maiores produtores de açúcar e álcool do país, adquiriu da Dedini a linha de fabricação de colhedoras, passando a produzi-las sob a marca Engeagro. Cerca de 200 máquinas foram fabricadas até que, em 1996, a Engeagro associou-se à Austoft, sendo então criada a Brastoft. Novos equipamentos foram lançados: o modelo AE-2000, para café, e as séries 7000 e 8000 para cana (com motor diesel de 300 cv, a colheitadeira E-8000 tinha capacidade de 40 toneladas de cana por hora).

Em 1996, a norte-americana Case adquiriu a Austoft, três anos depois assumindo o controle acionário da Brastoft. A partir daí o nome Brastoft foi suprimido, substituído por Case IH/Austoft, perdendo as máquinas suas tradicionais cores amarela e verde, substituídas pelo vermelho da Case. Na ocasião, as colhedoras ganharam importante recurso operacional desenvolvido pela Case – o sistema de monitoramento da safra via satélite.

Em 2004 o Brasil foi escolhido como plataforma mundial do grupo para o fornecimento de colheitadeiras de cana, com isto – ironias da globalização – sendo extinta a linha de fabricação australiana, origem remota da própria fábrica brasileira. Em 2007 a unidade de Piracicaba atingiu a marca de 1.000 colhedoras produzidas.





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