Novidades

TRANSPÚBLICO 2017

Nada de inédito na feira paulista de ônibus

novembro 2017

Nos últimos dias de setembro foi realizada, na capital paulista, a feira Transpúblico: salão da indústria brasileiro de carrocerias e chassis de ônibus, ocorre a cada dois anos, em alternância com a feira carioca Fetransrio. Raramente palco de lançamentos vibrantes, a edição de 2017 foi particularmente parcimoniosa, pois nada do que foi apresentado como novidade já não havia sido mostrado anteriormente.

 

BYD

Mais uma vez presente em feiras do setor, a empresa chinesa expôs seu já conhecido chassi elétrico D9W de 13,0 m e piso baixo, ainda com reduzido conteúdo nacional. Foram mostrados dois exemplares, um nu e outro com carroceria padron Caio Millenium.

CAIO

Promoveu a apresentação oficial do micro-ônibus F2400, substituto do Foz, já em fase de comercialização. Com o objetivo de reduzir custos e facilitar a manutenção, a empresa ampliou a utilização de elementos plásticos e de componentes intercambiáveis com outros modelos. O veículo está disponível em três versões – Executivo, Urbano e Escolar. Além do acabamento mais cuidado, o Executivo traz para-brisa dianteiro inteiriço e bagageiro traseiro com tampa de alumínio. Urbano e Escolar vem com para-choques bipartidos e lanternas traseiras e retrovisores laterais simplificados. Todos possuem faróis e lanternas com leds, novo painel de instrumentos e isolamento termo-acústico reforçado no posto do motorista. Ônibus com carrocerias Caio foram também mostrados em outros stands, o mais original dos quais um urbano Millenium BRT Alimentador sobre chassi com motor dianteiro Volvo B270F de 15,0 m, dotado de terceiro eixo direcional instalado por terceiros.

 

Caio F2400 Urbano (à esquerda) e Executivo.

 

COMIL

Expôs seu rodoviário Campione Invictus DD – modelo lançado em agosto de 2016 – vestindo um chassi Volvo B450R de 15,0 m e quatro eixos.

MARCOPOLO

Enfatizou o urbano Torino S (no mercado desde maio), versão simplificada do Torino, trazendo vidros laterais padronizados, para-brisa traseiro menor, saias laterais planas, arcos das rodas em borracha, faróis e lanternas traseiras redondas e alojamento da placa de licença traseira deslocado para cima. Com objetivo de reduzir o prazo de entrega a empresa limitou o número de configurações e criou linha de fabricação exclusiva na planta fluminense, onde é produzido o modelo.

MASCARELLO

Mostrou duas carrocerias conhecidas sobre chassis menos comuns: rodoviário M4 equipando um Iveco S170 e urbano GranVia sobre chassi Volvo B270F com motor dianteiro, 15,0 m e três eixos (configuração idêntica à encarroçada pela Caio).

MERCEDES-BENZ

Sem lançamento de chassis, a Mercedes-Benz investiu na apresentação de dois novos serviços de apoio ao frotista: três diferentes Planos de Manutenção (Basic Bus, Select Bus e Complete Bus) e Telediagnose, nova ferramenta de seu programa de gestão de frota FleetBoard, que se vale de sistemas de conectividade para identificar, à distância, eventuais falhas durante a operação do veículo e, por meio de Central de Relacionamento, acionar o gestor da frota para solucionar o problema. Também foi anunciado o lançamento, em novembro, de dois sistemas embarcados dedicados à economia de combustível: para a totalidade das linhas urbana e rodoviária, instalação de EIS (Engine Idle Shutdown), que impõe o desligamento automático do motor após quatro minutos de imobilidade com câmbio em ponto morto e freio de mão acionado; e, como opcional para os rodoviários O 500 M e U e para os chassis articulados, módulo de recuperação da energia gerada pelo alternador, especialmente em momentos de desaceleração.

NEOBUS

Expôs os conhecidos urbanos Mega Plus e Mega BRT e o rodoviário New Road N10 340, este com plataforma elevatória para passageiros com mobilidade reduzida.

SCANIA

Mostrou em seu stand os chassis K 280 6×2 a gás natural e metano e o biarticulado com motor dianteiro F 360 HA.

VOLARE

O projeto mais interessante da Transpúblico veio da Volare: o elétrico Volare.e, apresentado à imprensa em setembro de 2016, porém somente agora oficialmente lançado. Ônibus médio com piso baixo, 9,0 m de comprimento, portas largas e capacidade para 45 passageiros, é montado sobre chassi com suspensão pneumática e sistema de tração fornecido pela BYD, composto de dois motores elétricos acoplados às rodas traseiras, totalizando 90 kW de potência, e banco de baterias montado sobre o teto.

 

Ônibus elétrico Volare.e (foto: Paulo Roberto / onibusbrasil).

 

VOLKSWAGEN CAMINHÕES E ÔNIBUS

Deu destaque à sua linha de chassis urbanos com suspensão pneumática, mostrando os modelos com motor dianteiro 9.160 OD, 17.230 OD e 17.260 OD e o chassi com motor traseiro 18.280 OTS LE.

VOLVO

Mostro os chassis urbanos B270F (motor dianteiro e dois eixos), B250R (lançado em agosto) e o articulado B12M. Também divulgou seu sistema de gerenciamento de frotas Fleet Management, que agora conta com mais uma ferramenta – I-Coaching -, através da qual são colhidos dados em tempo real sobre a forma de condução do motorista, fornecendo feedback instantâneo quando um ou mais destes cinco parâmetros são ultrapassados: rotação do motor, tempo em marcha lenta, frenagem, aceleração e comportamento em curvas.

 

 

 

 





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FENATRAN 2017

Poucas novidades, muita conectividade


Entre 16 e 20 de outubro mais uma vez São Paulo sediou a Fenatran – o Salão brasileiro do caminhão – este ano em sua 21a edição. Oficialmente denominado Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas, desta vez contou com a companhia de uma feira correlata: Movimat – Salão Internacional da Logística Integrada.

Se nenhum lançamento relevante ocorreu na Movimat, a Fenatran trouxe algumas novidades – uns poucos veículos inéditos e muita tecnologia embarcada e novos serviços remotos de assistência ao operador. Veja a seguir o que de mais importante aconteceu na feira.

 

DAF

Após quatro anos de operação industrial no Brasil, a empresa holandesa se consolida em nosso disputado mercado de caminhões pesados acima de 30 t. Com vendas crescentes e mais de duas mil unidades emplacadas, a produção recém alcançou seis caminhões/dia (eram dois em julho de 2015 e quatro um ano depois), com expectativa de atingir dez diários até o final do ano. São metas para 2022 a conquista de 7% do mercado, com 22 mil caminhões produzidos até então.

Agora a marca ingressa no segmento fora-de-estrada, lançando dois modelos para operação nos setores madeireiro e de cana-de-açúcar: CF85 6×4 e XF105 6×4, respectivamente com 460 e 520 cv e PBTC de 74 e 91 t. Os caminhões ganharam nova transmissão de 16 marchas, redutor no cubo das rodas de tração, chassi e suspensão reforçados, seletor on e off-road e assistente de partida em rampa.

Para ambos estão disponíveis cabines de teto normal ou elevado, com ou sem leito. A depender da destinação, podem receber protetores de cárter e radiador, tubo de descarga voltado para cima, para-lamas traseiros de alumínio e pneus especiais.

A DAF vem também investindo em pós-venda, buscando ampliar a rede de concessionárias e oferecendo mais opções de peças e serviços.

 

    

Os novos fora-de-estrada DAF XF105 520 (à esquerda, na primeira imagem) e CF85 460; na fotografia da direita, o trem de força dos novos caminhões (fotos: LEXICAR).

 

FORD

Apenas um lançamento no stand da Ford – o Cargo 1719 vocacionado para distribuição de bebidas. Com PBT de 16 t, motor Cummins de189 cv e câmbio manual de seis marchas, vem de fábrica com um conjunto de intervenções próprio para a implementação de carrocerias rebaixadas, tais como o reposicionamento do sistema de tratamento de gases SCR, para-choque estreito com maior ângulo de ataque, feixes de molas mais curtos e dois cardãs adicionais.

Além deste, a Ford deu grande destaque ao protótipo Cargo Connect, equipado com uma série de recursos semiautônomos como sensores, câmeras e radar, com grande potencial de aplicação em veículos comerciais. Desenvolvido no Brasil e montado sobre o protótipo Cargo 2429 8×2, o primeiro da marca com essa configuração de tração, é a síntese de tudo que a marca quer popularizar como tecnologia embarcada voltada para segurança e produtividade. Mostrado como um lançamento possível para os próximos anos, aponta a tendência de uso de recursos tecnológicos já conhecidos em automóveis para as funções de veículos de carga.

Na área da segurança do motorista e do veículo, traz inovações como faróis inteligentes, sistema autônomo de frenagem, alertas de ponto cego e de mudança de faixa de rolamento, controle adaptativo de velocidade, alerta de fadiga e assistente para estacionamento em área segura, com monitoramento de 360 graus do caminhão através de câmeras conectadas a uma central de operações. No campo da produtividade da frota, as tecnologias propostas incluem gerenciamento inteligente de carga, sistema de leitura de placas de trânsito e ajuste automático de torque e potência conforme o peso e as condições de rodagem.

O protótipo também traz um sistema de diagnóstico para orientar a manutenção preventiva a partir de informações sobre consumo, velocidade e frenagem, reportadas pelo próprio veículo, evitando paradas não programadas. O próprio motorista pode conferir e comparar o seu desempenho por meio de um aplicativo que monitora vários dados da sua condução.

 

Dois Ford Cargo 1723 Torqshift (foto: LEXICAR).

 

IVECO

Embora só tenha inaugurado sua fábrica brasileira no ano 2000, a Iveco celebrou na Fenatran seu 20o aniversário (1997 foi o ano em que a matriz decidiu implantar planta própria no país e iniciou a importação de alguns modelos da Argentina). Para comemorar a data, criou para o chassi-cabine Daily e para o cavalo-mecânico Hi-Way série especial de 20 exemplares numerados, denominada “20 Anos no Brasil“.

Como novidade, além do recém-lançado câmbio automatizado para três versões do semipesado Vertis de 300 cv, somente o Daily 30S13 City, apresentado nas versões chassi-cabine e furgão de 12 m3 (entre-eixos de 3,30 e 3,75 m, respectivamente). Equipado com motor menos potente (2,3 l e 130 cv, em lugar do anterior de 3,0 l e 170 cv), chassi mais leve, suspensão de menor capacidade e rodado traseiro simples, atinge PBT de 3,5 t, enquadrando-se na categoria VUC. A versão anterior do furgão sai de linha.

 

Chassi-cabine Iveco Daily 30S13 City.

 

MERCEDES-BENZ

Nenhuma grande novidade, porém muitas intervenções pontuais na linha de comerciais da marca, desde novos recursos tecnológicos e melhorias técnicas até novas cores metálicas – com brilho e foscas.

Foram 15 as inovações na linha leve Accelo, a maior delas o lançamento de cabine estendida para as versões 815, 1016 e 1316. 18 cm mais longa, agora permite que os assentos se desloquem mais 25 mm e os encostos reclinem mais 130. O volante passa a dispor de maior número de regulagens, assim como o banco do motorista, que agora vem com suspensão pneumática opcional. Também passam a ser oferecidos câmbio automatizado de seis marchas (que inclui controle de tração, assistente de partida em rampa e sensor de inclinação da pista) e tanque de combustível adicional de 150 l.

A linha Atego também mereceu atenção, com 14 intervenções, e agora, dependendo da versão, passa a dispor de nova caixa automatizada de oito ou doze marchas, piloto automático, assistente de partida em rampa, controles de estabilidade e tração e sensor de inclinação. Recebeu climatizador novo (menor, mais leve e igualmente potente) e painel de instrumentos com novas funções. A versão 2730 6×4, que já contava com o Pacote Robustez, que inclui para-choque e escada de acesso com maior ângulo de ataque e grade protetora dos faróis, agora passa a ter de série bloqueio do diferencial e protetores de cárter e de filtros.

Completando o ciclo de renovação iniciado em 2014, a linha Axor traz 12 novidades: túnel do motor 10 cm mais baixo, aumentando o vão livre interno da cabine; estribos antifurto, com degraus superiores de entrada cobertos pela porta; climatizador mais leve e mais compacto; e painel com novas funções, tais como piloto automático, assistente de partida em rampa e controle eletrônico de estabilidade e freios.

O pesado Actros ganhou nova grade dianteira, pintada na cor da cabine, para-choque e faróis preparados para operações mistas (mix-road), tanque de combustível com maior capacidade, painel de instrumentos com mais informações e novo piloto automático “inteligente” que, contínua e automaticamente adaptando torque e potência à demanda, pode reduzir o consumo em até 1%. Por fim, homenageando os históricos modelos L-1111 e 1113, a Mercedes-Benz criou Série Especial de 21 unidades para o Actros, nas mesmas cores dos antigos caminhões – cabine verde e chassi vermelho; somente rodas e tanques, hoje cromados, não acompanharam o vermelho original.

 

     

Actros 2651 S na Série Especial homenageando o histórico modelo L-1111, a seu lado; à direita, Accelo 1316 com cabine estendida (fotos: LEXICAR).

 

PEUGEOT

De volta à Fenatran, a Peugeot deu destaque ao furgão Expert, importado do Uruguai, com o qual busca reconquistar parte do mercado perdido no segmento de transportes de carga. Apresentado em dois tamanhos (comprimento total de 2,86 e 4,02 m e capacidade volumétrica de 6,1 e 6,6 m3), vem com motor turbodiesel de 1,6 l e 115 cv, caixa de seis marchas, tração dianteira, suspensão dianteira McPherson e traseira por braços inferiores triangulares e molas helicoidais e freios a disco nas quatro rodas (ventilados na frente). Com capacidade para 1,5 t, categoria pouco explorada no Brasil, a nova van pode ter papel importante na revitalização da Peugeot brasileira.

Também foram mostrados o pequeno furgão Partner (para 800 kg, importada da Argentina) e o novo Boxer, prometido para 2018, ainda sem informações sobre a futura origem – se produzido no Brasil ou não.

 

     

Novos furgões Peugeot Expert e Boxer, este com lançamento previsto para 2018 (fotos: divulgação e LEXICAR).

 

SCANIA

A Scania montou dois grandes stands na feira. Foram cinco os lançamentos – dois para o segmento rodoviário, dois para mineração e um para a agroindústria.

Alinhando-se aos quatro motores de seis cilindros já existentes (de 360, 400, 440 e 480 cv), os caminhões estradeiros ganharam duas novas opções de 13 litros, com 450 e 510 cv, injeção de combustível a alta pressão (proporcionando até 5% de economia) e bloco de ferro fundido e grafite, mais resistente à fadiga. Foram expostos dois modelos com os novos motores: 450 6×2 e 510 6×4. Fazem parte da família R e podem rodar com as cabines Highline e Streamline.

Para mineração, foram mostrados os extrapesados Heavy Tipper, oficialmente apresentados semanas antes do Salão. Foram expostas as versões G 480 6×4 e 8×4, esta com capacidade de carga 25% maior, proporcionando redução de até 15% no custo por tonelada e vida útil 30% maior. Os Heavy Tipper também podem receber motores de 440 cv e cabines tipo P.

Finalmente, para o transporte de grãos e cana-de-açúcar foi lançado mais um cavalo-mecânico V8 – o modelo R 620 V8 6×4 “super-rodotrem”, com motor de 16 litros e 620 cv e câmbio automatizado de 14 marchas (duas superlentas). Próprio para uso dentro e fora da estrada, tem capacidade para tracionar composições de onze eixos, 30 m de comprimento e PBTC de até 91 t. O caminhão vem com sistema de controle de tração, filtro de ar reposicionado para uso off-road, terceira linha de ar para os freios, retarder, suspensão reforçada e para-choque de aço.

Como os demais fabricantes de caminhões pesados, também a Scania vem investindo na conectividade e em serviços personalizados. Na Fenatran apresentou ao mercado o inédito Programa de Manutenção com Planos Flexíveis, através do qual, por meio de dados coletados pelo módulo Communicator, é informado o momento ideal para se efetuar a manutenção do veículo. Desde 2016 o módulo é instalado em todos os caminhões novos saídos de fábrica, já existindo mais de 5.000 veículos conectados no país. Com a adesão do proprietário ao Programa, uma central de operações recebe em tempo real informações sobre a performance e o comportamento elétrico e mecânico do caminhão, bem como sobre o regime de condução do motorista, dentre os quais rotação do motor, velocidades, uso do freio-motor, tempo em que o veículo fica parado em marcha lenta e até oscilações do pé no pedal do acelerador.

Diferentemente dos programas tradicionais, onde as paradas para manutenção são baseadas apenas na quilometragem percorrida e têm custo fixo, aqui o pagamento passa a ser dinâmico, personalizado e feito de acordo com a quilometragem, a utilização do veículo, o consumo de combustível (quanto mais economizar diesel menos o cliente pagará) e o modo de condução do motorista.

Além disso, o momento de realização da manutenção é definido em função da análise dos dados coletados pelo módulo Communicator. O proprietário é então avisado da necessidade de manutenção e a concessionária correspondente é notificada para preparar-se para a realização do serviço, inclusive colocando à disposição peças e componentes necessários, ficando assim dispensados agendamentos, espera de vaga nos boxes de serviço e realização de pré-diagnósticos. A expectativa de redução de custos de manutenção com a utilização do Programa é de até 16%.

Em paralelo, a Scania criou a assistência para condução econômica Driver Services, que orienta o cliente a, por meio de um conjunto de ações focadas no motorista, inclusive treinamento personalizado, proporcionar a evolução do seu modo de dirigir. Esse serviço pode diminuir o consumo de diesel em até 10%.

A Scania aproveitou a Fenatran para comemorar o 60o aniversário de sua fábrica brasileira, instalando em um de seus stands o Espaço 60 anos, onde exibiu nove importantes modelos de sua história: L 71 (importado em 1957), L 75, L 76, L 110 S, LK 140 V8, L 111 S, T 112 HW, T 113 H e T 124.

 

     

Cavalo-mecânico Scania R 620 V8 6×4 “super-rodotrem” e nova linha Volkswagen Delivery (fotos: LEXICAR).

 

VOLKSWAGEN CAMINHÕES

Como não poderia deixar de ser, a Volkswagen Caminhões (oficialmente MAN Latin America) deu máximo destaque em seu enorme stand à nova geração dos leves Delivery, exposta em suas seis versões diesel, além do protótipo elétrico e-Delivery. Embora lançada em setembro [para maiores informações sobre a nova família, clique aqui], a disponibilidade para venda será progressiva: enquanto que os modelos 9.170 e 11.180 já estão nas concessionárias e o 6.160 chegue em dezembro, os demais virão até abril de 2018.

Mas a VW não ficou nisto, e mostrou diversas novidades também para a linha Constellation. Eis as principais:

Protótipo 33.440 Tractor: chassi e conjunto mecânico MAN equipado com cabine Volkswagen Constellation para operações nos setores florestal e canavieiro. Traz motor de 440 cv, caixa automatizada de 16 marchas, eixos traseiros com redução nos cubos, freios a tambor com ABS e sistemas de controle de tração e frenagem.

Pré-lançamento do 25.420 6×2 Pusher, cavalo-mecânico com suspensão traseira pneumática de oito bolsões e suspensor pneumático do eixo auxiliar (intermediário). Virá com 420 cv, câmbio automatizado de 16 marchas e opção de balança embarcada, para medição da carga por eixo.

Robust: simples e robusto, segundo a VWC configura uma família voltada “para o trabalho pesado com o melhor custo de aquisição“. Embora apresentado como um terceiro “pacote” de conteúdo, ao lado de Prime e Trend, a rigor a linha Robust ocupará o lugar da antiga série Worker, já ausente da Fenatran e do material de divulgação da empresa. À venda a partir de janeiro, estará disponível nas versões 13.190, 15.190, 17.190, 17.230 e 23.230 e vocacionais Constellation Compactor, Distributor e Constructor 17.260, 24.260 e 26.260, além daquelas com motores de 190 e 230 cv. Recebeu a cabine estendida do Constellation com nova grade e para-choque metálico com novo desenho e maior ângulo de ataque.

15.230 4×4: modelo projetado para as Forças Armadas, passa a ser também fornecido para uso civil.

30.280 8×2: mais um 8×2 “de fábrica” com transmissão automatizada.

24.330 e 30.330: dois novos 4×2 com transmissão automatizada e PBTC de 45 t.

Novos vocacionais: Compactor 17.260 4×2 e 8×2 e 24.260 6×2 com suspensão pneumática traseira; Constructor 24.260 Basculante; Constructor 32.360 com câmbio automatizado; e Canavieiro 31.330 com caixa manual de dez marchas.

 

     

Dois novos Volkswagen Constellation: Robust 17.260 8×2 Compactor e protótipo 33.440 Tractor, com mecânica MAN e cabine VW (fotos: LEXICAR e divulgação).

 

VOLVO

A Volvo expôs ao público seu caminhão autônomo para coleta de cana-de-açúcar. Apresentado à imprensa em maio, é monitorado por GPS de altíssima precisão (2,5 cm de desvio máximo de rota), operando ao longo das linhas de plantação sem pisotear as soqueiras (raízes de cana que restam após o corte e rebrotam para a safra seguinte), problema responsável pela perda de cerca de 12% da produção anual e reduzida em 1/3 com a utilização da condução autônoma.

Também foram mostrados diversos caminhões rodoviários e fora-de-estrada, todos já conhecidos. Sem novidades em equipamentos, a empresa focou em seu amplo leque de serviços de apoio aos frotistas, com ênfase na Manutenção Inteligente e na Gestão de Combustível, programas lançados na ocasião.

Manutenção Proativa é um programa de monitoramento, planejamento e agendamento de manutenções preventivas. Assim como na Scania, todos os caminhões Volvo saem de fábrica equipados com um módulo eletrônico que transmite os dados do veículo para uma central de operações. Ao analisar remotamente tais informações, os agentes da central identificam o melhor momento para a parada e quais serviços precisam ser realizados. A seguir contatam o transportador, informando-o qual o horário do atendimento, o técnico que irá atendê-lo e o tempo estimado para realização do serviço. Ao mesmo tempo, a concessionária – escolhida segundo a conveniência do cliente – se prepara para receber o veículo, disponibilizando peças e mecânicos no horário combinado.

Gestão de Combustível é um serviço de consultoria remota de consumo de combustível. Os dados do veículo, enviados pelo módulo eletrônico nele instalado, são constantemente analisados por um especialista em condução. Um relatório customizado mensal é enviado ao gestor, dando uma visão geral de sua frota, com informações por caminhão e por motorista, e fazendo recomendações para melhorar a condução do veículo. O sistema consegue verificar se os recursos do caminhão estão sendo utilizados total e adequadamente, mostrando, por exemplo, se o motorista antecipa a frenagem, qual o grau de utilização do modo automático da caixa de câmbio, a utilização do piloto automático e uma série de outros indicadores.

Em seu stand a Volvo também apresentou cinco pacotes de segurança para a linha F de caminhões, cada um com uma configuração diferente de dispositivos.

O pacote número 1 abrange air bag e pré-tensionador do cinto de segurança do motorista e luz de freio de emergência. O pacote 2 (chamado “Estabilidade”) acrescenta ESP, sistema eletrônico que reduz o risco de tombamento em curvas fechadas e o “efeito canivete” entre o cavalo-mecânico e o reboque. O pacote 3 (“Visibilidade ativa”) contempla itens de segurança ativa: detector de atenção (que emite sinal sonoro e mensagem quando o sistema entende que o motorista está cansado), monitoramento da faixa de rodagem (emite sinal sonoro quando o caminhão cruza a faixa sem sinalizar), frenagem de emergência (por meio de um radar monitora os veículos à frente, adaptando a velocidade do caminhão e freando em caso de necessidade, caso o motorista não atue) e luz de freio de emergência. O pacote 4 (“Visão total”), concebido para aumentar o grau de visibilidade do motorista, inclui sensor de ponto cego, luz de freio de emergência, farol bi-xênon (na luz baixa e na alta), luz de conversão (farol extra ilumina o lado para o qual o veículo vai manobrar), câmera de ré, espelho frontal, espelho de meio-fio (na porta direita); sensor crepuscular e sensor de chuva. O pacote 5 (“Direção dinâmica”) oferece VDS (Volvo Dynamic Steering), destinado a aumentar a precisão do sistema de direção do veículo.

 

     

Cavalo-mecânico FH 460 6×4 na série especial Performance Edition, comemorativa dos 90 anos da Volvo sueca, e fora-de-estrada FMX 500 8×4 (fotos: LEXICAR).

 

 

 





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