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EIKE BATISTA | galeria

Empresário brasileiro da área de mineração e homem mais rico do país, foi fundador e proprietário da JPX, empresa fabricante do jipe Montez, que operou entre 1993 e 2001. Em anos recentes Eike demonstrou a intenção de retornar ao negócio de produção de veículos. Em 2008 tentou atrair a indiana Tata, fabricante do pequeno carro popular Nano, oferecendo-lhe terreno em Porto do Açu, grande área industrial de sua propriedade em São João da Barra (RJ).

Com o desinteresse da Tata, voltou seu foco para a produção de “carros compactos e ecologicamente corretos“, ainda em Porto do Açu, agora mediante a aplicação de recursos próprios. Interessou-se pelo avançado mini-carro urbano T25, em desenvolvimento pelo sul-africano Gordon Murray, projetista da Brabham e McLaren, com o qual iniciou negociações em 2009. Equipado com motor traseiro a gasolina com bloco de alumínio, três cilindros, 660 cme 52 cv, câmbio automatizado, suspensão independente nas quatro rodas e ABS, o carrinho teria três lugares e somente 2,4 m de comprimento – 29 cm a menos do que o Smart, que transporta apenas duas pessoas. Os painéis externos da carroceria seriam de plástico e as portas se abririam para cima; o motorista ficava em posição central e ainda havia espaço para 160 litros de bagagem.

Visionário, em setembro de 2010 Eike anunciou o desejo de investir US$ um bilhão em Porto do Açu, agora para construir uma fábrica de automóveis com capacidade para até 100 mil unidades/ano, sendo metade de carros elétricos. A nova fábrica contaria com tecnologia estrangeira (falou-se em Tata ou Nissan), e a essa altura o projeto T25 já parecia ter sido esquecido. Além do modelo estrangeiro, Eike projetava fabricar “um automóvel literalmente desenhado por brasileiros na versão elétrica e subcompacta“. Embora tais planos parecessem um tanto confusos e anárquicos, não havia como duvidar da determinação e capacidade empreendedora do empresário. O que não se imaginou foi que a crise financeira viesse a alcançá-lo com tamanha rapidez, colocando por terra todos estes projetos.





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