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ELGAR | galeria

Denominação dada pelo piloto gaúcho Enio Lourenço Garcia aos carros de competição por ele construídos em Brasília (DF), na década de 60. Foram quatro modelos, apenas um deles concluído. Piloto veterano, projetou o primeiro deles em 1965; chamou-o Elgar 101 (das iniciais de seu nome) mas não chegou a montá-lo. No ano seguinte iniciou a construção de um Fórmula Vê (102); chegou a fabricar seu chassi tubular e montar a mecânica Volkswagen 1200, mas a carroceria não foi concluída e o carro não pode ser utilizado; logo a seguir foi a vez do 103, com mecânica Simca, igualmente abortado.

Finalmente, em 1968, após um interregno de dois anos durante o qual correu com um VW 1600 preparado, decidiu se dedicar firmemente àquele que seria o Elgar GT 104. O carro recebeu um chassi-caixa em chapa soldada, com estrutura tubular traseira, sobre a qual era montado entre-eixos o motor VW 1500, unidade que viria a ter a cilindrada sucessivamente aumentada para até 2 litros. A versão final ficou com dois carburadores, cárter seco e câmbio e comando Puma; suspensão e freios a tambor eram da Kombi. O protótipo ganhou carroceria plástica reforçada com fibra de vidro inspirada no Porsche 904, com a terça-parte traseira basculante para facilitar o acesso à mecânica; o para-brisa dianteiro foi herdado do Willys Interlagos.

Enio disputou seis provas com o GT 104, entre 1969 e 70. Em sua melhor temporada – 1969 – venceu os 500 Km de Brasília e se classificou em 4º lugar na III Mil Quilômetros da Guanabara. Os dois exemplares construídos se perderam, um por incêndio e outro descaracterizado e finalmente destruído na década seguinte.





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