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ENIEQUI | galeria

A S.A. Engenharia, Indústria e Equipamentos, fabricante de caldeiras a vapor do Rio de Janeiro (RJ), pode ser considerada uma das precursoras dos buggies no Brasil, pois ainda em 1969 preparou um rústico veículo sobre plataforma Volkswagen que, à falta de concorrentes, poderia ser enquadrado na categoria. Lembremos que apenas um carro brasileiro aproximava-se do que seria um buggy tradicional – o único modelo então fabricado pela Gurgel – e que a Glaspac mal iniciara a produção do seu, sob licença da norte-americana Meyers Manx.

Construído sobre a base do sedã VW, levemente encurtada, o Eniequi era um veículo de características estritamente utilitárias, sem nenhuma concessão a escolas de estilo e design (neste sentido, era o oposto do posterior buggy Kadron, de Anísio Campos). Sua carroceria, com apenas dois lugares, era toda fabricada em chapas de aço planas, soldadas e aparafusadas, sendo a largura útil da cabine reduzida à dimensão dos dois bancos dianteiros, originais do Fusca. Atrás destes situava-se o compartimento de bagagens, protegido pela capota conversível. Nas laterais, destacavam-se os para-lamas em ângulo vivo e os largos estribos. O estreito para-brisa era rebatível e o pneu de reserva ficava montado externamente, na dianteira do carro.

O Eniequi foi testado pela Marinha, com bons resultados; segundo relatou o fabricante, “nem eu sei explicar como o carro agüentou tudo aquilo“. Com capacidade de produção máxima de 30 unidades mensais, a empresa ansiava receber, diretamente da Volkswagen, plataformas novas para os veículos. Como não foi atendida (e ainda não se havia iniciado o costume das transformações caseiras, sob a forma de kits), passou a montar suas carrocerias sobre veículos usados.





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