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As origens da norte-americana Hyster Co. remontam à década de 20, quando a empresa que a antecedeu direcionou suas atividades para o ramo de guinchos e guindastes para a indústria florestal e o manuseio de madeiras. Em 1934 (ainda com o nome Willamette Ersted) construiu o que seria o antecessor das suas primeiras empilhadeiras, segmento no qual acabou por especializar-se. A razão social Hyster Co. foi assumida em 1944. Desde 1989 a empresa faz parte da Nacco, grupo também proprietário da Yale.

A Hyster do Brasil S.A. foi uma das pioneiras na construção de equipamentos de movimentação de materiais no país. Instalada em 1957 em São Paulo (SP), começou fabricando o guindaste sobre rodas com lança fixa Karry Krane KD, para 4,5 toneladas, ainda com grande número de componentes importados. Dois anos depois lançou suas primeiras empilhadeiras, três modelos entre 1,4 e 2,3 t (UE 30, YE 40 e HE 50), com 47 cv.

No início da década de 60 já dispunha de uma variada linha, com mais cinco modelos (H 60, 80, 100, 120 e 150C), entre 2,7 e 6,8 toneladas de capacidade, com potências de 63 e 84 cv e índice de nacionalização médio (em peso) de 70%. Eram máquinas atualizadas, com algumas características modernas para a época: purificador de ar, duas velocidades de elevação da carga, transmissão Hystamatic com conversor de torque e (em 1964) sistema Monotrol, permitindo a aceleração, avanço e recuo da máquina por meio de um só pedal.

Antes do final da década dois novos modelos seriam agregados à linha: H 120C (5,5 t, 84 cv), em 1966, e H 90C (4,0 t, 72 cv), em 1968. Todas as empilhadeiras da marca utilizavam motores Continental, a gasolina ou GLP, importados dos EUA. Em paralelo com a produção de empilhadeiras, por muitos anos a Hyster também fabricou rolos compactadores de solo rebocáveis, apresentados em cinco versões: rolo de grelha, rolos vibratórios liso C-200C e pé-de-carneiro C-210B (com motor Deutz refrigerado a ar de 32 cv) e rolos tamping C-410 e C-410A – este lançado em 1970 e próprio para ser acoplado a cavalos-mecânicos de motoscrapers.

Em 1964 o guindaste KD já atingira 90,5% de conteúdo nacional, com poucos componentes importados além do câmbio de quatro marchas reversíveis e do motor Hercules de 41 cv norte-americanos. Novo guindaste foi lançado em 1967, o modelo de lança fixa KF, já com motor brasileiro Willys de 52 cv e quatro marchas reversíveis – “100% nacional“, como a empresa fazia questão de anunciar. (Dois anos depois o KF seria aprimorado, melhorando a visibilidade do operador e protegendo o posto de operação com uma cobertura metálica.)

No final de 1970 a linha de empilhadeiras foi renovada, segundo projetos desenvolvidos no Brasil, recebendo nova nomenclatura e motores nacionais Chevrolet a gasolina (do Opala, de quatro ou seis cilindros, 69 ou 104 cv) ou diesel Perkins (61 e 89 cv). Eram nove modelos distribuídos por três séries: K (H 40, 50 e 60K, capacidades de 2,0, 2,5 e 3,0 t), J (H 70, 80 e 90J, de 3,5, 4,0 e 4,5 t) e F (H 110, 130 e 150F, de 5,0, 6,0 e 7,0 t).

Em 1975 também o Karry Krane KF foi modernizado: ganhou motor diesel Perkins de três cilindros e 43 cv, painel com horímetro, medidor de pressão do óleo do motor e amperímetro, além de nova denominação – K 110-A. Pouco depois a Hyster iniciou testes de uso de motores a álcool (ainda Chevrolet Opala) em suas empilhadeiras. Os rolos compressores continuavam em produção.

No início do ano seguinte o setor de empilhadeiras viveu grave crise de demanda, derivada da recessão que o país começava a viver. A empresa acabara de passar por um processo de reestruturação industrial, concentrando a produção, até então dispersa em quatro locais diferentes, em uma nova planta industrial, também em São Paulo. Com queda de 50% na produção, a empresa efetuou 70 demissões e eliminou o segundo e o terceiro turnos.

Logo a Hyster reagiria enriquecendo a gama de modelos: no extremo inferior, em 1979 lançou a série N – três novos equipamentos em substituição à série K (H 35, 45 e 55N), nas versões gasolina, diesel, álcool e GLP. Na faixa superior introduziu, no ano seguinte, o guindaste K 220A, para 10 t, com chassi-cabine monobloco, motor Perkins, quatro marchas com reversão e direção hidráulica. Logo depois foram lançadas as empilhadeiras pesadas H 180, 200 e 225A, derivadas do guindaste e, como eles, totalmente projetadas no país. No final dos anos 80 as máquinas da categoria de 1,75 a 3 t foram modernizadas e apresentadas como série A (35, 45, 55 e 65A).

Aquele foi um período de pujança para a Hyster, que na década de 80 chegou a responder por 50% do mercado brasileiro de empilhadeiras. A situação logo mudaria, entretanto. No início da década de 90, a súbita abertura das importações promovida pelo governo Collor não apenas forçou a falência de inúmeros pequenos fabricantes de automóveis, como também desestruturou a indústria brasileira de bens de capital, levando muitos segmentos à desindustrialização, dentre eles o de máquinas de movimentação de materiais. Como conseqüência, todos os grandes fabricantes de empilhadeiras – inclusive a Hyster – abandonaram total ou parcialmente a fabricação nacional, preferindo trazer do exterior suas linhas de produtos. (Na maior parte das vezes a produção local era mantida, ainda que pouco diversificada e em níveis reduzidos, como forma de viabilizar o financiamento do produto pela Finame, agência federal que exige índice mínimo de nacionalização de 60% para a concessão de crédito com recursos públicos.) Assim, ao longo dos anos 90 e até hoje, a Hyster se limita à fabricação no país de poucos modelos básicos e de maior demanda, importando todo o restante da linha: empilhadeiras a combustão leves e pesadas, empilhadeiras elétricas e equipamentos para o manuseio de containers.

A linha aqui fabricada ao longo da década de 90 foi a XM, lançada em 1993, bastante mais atualizada do que as séries anteriores, com quatro modelos na faixa de 2,2 a 3,0 t de capacidade (H45, 50, 55 e 60XM), a gasolina, diesel ou GLP; com o objetivo de gerar menor impacto ambiental e oferecer maior conforto para o operador, as máquinas tinham isolamento anti-acústico reforçado no compartimento do motor e assento do operador montado sobre coxins. Com ela – e alguns modelos importados – a Hyster assegurou a liderança doméstica: 31,4% do mercado de máquinas a contrapeso no ano 2000.

Em 2006, após terem sido vendidas mais de 7.000 unidades da série XM, a pequena família Hyster foi mais uma vez renovada, com o lançamento da série Fortis, em cinco modelos (H40, 50, 55, 60 e 70FT), com capacidades para 2,0, 2,5 e 3,0 t e elevação de até 6,6 m. A Fortis foi projetada pela Nacco como equipamento “mundial”, trazendo maior conteúdo de eletrônica embarcada e compartilhando as características técnicas e componentes com a Yale Veracitor. As máquinas dispunham de motor a GLP Mazda (2,2 l, 51 cv) importado do Japão, com opção de Chevrolet nacional (2,4 l, 62 cv), ou diesel Yanmar (3,3 l, 65 cv); a transmissão automática também era importada. Tinham posto de operação e controles ergonômicos, banco giratório, painel de instrumentos em cristal líquido e controle eletrônico de aceleração, frenagem, reversão e funções hidráulicas.

Duas máquinas menores foram agregadas à linha em 2012 – H1.8CT (1,8 t) e H50CT (2.5 t), ambas com motor Mazda a GLP de 2,0 l e 40 cv e elevação dos garfos de até 5,07 m. Em 2015 a Nacco inaugurou nova planta em Itu (SP), compartilhada pela Hyster e Yale. Além de quadruplicar a capacidade de produção então instalada, a nova unidade permitiria à empresa nacionalizar equipamentos elétricos, até então importados. O primeiro deles foi lançado já no início de 2016 – a transpaleteira elétrica de torre S1.6, para 1,6 t, com alcance de 6,0 m, motor de corrente alternada e operador a pé. Meio ano depois foi dado início à montagem da família de empilhadeiras elétricas retráteis, composta de quatro modelos (R1.4, R1.6, R1.8 e R2.0), com capacidades de 1,6 a 2,0 t e elevação de até 12,5 m. Com índice de nacionalização de 60%, era intenção do fabricante em três anos atingir 90% de conteúdo local.

Desde 1999 a Hyster chama-se, oficialmente, Nacco Materials Handling Group Brasil Ltda.

O que houve de novo a partir de 2017

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