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Mais uma das muitas tentativas brasileiras de produção de um carro urbano, esta realizada pela Indústria Brasileira de Veículos, de Araranguá (SC), nos primeiros anos da década de 90. Chamado Micron, era um projeto ambicioso, envolvendo motor de fabricação própria e (inexplicável) opção de tração dianteira ou traseira. Tratava-se de um carrinho de quatro lugares com 3,15 m de comprimento, carroceria plástica reforçada com fibra de vidro, duas portas e conjunto de para-lamas, grade e capô moldado em peça única, basculando para a frente. Portas e para-brisas vinham do Chevrolet Chevette.

O motor, desenvolvido desde 1989, tinha dois cilindros verticais em linha (800 cm3 e 36 cv), cabeçote com fluxo cruzado e magneto, em lugar de distribuidor; o câmbio era semi-automático. O projeto do chassi tubular já previa duas alternativas de posicionamento do motor – longitudinal, para o caso de tração traseira, ou transversal, para dianteira. A suspensão, independente na frente e com eixo rígido atrás, também dependia da configuração da tração: se traseira, teria molas helicoidais com bandejas e travessas na frente e barras tensoras atrás; na outra hipótese, trazia sistema McPherson na dianteira e molas semi-elípticas atrás.

Os planos da empresa não paravam aí, também tendo cogitado fabricar novos motores (1,0 e 1,2 a gasolina, duas versões diesel, com um e dois cilindros e 10 e 30 cv) e substituir a fibra de vidro por plásticos de engenharia quando a produção ultrapassasse 500 unidades mensais. Embora estivesse prevista produção inicial de 20 unidades/dia, o carro não chegou a entrar em série. Se desconhece a quantidade fabricada.





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