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KRUPP | galeria

Uma das mais antigas empresas privadas alemãs, iniciando as atividades industriais em 1810, fundindo aço e fabricando ferramentas, a Krupp observou grande impulso em meados do século, com o advento das ferrovias. Em 1859, por solicitação do governo da Prússia, entrou no ramo de armamentos, do qual seria um dos líderes até a II Guerra Mundial. Em 1897 colaborou com Rudolf Diesel na construção do primeiro motor diesel do mundo, no ano seguinte fabricando seu próprio motor. Na passagem para o novo século a Krupp já operava um grande estaleiro.

Após a I Guerra, sendo proibida de produzir armamentos, a Krupp (que sempre se manteve forte e tecnologicamente avançada no setor siderúrgico) passou a explorar a fabricação de locomotivas, caminhões e ônibus. Com a derrota da Alemanha na II Guerra, a empresa, profundamente identificada com o nazismo, sofreu pesadas perdas, quer pela desapropriação de suas plantas, quer pela total destruição de algumas delas. Sem uma grande siderúrgica própria que lhe desse suporte, restaurou lentamente as atividades, voltando-se para a produção de fundidos; em 1951 retomou a fabricação de veículos.

A Krupp esteve fortemente associada à implantação da indústria automotiva brasileira. Em 1956 constituiu a INL – Indústria Nacional de Locomotivas e adquiriu terreno em Campo Limpo (SP), onde deu início à construção de uma planta. Seus planos eram ambiciosos: recuperar locomotivas usadas e construir 50 unidades novas por ano, fabricar caminhões pesados, ônibus e trólebus (1.200 por ano), produzir tratores e motores Lanz (2.400 unidades/ano), além de turbinas hidráulicas Voith. Numa segunda fase seriam construídos guindastes, escavadeiras e máquinas para construção.

Com a criação do GEIA, a Krupp teve que submeter-lhe seus planos. Apresentados em abril de 1957, resumiram-se então à produção de caminhões – 300 unidades do modelo Mustang para 9 t, no primeiro ano, atingindo em 1960 a capacidade máxima de 100 veículos/mês. Apesar de aprovado pelo governo federal em novembro, o projeto foi abandonado já no ano seguinte, preferindo a Krupp voltar-se para a fabricação de autopeças, como fornecedora de forjados para a nascente indústria nacional. Instalada em Campo Limpo, sua moderna forjaria pesada – a primeira da empresa fora da Alemanha – produziria em junho de 1960 os primeiros virabrequins nacionais.

Em 1997 a Krupp uniu-se ao grupo Thyssen, formando a ThyssenKrupp AG (a produção de caminhões fora suspensa em 1968, mantendo-se a de veículos especiais). Com diversificado leque de atividades (que inclui siderurgia, elevadores e componentes aeronáuticos) e várias unidades industriais no país, a empresa é hoje também importante fornecedora de componentes de motor, transmissão e suspensão para a indústria automobilística brasileira.

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Início de construção da fábrica brasileira da Krupp, onde a firma alemã pretendia produzir locomotivas e caminhões pesados.





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