LAMBORGHINI
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Firma italiana fabricante de excepcionais automóveis esportivos, desde 1998 sob controle do grupo Volkswagen. Em agosto de 1996 a imprensa brasileira surpreendentemente veiculou a informação de que a empresa estava “decidida” a montar uma fábrica de automóveis no país, onde seriam produzidos dois modelos. A improvável iniciativa foi anunciada por um suposto “presidente para a América Latina”, chamado Jorge Antonio Fernández García, que depois se soube ser um cidadão mexicano que apenas distribuía carros da marca na região.
Segundo informou aos jornalistas, a planta industrial seria construída em Curitiba (PR), onde seriam produzidos um utilitário (o modelo LM02, “ainda em projeto“) e o esportivo Joan Ferci, com motor central de seis cilindros e estilo do Lamborghini Diablo. Segundo ele, o modelo Joan Ferci (não por acaso um nome de fantasia, formado por partes do seu próprio nome…) seria “uma versão mais avançada do Countach“, por sinal um dos mais ousados esportivos já projetados pela empresa italiana. Seriam inicialmente fabricadas 150 unidades/ano, podendo chegar a (inatingíveis) 10 mil em “cinco ou seis anos“. A proposta chegou a entusiasmar a prefeitura municipal, mas seis meses depois já não se falava mais nela.
Jorge García tem registrada em seu nome a empresa Automóviles Lamborghini Latinoamérica S.A., com sede no México, afirmando ter o direito de uso da marca italiana por 99 anos. Desde 1998 o grupo Volkswagen vem acionando a Justiça de diversos países, na tentativa de retomar o controle integral da marca, sem ainda ter conseguido chegar a resultados favoráveis em suas ações.
O empresário mexicano, por seu lado, declara ter “desenhado e desenvolvido modelos automotivos com tecnologia e engenharia própria, como são: Lamborghini Coatl (1998-2004), Lamborghini Alar (2006), Lamborghini Centurión (2015) e o mais recente, ganhador de prêmios mundiais, Lamborghini L.A. Vision de motor 100% elétrico”. Destes, teriam sido construído somente cinco unidades do Coatl e do Alar.
A conexão “Lamborghini”- Brasil ressurgiu em 2021, com a visita de Jorge García ao país e, após reunião com a governadora interina de Santa Catarina (onde vem investindo em empreendimentos imobiliários), anunciar seu interesse em instalar uma fábrica de carros elétricos no Estado, sem precisar em qual cidade.
