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Fundada em 1959 pelos irmãos Mário e César de Carvalho, a Mecânica Riomar Indústria e Comércio Ltda., de São Paulo (SP), é hoje o maior fabricante de karts das Américas e o terceiro maior do mundo. Foi com equipamentos por ela construídos que os maiores pilotos brasileiros de Fórmula 1 – dos irmãos Fittipaldi, Piquet e Senna a Gugelmin, Barrichello e Massa – iniciaram suas carreiras vitoriosas. Criada com a finalidade de produzir motores de popa de baixa rotação, a Riomar (anagrama do prenome Mário) entrou no segmento esportivo no início da década de 60, quando passou a fornecer motores para a Rois-Kart, primeiro fabricante brasileiro de karts.

Proprietários da Rois-Kart desde 1966, lá os irmãos Fittipaldi projetam um chassi que se revelaria revolucionário: menor e com posição de pilotagem mais deitada, batizado Mini, encontrou imediato sucesso nas incipientes pistas de então. Já no ano seguinte, porém, decididos a investir nos seus monopostos de Fórmula Vê, os irmãos transferiram a construção dos karts para a Riomar, que então passou oficialmente a fabricá-los com a marca Mini.

Por mais de uma década os dois modelos então fabricados conquistariam a maioria das competições do país, levando a marca, em meados dos anos 80, à posição de monopolista virtual do esporte. Eram eles: Categoria Brasil, com motor traseiro de fabricação própria (125 cm3 refrigerado a ar) e dois tanques de gasolina de 10 l, posicionados dos lados do assento, e Categoria Internacional (lançado em 1971), com tanque único de 5 l e motor lateral importado de 100 cm3. Ambos tinham chassi de aço sem costura, transmissão por corrente, freio traseiro central a disco e rodas e suporte do motor em liga de magnésio. A estes logo vieram se juntar mais três modelos: Juvenil (também em 1971), com motor traseiro de 3 cv; SS (1974), chassi Categoria Internacional com banco e barra de direção reguláveis, de modo a otimizar o centro de gravidade; e Mini-Garelli (1977), versão Infantil do SS, para pilotos de até 11 anos de idade, com motor de 48 cm3 dos ciclomotores Garelli.

Com o encerramento da produção dos poucos fabricantes nacionais, a Riomar chegou à primeira metade dos anos 80 como virtual monopolista em chassis e motores: produzia, então, em torno de 60 karts por mês. Mesmo com o renascimento da concorrência, a partir de 1985, e apesar da liberação das importações no início da década seguinte, a Riomar manteve a liderança. Ajustando os chassis às oscilações do regulamento, aumentando a oferta de motores (passou a fabricar modelos italianos PCR e importar Rotax austríacos) e mantendo a reconhecida qualidade de seus produtos, a empresa conseguiu se manter no domínio de mais de 80% do mercado, além de exportar para a América Latina e EUA.

A capacidade de produção mensal atual da Riomar é de 120 motores e 150 chassis, atendendo a todos os segmentos regulamentados. Sua linha de motores compreende cinco modelos de 125 cm3, quatro deles refrigerados a ar (um com carburador e dois com injeção eletrônica); em 2008 foi homologado o motor MRA 1, refrigerado a água. Além destes, a empresa também importa o italiano Vortex. Quanto aos chassis, são quatro modelos: Cadete, para crianças; Indoor (transmissão por correia dentada, freio mecânico ou hidráulico a disco na traseira, banco regulável e proteção periférica); Sixspeed (freios hidráulicos a disco na dianteira e traseira); e o novo M2, homologado pela FIA em 2008 (eixo traseiro com três mancais e dois discos de freio ventilados).

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