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Por muitos anos um dos principais fabricantes de empilhadeiras para estocagem do país e o maior entre os de capital nacional, a Skam foi fundada em 1977, em Jundiaí (SP), com o nome oficial Skam Indústria e Comércio Ltda., posteriormente alterado para Skam Empilhadeiras Elétricas Ltda.. Seus primeiros produtos foram transpaleteiras e empilhadeiras do tipo “operador caminhando”. Em 1980, embora dispondo de apenas 800 m² de área industrial, a empresa passou a produzir seus próprios motores elétricos e contatores, daí partindo para a fabricação de máquinas elétricas com operador embarcado, segmento no qual acabou se especializando. Construídas a partir de tecnologia “absorvida” na Europa e EUA, suas primeiras empilhadeiras já apresentavam 98% de nacionalização; tinham capacidade para 1,2 t, motor elétrico Skam de 24 V, autonomia de 8 horas e operador sentado. Havia duas versões: EP (“patolada” – com torre fixa e “patas” de apoio na dianteira) e EC (contrabalançada, com inclinação da torre para a frente e para trás).

A linha de produtos foi rapidamente diversificada. Em 1982 já havia versões para 1,5, 1,8 e 2 t, com elevação de até 7 m, empilhadeiras pantográficas (EPP, com avanço dos garfos) e transpaleteiras com operador sentado T/OS para até 3 t. Além de modelos com operador de pé ou andando, a Skam foi enriquecendo seu catálogo com rebocadores, carros elétricos, selecionadores de pedidos e empilhadeiras retráteis e multidirecionais. Com o acúmulo de experiência, a empresa passou a dar particular atenção ao atendimento de encomendas especiais, projetando e construindo máquinas sob medida para usos específicos, por isso sendo chamada “a ‘alfaiataria’ das empilhadeiras“. Sua capacidade técnica foi rapidamente reconhecida: em dez anos de premiação dos fornecedores de equipamentos de movimentação na década de 80, pelo IMAM, a Skam foi vencedora sete vezes.

Foi com base nessa tradição que em 2004, a pedido de um fabricante de tecidos, desenvolveu por encomenda sua primeira empilhadeira quadridirecional ECL/OS para movimentação de rolos com diâmetro de até 1,5 m, capacidade para 2,5 t e elevação de até 7,3 m. Logo a seguir o modelo foi adaptado para a manipulação de grandes pneus. Do mesmo ano foi a versão cabinada da empilhadeira retrátil EPR 2000 para câmaras frigoríficas, com aquecimento interno e capaz de operar em ambientes de até 30°C negativos. Dois anos depois foi apresentada a transpaleteira POM 2000 Inox, para ambientes corrosivos, revestida de aço inoxidável, com componentes pintados em tinta epóxi e rodas zincadas. Também especializada era a linha EX, à prova de explosão.

Em 2006, com mais de 8.000 máquinas em operação, a Skam era responsável por 25% do mercado de máquinas de movimentação elétricas do país. Sua gama de produtos chegava a 30 modelos, fora os equipamentos especiais, todos de concepção própria e com índice de nacionalização superior a 90% (apenas controles eletrônicos e mastros para máquinas acima de 1,6 t eram importados). Três modelos compactos, para pequenos e médios armazéns (EP 1200 e 1400 e POA 1800) eram produzidos em série. Naquele mesmo ano firmou convênio com a alemã ISA, fabricante de sistemas automatizados AGV, com o objetivo de lançar no país modelos “robotizados” de transpaleteiras, empilhadeiras e rebocadores, dispensando operador.

Fabricava, naquela altura, um carro elétrico para transporte interno (CRE), dois pequenos carros selecionadores de material (Piker 750 e SP, para 750 kg) e cinco rebocadores (RE), com operador de pé ou sentado, capacidade de tração entre 3 e 10 t, frenagem eletrônica, motor de tração diretamente acoplado ao diferencial, faróis, setas, luz de ré, retrovisores e opção de cabine fechada. Tinham chassis monobloco de chapas soldadas, contendo o bloco de tração e baterias, proporcionando maior rigidez e baixando o centro de gravidade do veículo.

Tentando ampliar a área de atuação, em 2005 a Skam lançou sua primeira empilhadeira frontal contrabalançada (ECB 1600), capaz de transitar por pisos irregulares, ao contrário dos modelos com patas, que por seu lado operavam em espaços muito mais limitados. Com capacidade para 1,6 t e elevação 6,3 m, podia receber como opcionais luz estroboscópia, sinalizador sonoro de ré, extintor de incêndio e cinto de segurança. Dois anos depois foi agregada à linha uma versão para 2,5 t (ECB 2500), que viria a ser a mais pesada empilhadeira fabricada pela empresa.

Em 2007, aos 30 anos de vida, a Skam imergiu em profunda crise: de vice-líder no setor, em um ano passou à quarta posição; da fabricação mensal de 28 unidades se viu, no final do ano seguinte, com a produção praticamente paralisada. Ainda que a recessão mundial, aliada à taxa do dólar e à importação de equipamentos chineses de baixo preço, tivessem tido algum papel nos problemas da empresa, as causas da crise eram fundamentalmente internas, advindas da atuação dispersa e da ausência de planejamento, resultados mais graves da gestão não profissionalizada.

Dotada de excelente engenharia porém com frágil gestão financeira, em junho de 2009 a Skam teve que recorrer ao caminho da recuperação judicial (imediatamente deferida pela Justiça) e, numa tentativa de sobrevivência, passou a alugar equipamentos, vender peças e oferecer serviços de manutenção. Agregando a estas atribuições o projeto e fabricação de equipamentos especiais, sob encomenda, a Skam hoje opera sob a razão social Lotvs Máquinas e Serviços Ltda.

<skam.com.br>





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