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A japonesa Suzuki desembarcou oficialmente no Brasil em 1975, quando criou uma filial destinada à importação de motocicletas e apoio à rede de assistência técnica. No ano seguinte negociou uma associação com a brasileira Hatsuta, segundo a qual sua fábrica de Guarulhos (SP) seria utilizada para a produção de motos e motores de popa, com 90% de nacionalização. O projeto foi inviabilizado pela quase simultânea instalação da Honda, na Zona Franca de Manaus (AM), gozando de isenções fiscais não disponibilizadas para a Hatsuta-Suzuki.

Duas novas tentativas para a fabricação local foram realizadas pela Suzuki, ambas infrutíferas: com o fabricante nacional da Lambretta e com a Ford. A negociação com a última previa a construção de planta em Manaus, com inauguração programada para 1983 e capacidade para fabricação de 60 mil motocicletas/ano. O acordo foi desfeito após o anúncio da aquisição de 5,3% da capital da empresa japonesa pela General Motors.

A partir de 1991, com a liberação do mercado brasileiro à importação, por algumas vezes a Suzuki ensaiou aqui também produzir automóveis. Naquele ano, através da trading ITC, representante da empresa nas Américas Central e do Sul, foi anunciado seu interesse em iniciar a montagem local em dois anos, com componentes importados e possibilidade de iniciar a nacionalização já em 1994. O comunicado despertou interesse imediato do governo do Estado do Rio de Janeiro e da prefeitura de Resende, que rapidamente ofereceu à empresa terras e isenção de impostos; o Estado acenou inclusive com participação acionária no projeto. Os planos não tiveram andamento e a marca se manteve na condição de importadora.

Em 1995, com o aumento das alíquotas de importação de automóveis para 70%, a Suzuki voltou a falar sobre a produção local como forma de permanência no mercado. Era sua intenção associar-se a algum fabricante aqui já instalado para com ele montar veículos utilitários em regime CKD. A tentativa mais consistente ocorreu em 1997, no âmbito do Regime Automotivo ampliado, que concedeu benefícios adicionais para fabricantes que decidissem se instalar no Norte, Nordeste e Centro-oeste do país. Conduzido pela Brazauto Indústria e Comércio Ltda., empresa resultante da associação da GM norte-americana com o grupo brasileiro Caloi, o projeto se destinava à implantação de uma fábrica (no Ceará ou em Pernambuco) para a produção anual de 60 mil utilitários Vitara, com início de operação previsto para 1998. Habilitado pelo MIC em junho, este foi mais um dos muitos projetos automotivos aprovados e não concretizados na região.

No ano 2000 a Suzuki optou por montar seu jipe na Argentina, com cerca de 70% de componentes importados. O modelo escolhido foi o Gran Vitara, comercializado no Brasil com emblema e marca Chevrolet e nome Tracker. Em 2008, retornando ao mercado brasileiro depois de cinco anos de ausência, mais uma vez a empresa retomou o tema da nacionalização de seus jipes.

Somente no final de 2010, no XXVI Salão do Automóvel – dois anos depois, portanto -, a empresa oficializou sua decisão: fabricar no país, a partir de 2012, cerca de 3.000 unidades/ano do pequeno utilitário Jimny, sem, contudo, entrar em detalhes quanto ao percentual de conteúdo nacional. Em maio do ano seguinte foram anunciados o local e o porte da planta: Itumbiara (GO) e capacidade máxima de 7.000 carros/ano. A nova empresa contava, entre os acionistas majoritários, com Eduardo de Souza Ramos, controlador da MMC – o fabricante brasileiro da Mitsubishi.

Os primeiros Jimny nacionais foram mostrados no XXVII Salão do Automóvel, em 2012, em quatro versões de preparação e acabamento, todas bem equipadas – S (depois lançada como 4Work), 4All, 4Street (substituída pela 4Sun, com teto solar) e 4Sport. Os carros vieram com diversas alterações estéticas com relação ao original japonês, tais como nova grade, para-choques maiores, entrada de ar no capô e alargadores de para-lamas. O jipinho trazia chassi tipo escada, motor de quatro cilindros de alumínio (16 válvulas, 1.328 cm3, 85 cv), câmbio manual de cinco marchas, tração 4×4 com opção 4×2, reduzida e roda livre com comando pneumático, suspensão com eixos rígidos e molas helicoidais, freios a disco na frente e direção hidráulica progressiva.

Em fevereiro de 2013 o modelo foi oficialmente posto à venda. Em maio de 2015 a produção foi transferida de Itumbiara para a fábrica Mitsubishi de Catalão (GO).

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