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A marca Aldee foi forjada em 1983 pelo campeão de motovelocidade Almir José Donato, ao criar em São Paulo (SP) a Almir Donato Equipamentos Esportivos. Iniciou as atividades fabricando acessórios, transformando picapes em cabines-duplas e até construindo pequenas motos, mas logo desenvolveu seu primeiro automóvel, o belo Aldee GT 1.8 Street, lançado no II Salão do Veículo Fora-de-Série, no primeiro semestre de 1987.

Produzido pela Metalúrgica Demoral, em São Paulo, o carro era um três volumes de linhas modernas e bem proporcionadas, com traseira curta e alta, fabricado em fibra de vidro sobre parte da estrutura do Volkswagen Gol (plataforma, parede corta-fogo e berço do motor). Na dianteira, faróis escamoteáveis e lanternas e grade combinadas num delgado e elegante conjunto horizontal; no interior, estofamento em couro, painel com instrumentos digitais e teto-solar e espelhos retrovisores de acionamento elétrico. O porta-malas era espaçoso: 340 litros. Valendo-se da mecânica do Gol GTS com motor AP 1.8, o Aldee logo mostrou excelente desempenho desportivo, sua performance melhorando ainda mais a partir do XV Salão do Automóvel, em 1988, quando passou a utilizar o motor VW AP 2.0.

Até 1990 foram fabricadas 16 unidade do GT, a última delas transformada por Almir em carro de competição. A preparação do motor 2.0 elevou a potência para 180 cv, permitindo velocidades de até 200 km/h a esta primeira versão esportiva, equipada com novo chassi tubular, conhecida como Aldee Street/Racing. Sua vitória nas Mil Milhas Brasileiras de 1990 (categoria 1.6) estimulou Almir a produzir outros exemplares, utilizando a mesma carroceria do Street, porém com alterações mais profundas na estrutura e mecânica. Assim nasceu o Aldee Racing. As principais diferenças estavam no chassi tubular de desenho próprio e na carroceria mais leve; o motor VW 2.0, que nos primeiros carros da série era montado na dianteira, a partir de 1993 foi deslocado para trás. Com a diminuição do peso o carro ganhou mais 10 km/h na velocidade máxima, continuando sua carreira vitoriosa em provas de endurance, com freqüência suplantando estrelas máximas do esporte mundial, como BMW, Porsche e Ferrari. O Racing foi produzido em 54 unidades.

Em 1996 Almir começa a vender um carro totalmente novo, o biposto Spyder, com chassi tubular, carenagem de fibra e motor central, pesando apenas 630 kg. O motor era o mesmo VW 2.0 com a  cilindrada levemente aumentada (de 1.998 para 2.050 cc), mas com compressão quase 50% maior (de 10:1 para 14,8:1); cabeçote retrabalhado, novo comando de válvulas e dois carburadores elevaram a potência para 220 cv (contra os 112 originais); a caixa também era Volkswagen, do Gol GTi.

O Spyder é até hoje fabricado (mais de 200 já foram construídos) e o seu preço de venda relativamente baixo fez dele o carro de competição de maior sucesso de mercado já produzido no país. Seu êxito foi tal a ponto de, em 2002, ter sido para ele criada uma categoria específica no Campeonato Paulista – a Spyder Race. Em 2010 foi disputado o primeiro campeonato nacional da categoria. A comunidade esportiva considera ter sido o aparecimento do Aldee  determinante para o renascimento do automobilismo de competição brasileiro na década de 90: as vitórias da marca, ao demonstrarem, na prática, a competitividade e o custo mais baixo que um bom projeto nacional podia alcançar, num círculo virtuoso também estimularam o aparecimento de novos protótipos nacionais.

Em 2003 a Aldee transferiu a produção do carro para o piloto Peter William Januário, que vem comercializando o Spyder através da sua empresa PW1, sem a marca Aldee. Almir, por sua vez, trabalha no projeto de um carro mais sofisticado, com chassi de molibdênio.

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