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Empresa de engenharia fundada em 1987. Instalada em Barueri (SP), a Ceppe Equipamentos Industriais e Comércio dedicava-se ao atendimento à indústria de alimentos e embalagens. Em janeiro de 2002, desviando-se provisoriamente de seu objetivo principal, deu início ao projeto de um utilitário 4×4 leve para uso militar – ou, no jargão das Forças Armadas, uma viatura de transporte não-especializado de meia tonelada. Definido o escopo do veículo, a empresa convidou a Columbus Comercial Importadora e Exportadora, de São Paulo (SP), a participar do seu desenvolvimento. (A identidade entre as duas firmas, que já haviam trabalhado juntas na modernização de carros de combate do Exército Brasileiro e de outros países latino-americanos, vinha da formação comum dos seus quadros técnicos e dirigentes, em ambos os casos oriundos da Engesa.)

O produto do trabalho conjunto, um protótipo construído no Arsenal de Guerra de São Paulo, batizado Marruá, foi apresentado em fevereiro de 2003: tratava-se da reinterpretação do excelente Engesa EE-12, porém com motorização diesel e porte algo maior (14 cm a mais no entre-eixos, 21 cm no comprimento e 7 na largura). Com carroceria de aço, santantônio tubular e portas laterais e capota de lona, o carro foi desenvolvido para as funções de reconhecimento, comunicações e ataque, já tendo sido previstas versões ambulância e alongada com caçamba para carga. Vinha equipado com motor MWM (4 cilindros, 2,8 l, 135 cv), câmbio Eaton com cinco marchas, caixa de transferência de construção própria, freios com assistência hidráulica e duplo circuito (a disco na dianteira), direção hidráulica e suspensão com braços longitudinais e transversais e molas helicoidais. Dados de desempenho divulgados: peso em ordem de marcha de 1.840 kg; carga útil de 500 kg; capacidade de reboque de 500 kg; ângulo de entrada, 64°; ângulo de saída, 34°; rampa, 60%; inclinação lateral, 30%; vau, 60 cm; degrau máximo, 30 cm; autonomia em estrada, 1.000 km.

No segundo semestre de 2003, quando ainda se encontrava em processo de homologação pelo Exército, o Marruá teve o projeto e os direitos de fabricação vendidos à Agrale. Em outubro do ano seguinte o jipe já se encontrava em linha de produção com a nova marca. Ceppe e Columbus continuam a colaborar com as Forças Armadas na concepção de viaturas militares (tais como o Chivunk), além de fornecer para terceiros carcaças blindadas fabricadas em suas instalações industriais (como para o carro-forte Centigon). Também vem prestando assessoria ao Exército Brasileiro e a governos estrangeiros na reforma e modernização das suas frotas de blindados Engesa.

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O primeiro protótipo do Marruá no dia de sua apresentação no Arsenal de Guerra de São Paulo, 6 de fevereiro de 2003 (fonte: site defesanet).





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