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Apesar de dispor de desenvolvida indústria metalmecânica, até muito recentemente o Estado de Santa Catarina não lograra atrair para seu território nenhum fabricante de veículos completos. Além de ter participação significativa no segmento de componentes (uma das maiores fundições de blocos do país está instalada em Joinville), Santa Catarina sedia a Busscar, tradicional fabricante de carrocerias de ônibus, e foi escolhido pela GM (já no presente século) como local para a construção de sua nova unidade de motores. Somente em 2012, no entanto, o Estado foi escolhido por um importante fabricante – a BMW – para implantação de uma planta completa de automóveis.

Foi com a missão declarada de “buscar uma alternativa de agregação de valor a este segmento” – o que idealmente ocorreria ao transformar Santa Catarina em produtor de veículos completos – que um grupo de empresários, reunidos em torno da Federação das Indústrias do Estado, em 1997 criou o PRODEC – Programa de Desenvolvimento Automotivo Catarinense. Entre os principais instrumentos de atuação do Programa estava promover a elaboração de projetos de automóveis e caminhões, como etapa de fomento à implantação de empreendimentos no setor.

O primeiro produto desta ação foi apresentado á imprensa no final de 2004. Era um moderno jipe 4×4 com suspensão independente, projetado e construído com tecnologia e componentes catarinenses e utilizando modelos matemáticos e softwares sofisticados no dimensionamento das partes e sistemas e no desenho da carroceria. Denominado A4, o projeto deu origem à TAC, ainda em fase de implantação, iniciativa que a FIESC imaginou se constituiria na primeira indústria automotiva do Estado.

O segundo veículo desenvolvido sob patrocínio da Federação foi o caminhão militar M8 Octopus, apresentado em junho de 2005. Equipado com motor diesel MWM de seis cilindros e 130 cv, tratava-se de um 8×8 com dois eixos dianteiros direcionais e suspensão independente, cada par de rodas sustentado por dois feixes de molas semi-elípticas com pivô central. O projeto previa a possibilidade de adaptações para operação como ambulância, defesa civil, bombeiros e resgate. A versão militar tinha capacidade para 16 soldados equipados, podendo receber dispositivo para lançamento de mísseis e, no futuro, sistema de direção telecomandada; um computador de bordo monitorava todas as funções do caminhão. Com o M8 foi desenvolvido um original mecanismo de deslocamento para terrenos extremamente difíceis, nos quais mesmo a tração total se mostra insuficiente, ocasião em que esquis “rastejadores” com garras de aço acionados hidraulicamente passariam a impulsionar o veículo.

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