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MENDES JÚNIOR | galeria

Uma das maiores empreiteiras do país, na década de 80 a empresa mineira Mendes Junior demonstrou firme intenção de ingressar na indústria automobilística. Motivada pela dificuldade de reequipar sua frota de milhares de veículos, iniciou negociações com a espanhola Enasa, fabricante dos caminhões Pegaso, com o objetivo de produzir duas mil unidades/ano de um modelo pesado em planta industrial a ser construída em alguma cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), possivelmente Santa Luzia. Submetidos em 1986 ao CDI, seus planos foram aprovados no ano seguinte. Com o empreendimento, denominado Mendes Junior Motores, pretendia conquistar entre 20 e 30% do mercado nacional, podendo no futuro também fabricar chassis de ônibus e veículos militares.

Os caminhões teriam 30 t de carga útil (capacidade de tração de até 150 t) e, além do diesel, pretendia-se disponibilizar motores a álcool e gás natural. Após o “sinal verde” do CDI o leque de candidatos ao fornecimento de tecnologia se ampliou, todos eles tendo por uma ou duas vezes visitado o país para discutir propostas de cessão de direitos para produção de alguns de seus modelos de caminhão: a alemã MAN, as norte-americanas Mack e Navistar e, por fim, a finlandesa Sisu. Embora o projeto da Mendes Junior tenha avançado até o ponto da abertura de negociação com fornecedores de componentes, já em 1987 a empresa decidiu adiar seus planos, jamais retomados.





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