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NEW HOLLAND | galeria

Empresa norte-americana incorporada em 1903, hoje fazendo parte da transnacional CNH, maior produtor mundial de equipamentos agrícolas pertencente ao grupo italiano Fiat. A New Holland iniciou suas operações como oficina de reparação, logo passando a fabricar implementos agrícolas, até lançar na década de 40 uma colhedora de feno de grande sucesso. Em 1947 a empresa foi adquirida pela Sperry Corp., grupo industrial do setor eletrônico, fabricante, entre outros, das máquinas de escrever e computadores Remington Rand. Em 1986 a Ford assumiu o controle da Sperry New Holland, finalmente transferindo-o para a Fiat em 1990; da união dos dois negócios surgiu a N.H. Geotech. Em 1999, finalmente, Case e Fiat N.H. uniram seus negócios de máquinas agrícolas e de construção sob a sigla CNH, mantendo, contudo, identidade e linha de produtos próprias. A CNH hoje integra a nível mundial as marcas Fiat (equipamentos), FiatAllis, New Holland, O&K (fundada na Alemanha em 1876) e Kobelko (Japão, 1930).

As primeiras colheitadeiras New Holland chegaram ao Brasil no início da década de 70. A receptividade pelas máquinas incentivou a Sperry a fabricá-las no país, levando-a a inaugurar em 1975 uma grande planta industrial em Curitiba (PR). Seu primeiro produto foi o modelo Clayson 1530, lançado com 85% de componentes nacionais; com ele, ao final da década conquistaria 31% do mercado. A empresa também fabricava plataformas de corte de grãos e colheita de milho, além de importar equipamentos de fenação. Em 1986, após ter atravessado com relativa facilidade os anos de grave retração econômica vividos pelo país no início da década, a New Holland lançou na IX Expointer sua maior colheitadeira, o modelo 8040, de alta produtividade, com 135 cv e tanque graneleiro de 3.560 l, modelo seguido por um ainda maior – 8055 -, com 150 cv e tanque de 4.050 l, ambos admitindo plataformas com até 4,57 m de largura. A produção prevista era de 18 máquinas/mês.

Naquele momento, quando fabricava em média 1.800 unidades por ano, foi concluída a compra da empresa pela Ford, inclusive a filial brasileira. Embora nos EUA tenha sido criada a Ford New Holland como fruto da fusão, no Brasil os dois negócios permaneceram independentes. Pouco foi alterado na linha de produtos, que manteve as marcas Ford, para tratores de pneus, e New Holland, para colheitadeiras. Apenas alguns serviços foram integrados, como os testes de tratores, transferidos de São Paulo para Curitiba.

Pouco de novo ocorreu até 1991, ano em que a Fiat consolidou a compra da empresa norte-americana. O Brasil sentiu de imediato os efeitos da fusão: a produção de tratores foi transferida de São Bernardo do Campo para Curitiba e o ritmo de lançamentos se intensificou. Em 1993, na Expointer, foi realizado o lançamento mundial das colheitadeiras TC55 e TC57, as primeiras cabinadas do país. Também foi apresentada nova linha de tratores, denominada série 30 Superforça, composta de 14 modelos, com potências entre 63 e 180 cv, os modelos mais pesados (140, 160 e 180 cv) dispondo de motores de 5,8 e 8,1 l, tração nas quatro rodas com bloqueio de diferencial acionado hidraulicamente e caixa de 24 marchas à frente e oito a ré. Os equipamentos continuaram sendo comercializados com a marca Ford New Holland até 1999, ano da criação da CNH, quando o nome Ford foi descartado.

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Trator agrícola 7630, um dos 14 modelos da Série 30 Superforça, de origem Ford, lançados pela New Holland em 1993.

A agressiva política de investimentos da Fiat, já praticada na sua unidade brasileira de automóveis, também seria aplicada nos negócios de máquinas. Assim, em 1996, em meio a mais uma crise no setor agrícola brasileiro, a empresa deu início à modernização e ampliação das suas instalações industriais e à implantação de uma fábrica de transmissões, inaugurada no ano seguinte. Também lançou nova colheitadeira – TC59, com inédita transmissão hidrostática e enorme (à época) plataforma de 23′, modelo que viria a ser líder de mercado pelas próximas décadas. Com isto fortaleceu sua posição, conquistando (em 1996) 22% do mercado de tratores, 42% de colheitadeiras e 30% das exportações de máquinas agrícolas, detendo a liderança nos dois últimos itens. A empresa fecharia 1997 com o lançamento da série TL de tratores (quatro modelos com motores MWM de 65 a 103 cv e versões 4×2 e 4×4) e o posto de maior fabricante brasileiro de máquinas agrícolas, com mais de 7.100 unidades produzidas.

A criação da CNH, em 1999, obrigou ao rearranjo dos negócios do Grupo em todo o mundo. Na ocasião foi reafirmada a importância do Brasil na estratégia global da companhia: segundo as palavras de um alto executivo italiano da CNH, “o Brasil é tão fundamental para a América Latina como a Alemanha é para a Europa; precisamos garantir nossa liderança por aqui“. A estrutura industrial ficou assim organizada no país: a unidade de Curitiba concentraria a produção de tratores agrícolas e colheitadeiras de grãos Case e New Holland (cada um com sua marca), a unidade de Piracicaba (da Case) seria mantida fabricando colhedeiras de cana-de-açúcar e café, ficando a planta de Contagem (da FiatAllis) reservada para a produção de equipamentos de construção.

Em 2002 foi lançada a série TS, dois modelos de trator agrícola de maior porte, com motores New Holland de 110 e 120 cv, tração 4×4 com engate eletro-hidráulico e bloqueio do diferencial. No ano seguinte chegou a colheitadeira TC59 Todo Terreno, com tração integral e peneira autonivelante. Mais uma grande novidade surgiu em 2004: a maior colheitadeira da marca, a moderna CS660, com a qual a empresa ganhou a medalha de ouro, na categoria Novidade, do Prêmio Gerdau Melhores da Terra 2004. Acionada por motor turbo Cummins de 8,3 l e 280 cv, tinha transmissão e direção hidrostática, plataforma para grãos e milho com 9,0 m de largura e depósito com capacidade para 9.000 litros de grãos. Sua cabine, climatizada e totalmente panorâmica, dispunha de volante regulável, alavanca multifunção centralizando todos os comandos e painel de controle montado verticalmente, junto ao para-brisa. Em condições ideais, a máquina podia colher até 216 t por dia.

No outro extremo, simplificou a antiga TC57, de 1993 (180 cv e transmissão mecânica), renomeada TC57 Exitus, comercializando-a como modelo de entrada para produtores que nunca possuíram colheitadeiras (a TC57 permanecia em linha). Também de 2004 foi a série TM de tratores, quatro modelos pesados, com e sem cabine, potências entre 137 e 177 cv, tração nas quatro rodas e possibilidade de engate do bloqueio do diferencial e da tração dianteira com o veículo em movimento; os dois mais potentes vinham com transmissão semi-automática Range Command.

Em termos de produto, a grande novidade resultante da constituição da CNH seria a entrada da New Holland no segmento de máquinas de construção. A divisão New Holland Construction foi criada em fevereiro de 2005 com o objetivo de concentrar as diversas marcas da CNH que até então produziam tais equipamentos e que seriam a partir de então extintas. No Brasil a divisão absorveu a antiga linha de produtos FiatAllis – retroescavadeiras, carregadeiras e motoniveladoras –, devidamente atualizada e progressivamente complementada com escavadeiras hidráulicas e tratores de esteira importados da Itália e EUA. Todas as máquinas passaram a ser produzidas em Contagem (MG).

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Motoniveladora New Holland RG200.B.

Já naquele ano foi lançado o primeiro produto novo da categoria, a pá-carregadeira W130, de 12,5 t e 132 cv (Cummins), para fazer companhia à 12B (10,0 t, 123 cv), oriunda da FiatAllis. Também da FiatAllis (com denominações diversas) eram os tratores de esteira 7D, D130 e D170 (de 9,4 a 19,1 t e potências de 90, 120 e 170 cv), as retroescavadeiras LB90 e 110 (84 e 100 cv), com tração em duas ou quatro rodas, e as motoniveladoras articuladas RG140, 170 e 200.B, com pesos de 13,5 a 19,4 t e motores de 140 a 200 cv. Na oportunidade foi lançada a primeira escavadeira hidráulica nacional da marca, o modelo E215, de tecnologia Kobelco, com 22 t e 140 cv, em quatro versões (LC, ME, ME Granito e F). Ainda em 2005, em meio a mais uma retração no setor agrícola, foi inaugurada a fábrica de cabines para tratores e colheitadeiras na planta de Curitiba.

Foram várias as novidades da Expointer 2007, começando pela colheitadeira TC5090 para plataformas de até 7,5 m, com motor Cummins de 8,3 l e 240 cv, transmissão hidrostática, tanque graneleiro de 7.200 l, opção de rodado duplo, iluminação para operação noturna e painel digital. Os tratores 7630 e 8030, lançados em 1996 sobre plataformas Ford, líderes de venda na categoria e últimos remanescentes da antiga série 30, foram atualizados, ganhando motor nacional New Holland turbo de 4,5 l (106 cv e 122 cv intercooler) e nova carroceria. Finalmente, foi lançada a série TT (3840 e 3880), linha de tratores leves, dois deles na versão estreita (F) fruteira e cafeeira; os menores tratores da marca, tinham motor Iveco de 55 e 75 cv, caixa de quatro marchas parcialmente sincronizadas com redução, tração 4×4 de acionamento mecânico e bloqueio de diferencial.

Em outubro de 2007 a New Holland anunciou amplo programa de lançamentos para os anos seguintes, envolvendo mais de 20 novos modelos de máquinas agrícolas e de construção. A notícia refletia sua decisão recente de diversificar as áreas de atendimento, dando maior atenção às culturas de cana-de-açúcar, laranja, café e florestas e reduzindo a dependência dos resultados oscilantes do setor de grãos. Mantendo inalterado seu bom desempenho nas vendas, a empresa encerrou o ano com 36% do mercado de colheitadeiras (líder), 21% de tratores de pneus (3º lugar) e 18% de equipamentos de construção. No segmento agrícola, foram pouco mais de 6.800 máquinas, 69,1% a mais do que no ano anterior (versus um crescimento de 56% do setor). A linha de produtos nacionais compreendia uma escavadeira hidráulica, 18 modelos de tratores, cinco de colheitadeiras, três tratores de esteiras, duas retroescavadeiras, três motoniveladoras e quatro pás carregadeiras, sendo a produção local complementada por uma pequena quantidade de máquinas importadas – minicarregadeiras, manipuladores telescópicos e escavadeiras hidráulicas. O Brasil é o pólo mundial de fornecimento de motoniveladoras e colheitadeiras do Grupo Fiat.

<newholland.com.br>

 

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