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PEGASO | galeria

Pegaso foi a marca utilizada pelos veículos fabricados pela espanhola Enasa – Empresa Nacional de Autocamiones S.A., herdeira da arqui-famosa Hispano-Suiza e construtora de conceituados carros esportivos durante a década de 50. Desde 1990 a Enasa pertence ao grupo Fiat, vinculada à Iveco.

Em 1974, na tentativa de quebrar o virtual monopólio de mercado da Mercedes-Benz, o governo militar brasileiro se dispôs a permitir a entrada no país de novos fabricantes de veículos comerciais: foi quando a Enasa pela primeira vez demonstrou interesse em aqui se instalar, para produzir caminhões e chassis de ônibus no Rio de Janeiro (RJ).

Em 1986 a vinda da empresa foi pleiteada simultaneamente por dois grupos brasileiros: pela mineira Mendes Junior e por um conjunto de investidores gaúchos dos setores industrial e de revenda de veículos. Os primeiros, após receberem autorização do CDI, abriram negociações com outros fabricantes e logo abandonaram o projeto. Os gaúchos persistiram um pouco mais. Seus planos envolviam a construção de uma planta em Alvorada, com 80% de capital nacional, onde seriam fabricados dois modelos de 38 t e 340 cv (4×2 e 6×4). A produção seria totalmente horizontalizada, com todos os componentes adquiridos junto ao mercado. Com inauguração prevista para o final de 1988, seriam inicialmente fabricadas 200 unidades por mês, em parte para suprir o mercado sul-americano. A correspondente carta-consulta foi apresentada ao CDI em janeiro de 1987, porém a aceleração da inflação freou o interesse da Enasa na operação, levando-a a considerar ser inviável produzir localmente com índices de nacionalização superiores a 30% (“o ideal seria entrar no país com veículos CKD“). Apesar da persistência do interesse do grupo gaúcho, a instabilidade econômica do país levou a empresa espanhola a desistir do projeto.





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