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A francesa Peugeot foi fundada em meados do século XIX, operando nas quatro décadas seguintes nos ramos de fundição e laminação de aço. Em 1881 produziu sua primeira motocicleta e em 1889 o primeiro automóvel, sendo uma das mais antigas empresas do mundo no setor. Foi da marca Peugeot o primeiro automóvel a desembarcar no Brasil, em 1892, pelas mãos de Alberto Santos-Dumont, então com 19 anos. Apesar de sua importância a empresa esteve ausente do movimento inaugural de nossa indústria automobilística, que na década de 50 promoveu a chegada dos primeiros grandes fabricantes internacionais no nosso país. Naqueles anos, a Peugeot optou pela Argentina.

Algumas tentativas frágeis foram experimentadas, até que a empresa efetivamente aqui se instalasse no limiar do século XXI. A primeira delas ocorreu ainda em 1962, quando a filial argentina propôs a fabricação de automóveis na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com apenas 15% de nacionalização, projeto de imediato descartado pelo Geia. No ano seguinte a própria matriz francesa apresentou oficialmente seus planos, por sua vez inviabilizados pelas conturbações políticas do período e pelo golpe militar de abril de 1964.

A segunda fase de expansão do setor, que nos trouxe a Fiat e a Volvo nos anos 70, fez renascer o interesse da empresa francesa, especialmente atraída pela ampla oferta de incentivos promovida por diversos estados da Federação na busca de trazer “pelo menos um” fabricante para seu território. No caso da Peugeot, falou-se em produzir carros, utilitários e motores diesel para automóveis no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e mesmo em Pernambuco. No entanto, apesar das freqüentes visitas de executivos ao país, o único investimento efetivado foi uma fábrica de bicicletas em Montes Claros (MG) e uma de ciclomotores na Zona Franca de Manaus (AM), projetos dos quais a Peugeot se afastaria em 1979. Em 1988, o grupo nacional Monteiro Aranha, que três décadas antes participara da implantação da Volkswagen do Brasil, se propôs a importar automóveis Peugeot argentinos para “numa segunda fase” também fabricá-los no país; deixada de lado, a iniciativa seria parcialmente retomada anos depois.

A Peugeot finalmente chegaria ao Brasil na década seguinte, na terceira vaga de instalação de novas fábricas, motivada pela abertura do mercado às importações promovida pelo governo Collor. Passando a comercializar carros importados da França, Argentina e Uruguai em associação com o Grupo Monteiro Aranha, a partir de agosto de 1992, a Peugeot logo atentou para o potencial que o Mercosul – e principalmente o Brasil – representava para a sua estratégia de diversificação de mercados (a Europa respondia, à época, por 87% das suas vendas). Em 1996 já ficara patente o interesse da Peugeot em se instalar no país, em unidade fabril onde também seriam fabricados modelos Citroën (desde 1976 as duas empresas estavam unidas sob o grupo PSA), com capacidade de produção de 150 mil motores e entre 20 e 30 mil carros por ano.

Aquela foi uma época de euforia: por um lado, mais de uma dúzia de fabricantes estrangeiros de automóveis e caminhões se propunham a migrar para o país; por outro, institucionalizou-se um irracional estado de “guerra” de incentivos entre as diversas administrações estaduais, com ofertas tão exageradas que suscitaram críticas até mesmo dos comentaristas econômicos mais liberais. Entrando no jogo e assediada por vários governos, a Peugeot acabou por afunilar sua escolha para os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A decisão foi oficializada em outubro de 1997 e formalizada em janeiro do ano seguinte, mediante a assinatura de contrato de compromisso com as autoridades brasileiras. Através dele, a Peugeot se lançava no maior empreendimento do Grupo PSA fora da França em todos os tempos: a instalação, em Porto Real (município recém-emancipado de Resende, RJ), de uma fábrica conjunta com a Citroën, a ser inaugurada no ano 2000 para a produção de 100 mil unidades anuais de modelos “novos, ainda não lançados na Europa”.

A nova empresa foi registrada como Peugeot Citroën do Brasil Automóveis Ltda.. O pacote de benefícios concedido à PSA envolvia a doação de terreno com dois milhões de metros quadrados, construção de estrada de acesso à fábrica, participação do Estado do Rio com 32% do capital da empresa, empréstimo do BNDES avalizado pelo governo estadual no valor de 300 milhões de dólares (contra 250 milhões de recursos próprios), ICMS arrecadado reaplicado como capital de giro durante 13 anos, compensação por 10 anos dos gastos com juros de empréstimos contraídos pela empresa, isenção de taxas municipais por 15 anos…

A produção inicial seria de 70 mil unidades/ano, em dois turnos de trabalho. Era meta da PSA atingir a capacidade nominal em 2003, com a adoção do 3º turno, então atingindo a capacidade máxima de 130 mil carros; teria então conquistado 7% do mercado (5% sob a marca Peugeot e 2% Citroën) e a 5ª posição no ranking dos fabricantes nacionais. Os veículos apresentariam inicialmente índice de nacionalização de 50%, atingindo o patamar de 75% em 2003. Paralelamente à decisão pela produção no Brasil, a empresa aplicou bem-sucedida estratégia comercial e de assistência pós-venda a sua rede de concessionárias, reestruturando-a e ampliando-a, assumindo a liderança de mercado entre os importados, com mais de 1/3 do total, na contra-mão do mercado, em franca queda.

Em julho de 1998 foi apresentado à imprensa internacional, na França, o Peugeot 206. Desfazia-se assim o mistério que cercava o primeiro produto brasileiro da marca (sabia-se apenas que o Peugeot nacional seria o sucedâneo do 205). O carro foi oficialmente lançado no Salão de Paris, em setembro, e já no mês seguinte foi mostrado no XX Salão do Automóvel, em São Paulo.

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O hatch de quatro portas 206 foi o primeiro automóvel nacional da Peugeot.

A fábrica de Porto Real foi inaugurada em 1º de fevereiro de 2001, com a produção diária de 20 Citroën Xsara Picasso. Enquanto isso os 206 começavam a ser montados em pré-série, para lançamento em junho. Esta foi a última grande usina automobilística aqui implantada na terceira onda de expansão do setor. Na cerimônia de inauguração, com a presença do Presidente da República, o presidente mundial da PSA anunciou a instalação de uma fábrica de motores junto à linha de montagem (naquela altura, os motores 1.6 do Picasso eram importados da França; quanto ao Peugeot 206, suas unidades 1.0 seriam fornecidas pela Renault brasileira, enquanto que o modelo 1.6 continuaria a ser provisoriamente fornecido pela Argentina, de onde vinha desde 1999).

A planta de motores, cuja construção teve início imediato, seria inaugurada em março de 2002, tendo como meta a produção anual de 50 mil unidades 1.6i de 16 válvulas, com índice de nacionalização inicial de 50% (80%, em dois anos), para uso interno e exportação para a Europa e América Latina, inclusive Argentina. Enquanto preparava o lançamento do 206, a PSA negociava com a Iveco a nacionalização dos utilitários Peugeot Boxer e sua produção nas novas instalações da empresa italiana, em Sete Lagoas (MG).

Fabricado desde fevereiro de 2001, para formar estoque, o 206 1.0 foi oficialmente lançado no final de junho, com o índice de nacionalização previsto de 50%, prevendo-se fornecimento circunstancial pela Argentina, para evitar filas e ágio, caso a demanda fosse superior à produção. A produção da fábrica arrancou com uma relação entre marcas de 65% Peugeot para 35% Citroën. O novo carro já era naquela altura um grande sucesso nacional e internacional: o mais vendido na França; o 3º na Europa (1,3 milhão, em dois anos); o 1.6 mais vendido no Brasil (12.250 unidades, em 2000; ainda que importado, a quantidade era mais do que 50% superior à do best-seller brasileiro VW Gol). Foi por duas vezes escolhido “O Melhor Carro do Brasil”, segundo os leitores da revista Carro (categorias “popular” e “importado”, respectivamente em 1999 e 2001).

O 206 1.0 em nada diferia, esteticamente e em acabamentos, do 1.6 importado da Argentina. Apenas uma pequena legenda 16v em vermelho, na tampa traseira, identificava o modelo nacional, pois foi estratégia da PSA diferenciar o Peugeot dos “populares” da concorrência, que tradicionalmente empobrecia os carros “mil” frente aos modelos de maior cilindrada. O 206 foi lançado em três versões, com três ou cinco portas: Selection, com acabamento interno mais simples, porém bem equipado; Selection Pack, com pacote adicional de opcionais; e Soleil, com o mesmo interior do 1.6.

O PRIMEIRO 206: SUA FICHA TÉCNICA: carroceria monobloco, quatro portas, quatro lugares, bagageiro com 245 litros, 3,83 m de comprimento; motor transversal dianteiro refrigerado a água, com quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 999 cm3, 70 cv; tração dianteira com caixa manual de cinco marchas; direção mecânica (hidráulica na versão Soleil); suspensão independente nas quatro rodas (McPherson na dianteira e barras de torção na traseira); freios a disco na frente e a tambor atrás.

O 206 nacional, que utilizava o mesmo motor 1.0 16v do Renault Clio, teve rápida aceitação e reconhecimento: em um mês se tornou o 6º carro mais vendido e a PSA (Peugeot + Citroën) o quinto fabricante do Brasil em produção. No primeiro teste comparativo ao qual foi submetido pela imprensa especializada (revista Carro, agosto de 2001) onde foram avaliados oito dos nove 1.0 fabricados no país, o 206 recebeu a maior pontuação. Seus grandes predicados: estilo, acabamento, consumo e preço. Na edição de novembro de 4 Rodas, que confrontou quatro 1.0 16v nacionais, o 206 também foi considerado o melhor. Finalmente, em março de 2002, o 206 (agora nacional), foi escolhido pela terceira vez “O Melhor Carro do Brasil”, de novo na categoria “popular”, pelos leitores de Carro.

Em julho de 2002 foi iniciada a fabricação do utilitário Boxer na fábrica da Iveco, em Sete Lagoas (MG). Tratava-se de um desenvolvimento conjunto realizado na Europa, entre a Fiat (da qual a Iveco é subsidiária), a Peugeot e a Citroën, com o objetivo de utilizar base mecânica e estrutura comuns na produção de veículos comerciais leves. De construção monobloco, foi disponibilizado em duas versões (van para passageiros e furgão) e três comprimentos (curto, médio e médio com teto elevado), o maior com capacidade de 1.630 kg e 10 m³. Tinha suspensão independente (tipo McPherson) na dianteira, eixo rígido com molas semi-elípticas na traseira, motor diesel Iveco de 2,8 litros aspirado ou turbo (90 e 103 cv), caixa de cinco marchas, tração dianteira, freios a disco nas quatro rodas (ventilados na frente) e direção hidráulica.

Também em julho, comemorando o primeiro aniversário do 206 brasileiro, foi lançada a versão 1.6 16v, com motor de fabricação nacional (1.587 cm3 e 110 cv). Mantendo a estratégia de se diferenciar da concorrência pelo nível de acabamento e equipamentos de seus veículos, o 1.6 foi dotado de air-bag duplo, freios a disco nas quatro rodas, computador de bordo de série e cinto de segurança de três pontos também no banco traseiro. Mais uma vez o carro se destacaria: num teste comparativo entre seis marcas nacionais foi escolhido pela revista Carro (abril de 2003) o melhor hatch compacto com motor 1.6. Além dos atributos apontados nos testes anteriores, o carro agora também se sobressaía pelo desempenho e dirigibilidade, proporcionados pela boa potência específica do motor (63,3 cv/litro). O 206 foi o oitavo carro nacional mais vendido de 2002.

A produção da PSA teve crescimento contínuo, muito acima da média do mercado, até 2003, quando apresentou um pequeno declínio de 13% em resultado do acirramento da concorrência, que realizou diversos novos lançamentos no ano. Adicionalmente, as freqüentes oscilações do câmbio pressionavam os custos da empresa, se refletindo nos resultados finais do Grupo, na França, que atribuiu seu prejuízo de € 200 milhões às operações brasileiras. Para assegurar competitividade, a PSA decidiu acelerar o ritmo de nacionalização de seus produtos. Na área do marketing, iniciou as venda do 206 pela internet e resolveu participar oficialmente do Campeonato Brasileiro de Rali de Velocidade, para o qual preparou uma pequena série de carros 1.6, com potência de 130 cv, obtida pela adoção de novos comandos de válvulas, coletor de escape e controle de injeção. A suspensão foi reforçada e o interior recebeu as adaptações usuais para a nova função.

O carro de competição, que obteve bons resultados em provas nacionais e sul-americanas, inspirou a empresa a colocar em linha, no meio do ano, a versão Rallye (1.6 na configuração três portas, sem alterações mecânicas) com faróis de neblina, rodas de alumínio, volante de couro e bancos esportivos. Ainda em 2003 a PSA iniciou um longo programa de testes com dois carros (206 e Picasso) movidos a biodiesel, com motores de ciclo diesel importados (respectivamente 1.9 e 2.0, este com injeção direta). O ano terminou com o 206 chegando à marca de 100.000 unidades fabricadas no Brasil; o índice de nacionalização atingia 75%, sendo exportada 10% da produção.

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207: apresentado em 2008, resultou da primeira reestilização do hatch 206.

Em fevereiro de 2004 a linha recebeu sua primeira atualização estética, com o lançamento da Nova Geração. Externamente, o carro ganhou para-choques, frisos e maçanetas na cor da carroceria (exceto para o 1.0), lentes lisas de policarbonato nos faróis, novas lentes e refletores nas lanternas traseiras, pisca-piscas laterais incolores e grade do motor com padrão colméia; o logotipo traseiro ficou maior e foi transferido para a tampa da mala. Os mostradores do painel ganharam fundo na cor prata. A suspensão foi totalmente revista e o trambulador recalibrado, corrigindo as duas maiores deficiências mecânicas do carro: ruídos na condução e dificuldade na troca de marchas. O carro recebeu mais uma opção de motor – um 1.4 de alumínio, com 8 válvulas e 75 cv, inicialmente importado da França, porém nacionalizado cinco meses depois (para isso a fábrica de motores foi expandida e a capacidade aumentada para 70 mil unidades/ano). A Peugeot aproveitou a oportunidade para também alterar a nomenclatura das versões, agora em número de quatro: Sensation (exclusiva para o 1.0), Presence (em lugar da Selection Pack), Feline (substituindo a Techno, até então série especial) e Rallye.

Em março de 2005 foi colocado à venda o terceiro modelo Peugeot nacional (considerando o Boxer, fabricado pela Iveco): a caminhonete 206 SW. Lançada na França em 2002 e apresentada no Salão de São Paulo dois anos depois, tinha quatro portas, bagageiro com capacidade de 313 litros e opção de motores a gasolina 1.4 8v (75 cv) e 1.6 16v (110 cv). O carro (que saiu com 70% de nacionalização) era 19 cm mais longo que o hatch, trazendo a mesma concepção mecânica do seu irmão mais velho. O SW apresentava alguns traços estético-funcionais que o distinguiam da concorrência: lanternas traseiras verticais envolvendo as janelas laterais, maçanetas das portas traseiras embutidas nas colunas, tampa do porta-malas com vidro basculante, permitindo acessar o bagageiro sem necessidade de abrir a porta, e telas para fixação de pequenos objetos na mala. Disponível nas versões Presence e Feline, era expectativa da PSA vender anualmente 15 mil unidades do modelo.

A partir de maio, tanto a nova SW como o hatch passaram a poder ser equipados com motor bicombustível – o primeiro da Peugeot mundial. Inicialmente foi disponibilizado o modelo de 1.587 cm3, com a mesma taxa de compressão do motor a gasolina e 110 e 113 cv (respectivamente alimentado a gasolina e álcool). Adicionalmente, a versão Feline ganhou ar condicionado com controle digital de série e, os modelos com motor 1.6, opção de freios ABS. A gama de utilitários Boxer, por seu lado, foi atualizada e ampliada: eram novos a grade, os para-choques e os conjuntos óticos dianteiro e traseiro. O motor 2.8 passou a ter gerenciamento eletrônico e 127 cv (o anterior, de 103 cv, foi mantido apenas no furgão com chassi curto, considerado versão de entrada). Finalmente, a linha ganhou mais três modelos (todos passaram a ter opção de teto alto), totalizando oito configurações.

Em 2005 a PSA consolidou sua posição de 5º maior fabricante nacional, com 93.500 veículos fabricados (dos quais cerca de 65% Peugeot), crescimento de 42% sobre o ano anterior, versus um aumento de 7% no setor. Com este desempenho, a fábrica de Porto real se aproximava de sua capacidade máxima, prevendo-se para o ano seguinte a abertura de 3º turno.

Um motor 1.4 8v flex (80/82 cv) foi lançado em janeiro de 2006. Com ele a PSA tomou uma decisão ousada: retirou de linha o 206 1.0, substituindo-o, sem acréscimo de preço, pelo 1.4 bicombustível. Nas palavras do presidente mundial da empresa, “o carro 1.0 é uma curiosidade fiscal do Brasil, e essa característica absurda, que não existe em nenhum outro lugar do mundo, não serve para um país que pretende ser exportador de veículos“. Assim, em nome da racionalidade industrial e na contramão da tendência do mercado, que em 2005 comprou 55% de carros com motor “mil”, a empresa aproveitou o encerramento do contrato de fornecimento do 1.0 com a Renault e, não renovando-o, criou o fato consumado: foi o primeiro fabricante nacional a eliminar o carro dito “popular” de seu catálogo.

Em outubro, no XXIV Salão, foi mostrado o Escapade, versão “aventureira” do 206 SW. Projetado no país, fruto do fortalecimento das atividades de engenharia e design da filial brasileira, o carro não recebeu apenas complementos decorativos e de conforto (para-choques adicionais, alargadores de para-lamas, saias de plástico, faróis de neblina, ar condicionado), mas também retoques na mecânica: a suspensão foi redimensionada (novos amortecedores, buchas, semi-eixos e juntas homocinéticas), ganhou protetor de cárter de aço e pneus de uso misto, com isto ficando com vão livre quase 3 cm maior do que da SW convencional. Disponível apenas com motor 1.6 flex, tinha freios a disco nas quatro rodas e ABS de série.

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Um modelo totalmente renovado foi lançado em 2013: o hatch 208.

Em maio de 2007 a Peugeot passou a oferecer a opção de transmissão automática para as versões topo de linha Feline do hatch e do SW 1.6; com quatro marchas e possibilidade de troca manual, o câmbio vinha com as funções Sport (para melhor desempenho) e Snow (piso escorregadio). No segundo semestre a PSA iniciou a exportação de motores 1.6 bicombustível para a França, onde utilizariam mistura E85, composta de 15% de gasolina e 85% de etanol de beterraba.

Aquele ano foi marcante para a empresa: pela primeira vez ultrapassou 100 mil veículos fabricados em um único exercício (mais precisamente 119.400), obrigando-a a programar a implantação imediata do 3º turno, com o qual agregaria 50% de capacidade à planta de Porto Real. No último trimestre a PSA anunciou seu programa de investimento para os próximos três anos: meio bilhão de dólares a serem aplicados no Brasil e Argentina, ao fim dos quais teriam sido lançados 12 novos veículos e conquistados 11% do mercado latino-americano (correspondendo a 300 mil carros em 2010, inclusive importados).

Ressaltando a importância atribuída à região, na ocasião foi transferida para o Rio de Janeiro a direção executiva para o Mercosul, até então sediada na França. (Uma particularidade da PSA: ao projetar seus investimentos no Brasil, a empresa sempre os tratou sob a ótica do Mercosul; assim, ao contrário da concorrência, jamais ameaçou abandonar a produção na Argentina, lá concentrando as plataformas médias Citroën e Peugeot e reservando para o Brasil a fabricação dos carros pequenos de grande série.)

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O que houve de novo a partir de 2008

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Séries especiais: 206 Quicksilver (07/02), 206 Techno (06/03), 206 Holiday (09/05), 206 Moonlight (05/07), SW Moonlight (04/08), 207 Quicksilver (03/10), 207 e Hoggar 10 Anos fabricando no Brasil (03/11), 208 Première (01/13), 207 Sedan In Concert (05/14), 208 Quiksilver (10/14), 208 InConcert (03/16), 2008 Crossway (10/16), 208 Urbantech (09/17), 208 In Concert (07/18), 2008 Style (07/18), 2008 turbo THP in Concert by JBL (02/20), 2008 Skywalker (05/21), 2008 Roadtrip (11/22)

Importados (desde 2001): 607 (da França, desde 06/01), 206 CC (França, 09/01), 307 (França, 11/01; Argentina, 05/04), Partner 2005 (Argentina, 07/05), 307 sedã (Argentina, 09/06), 407 cupê (França, 01/07), 3008 (França, 11/10), 408 (Argentina, 03/11), RCZ (Áustria, 11/11), 308 (Argentina, 02/12), 508 (França, 06/12), 308 CC (França, 08/12), van Expert (Uruguai, 10/17), furgão Partner 2019 (Argentina, 07/18), Expert Minibus (Uruguai, 10/18), novo furgão Boxer Cargo (11/18, Itália), Boxer Minibus (Itália, 10/19), Novo 208 (Argentina, 09/20), Expert Vitré (Uruguai, 09/20), e-208 GT (Eslováquia, 09/21), furgão elétrico e-Expert (França, 11/21), elétrico e-2008 (Espanha, 11/22)

Outras premiações e distinções (modelos nacionais): 206 1.4 Flex (Qual Comprar 2006, categoria Hatches Compactos; revista Autoesporte), 206 1.4 Flex (Qual Comprar 2007, categoria Hatches Compactos; revista Autoesporte), 206 SW (Os Eleitos 2007, categoria Peruas e Utilitários Esportivos Leves; revista 4 Rodas), PSA (Prêmio AutoData 2008, categoria Responsabilidade Ambiental), 207 Escapade (Destaques Motor Show 2008, categoria Station Compacta), 207 Escapade (Motor Show Destaques do Ano 2009, categoria Station Compacta), 208 (Os Eleitos 2014, categoria Hatch Premium; revista 4 Rodas), 208 (Os Eleitos 2015, categoria Hatches Compactos Premium; 4 Rodas), 2008 1.6 THP (Compra do Ano 2016, categoria CrossoverMotorshow), 2008 Allure 1.6 automático (Melhor Compra 2016, categoria SUV até R$ 75.0004 Rodas), PSA [Citroën e Peugeot] (Marca Verde 2017; Autoesporte), 208 (Os Eleitos 2017, categoria Hatches Premium; 4 Rodas)





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