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PHANTOM (ii) | galeria

Produto mais conhecido da empresa Demoiselle Indústria e Comércio de Carrocerias Ltda., do Rio de Janeiro (RJ). Seu primeiro carro, apresentado no XII Salão do Automóvel, em 1981, foi o “calhambeque” Demoiselle, que daria nome à empresa (ainda não criada oficialmente).

Montado sobre a plataforma do Volkswagen Brasília, encurtada 40 cm e reforçada, o exemplar exibido no Salão foi o terceiro construído por Eduardo Possato Saraiva (os anteriores foram de 1979 e 1980). Não se tratava de uma réplica, mas de uma criação livre inspirada em um modelo plástico da Revell, sem qualquer preocupação em ser fiel às linhas, detalhes ou escala originais. O carrinho, porém, era bem acabado e não deixava de ser original. Tinha carroceria moldada em plástico reforçado com fibra de vidro construída em duas partes (capô-cabine e alojamento para o motor), com duas portas e dois lugares, estreito para-brisa rebatível (o vidro vinha da vigia traseira da Kombi), tanque de combustível cilíndrico instalado externamente, estepe e bagageiro montados sobre a tampa do motor. O Demoiselle também oferecia alguns preciosismos: calotas raiadas, falso freio de mão externo, porta-objetos sobre os estribos e debaixo dos bancos e capota feita sob medida, em função da altura do motorista.

O segundo modelo da Demoiselle (já sob nova administração) foi o Phantom, lançado em 1983 na I Feira do Automóvel a Álcool, em São Paulo. Com duas portas e quatro lugares ficava, segundo a empresa, “entre um buggy de segunda geração e o Puma conversível“. Possuía para-brisa curvo, bancos dianteiros com encostos reclináveis e apoio para a cabeça, dois bancos individuais do tipo concha na traseira, grande tampa de acesso ao motor (com falsa grade) tomando toda a largura do carro e capota de vinil em duas partes, divididas pela barra targa. No interior trazia o conjunto de instrumentos do Fiat 147, instalados no centro do painel, além de console central com rádio. Montado sobre plataformas Volkswagen de qualquer modelo, sem cortes, tinha carroceria monobloco de fibra de vidro integrada ao assoalho e duas opções de acabamento. Ignição transistorizada, toca-fitas e alarme anti-furto eram alguns dos opcionais disponíveis. De linhas bastante harmônicas, o carro só era fornecido completo, com mecânica “zero km”.

Somente em março de 1986, no I Salão do Veículo Fora-de-Série, a Demoiselle lançou seu primeiro buggy “verdadeiro”, um modelo convencional algo parecido com o precário Giant’s, do qual se diferenciava pela melhor qualidade e pelas laterais frisadas. Com a chegada do buggy (também chamado Phantom), o “esportivo” passou a chamar-se Targa GL. Àquela altura a empresa já admitia a utilização de plataformas usadas e a venda de seus veículos sob a forma de kits. O Targa, seu modelo mais vendido, alcançou 1987 com novo painel e a produção de 12 unidades mensais; ainda assim, antes do final da década a Demoiselle encerraria as atividades.





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