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Carro urbano projetado e construído pelo engenheiro mecânico Humberto Casadei, em 1991, na varanda de seu apartamento, no 7o andar de um edifício em Belo Horizonte (BH).

Partindo do conceito do célebre Aruanda, Humberto desenhou um carrinho urbano, leve e econômico, funcional e de linhas racionais, com dois lugares, quatro rodas, 1,9 m de comprimento e 1,10 de largura. Sua estrutura foi composta por uma gaiola tubular metálica envolvente, subdividida em duas partes: a inferior, com tubos de seção circular, para sustentar motor, suspensão e bancos, e a superior, com perfis de aço em L e tubos de seção quadrada, para a cobertura da carroceria.

A maioria dos componentes mecânicos foi obtida de veículos nacionais de série, as peças restantes sendo projetadas por Humberto e fabricadas por oficinas mecânicas e tornearias próximas. O conjunto motor-câmbio-transmissão veio da motoneta Vespa (200 cm3, 14 cv, quatro marchas), da qual foi foram também adotados a partida elétrica e os comandos de acelerador, freio e embreagem.

A suspensão era independente nas quatro rodas: na frente, triângulos superpostos do Volkswagen Passat, e na traseira, braços longitudinais não vinculados entre si, nos dois casos complementados por molas helicoidais e amortecedores da moto Honda CG. Ao braço traseiro esquerdo foi  acoplado o conjunto motor, que acionava a roda correspondente – a única tracionada.Os freios (a disco na frente) foram cedidos pelo Chevrolet Chevette, enquanto que caixa e coluna de direção e pedais vieram do Fiat 147. As rodas tinham aro de 10″.

A carroceria, com duas portas, superfícies planas e ângulos retos, foi revestida com chapas de fibra de vidro e alumínio. Foram adotados os faróis retangulares da Honda CG, enquanto que as lanternas traseiras retangulares, montadas na vertical, eram de caminhão. Finalizado, o carrinho atingiu peso total de 210 kg.

No dia 19 de dezembro 1991, exatas 54 semanas depois de iniciada a construção, o pequeno Putz foi guindado para a rua e ganhou vida. Meses depois, Humberto construiu uma réplica a pedal para seu filho Carlos Humberto, então com quatro anos de idade. Em março de 2015, aos 27 anos, agora também engenheiro, Carlos Humberto ofereceu emocionante relato ao site Flatout, descrevendo essa aventura épica vista por seus olhos de menino.





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