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Empresa norte-americana fundada em 1868 por Linus Yale Jr., inventor das fechaduras de segurança; em 1875, entrou no mercado de equipamentos para movimentação de materiais, fabricando guindastes manuais e, pouco depois, também elétricos. Suas primeiras empilhadeiras, ainda rudimentares, foram produzidas em 1920, três anos depois situando-se a empresa entre os pioneiros na concepção do que hoje é considerada a empilhadeira moderna. Algumas décadas mais tarde, assim como sua grande concorrente Clark, a Yale iniciou a produção de pás carregadeiras.

Em 1963 teve o controle adquirido pela Eaton-Fuller, importante indústria norte-americana de autopeças. Em 1977 o segmento de máquinas de construção foi vendido para a FiatAllis (na ocasião a produção de empilhadeira foi transferida para a fábrica de eixos da Eaton, em São José dos Campos, SP). Finalmente, em 1984, ao decidir retomar o foco nos negócios de autopeças, a Eaton também se desfaz da divisão de empilhadeiras, vendendo-a à Nacco. Esta, ao adquirir a Hyster cinco anos depois, tornou-se o terceiro grupo mundial no setor e o maior nos EUA.

Em 1957 a Eaton implantou sua primeira fábrica no Brasil, em Santo André (SP), para a produção de autopeças. No mesmo local, no final de 1965 deu início à nacionalização de empilhadeiras Yale e, no ano seguinte, também de pás-carregadeiras Trojan. Equipada com motor a gasolina ou GLP Chrysler de seis cilindros e 65 cv, importado, e câmbio manual ou automático, a família G51P de empilhadeiras foi disponibilizada em três versões, com elevação de até 3,68 m: 030, 040 e 050, respectivamente com peso de 3,0, 3,3 e 3,7 t e capacidade para 1.500, 2.000 e 3000 kg. (Dois anos depois, todas as versões passaram também a contar com opção de motor Willys nacional de 56 cv.)

Em junho de 1966, na VI Feira da Mecânica Nacional, a Eaton expôs sua primeira pá-carregadeira produzida no país, o modelo rígido Trojan 134-A, para 2,6 t, com motor Mercedes-Benz de 98 cv, quatro marchas à frente e quatro a ré e três opções de caçamba (1,15, 1,34 e 1,53 m3). Já em 1967 todas as máquinas da Yale atingiam elevado nível de nacionalização: 60% (em peso) nas empilhadeiras e mais de 50% nas pás.

Em 1968 uma nova fábrica foi inaugurada em São Bernardo do Campo (SP), exclusivamente dedicadas aos equipamentos Yale. Com capacidade anual de produção de 250 empilhadeiras e 160 pás, se localizava junto às instalações da Eaton-Fuller, fornecedora de transmissões para a indústria automobilística. Novo modelo de carregadeira rígida foi lançado antes do final daquele ano – Trojan 250-A, para 3,6 t, com motor Perkins de seis cilindros e 142 cv e caçamba de 2,5 m3.

Em dezembro, ao mesmo tempo em que era entregue a 250a empilhadeira nacional da marca, novo modelo chegava ao mercado: G-83P, com motor Chrysler de 77 cv (posteriormente Chevrolet de 88 cv), transmissão mecânica, direção hidráulica e capacidade para 3,0, 3,5, 4,0 e 5,0 t. Na altura, também era produzida a linha G-51C, de menor porte, com rodas maciças para operação em superfícies regulares. Também equipada com motor Willys, vinha em versões para 1.5, 2,0 e 2,5 t. Seu índice de nacionalização já então alcançava 92%.

As primeiras Yale elétricas nacionalizadas foram lançadas no início de 1970 – a família YE, com três rodas maciças, para 800, 1.000, 1.200 e 1.500 kg. As versões menores dispunham de dois motores de tração de 1 kW cada e, as maiores, de 1,9 kW, mais outro motor elétrico de 3,2 kW para a bomba hidráulica de acionamento do sistema de elevação. O conteúdo nacional ainda estava limitado a 40%, incluindo itens como volantes, rodas, contrapesos e baterias.

Em setembro de 1971 foi introduzida nova família de pás, as primeiras articuladas do país, com peso operacional entre 8,4 e 15,4 t e capacidade entre 1,3 e 5,3 m³). Iniciada pelo modelo 1900-B (não mais trazendo o nome Trojan), a série foi logo seguida pelo 1500-B e, no final de 1972, pelo 3000-B, com índice de nacionalização oscilando entre 77 e 80%. As duas primeiras foram equipadas com motor Perkins de 140 cv e Mercedes-Benz de 84 cv e câmbio mecânico de quatro marchas reversíveis e, a última, com Scania de 202 cv. O modelo mais antigo – e de menor preço – 134-A, que então já atingira 400 unidades produzidas, permaneceu em linha. Em 1975 seria fabricada a milésima carregadeira Yale.

Em 1975 a série de empilhadeiras G-83P foi modernizada. Visando maior conforto do operador, ganhou novo assento, novo painel de instrumentos, direção hidrostática e embreagem em banho de óleo na transmissão (ainda mecânica). A oferta de motores aumentou: Willys ou Chevrolet a gasolina e Perkins diesel. No final do ano a família YE de empilhadeiras elétricas foi ampliada, passando a incluir versões para 2,0 e 2,5 t.

A fase de crescimento explosivo da demanda, contudo, logo deu sinais de arrefecimento e no final de 1976 os efeitos da Crise Mundial do Petróleo chegaram ao Brasil, atingindo fortemente todos os fabricantes de empilhadeiras. Além da produção da Yale cair quase 39% em relação a 1975, pouco se vendeu no início de 1977, levando a um estoque de 80 máquinas no final do primeiro trimestre. Além disso, seguindo as determinações da matriz, a linha de produção de pás-carregadeiras foi transferida para a FiatAllis, como já ocorrera no exterior. Assim, ficou a Yale brasileira restrita à produção de empilhadeiras, ainda com a relativamente confortável posição de dona de 37% do mercado nacional.

Embora a empresa dispusesse de variadíssimo leque de produtos nos EUA, aqui a linha sempre esteve reduzida a poucos modelos. A situação se agravou a partir do governo Collor, no início dos anos 90, com a liberalização da economia e a abertura quase indiscriminada das importações. A decisão da Nacco (que já então controlava a Yale) foi de encerrar a fabricação no país e trazer do exterior as máquinas que aqui desejasse comercializar. Esta política foi contraproducente para a marca, que teve drasticamente reduzidas as vendas internas, limitadas a 8% do mercado no ano 2000.

Na tentativa de reverter a situação, naquele ano a Yale voltou a fabricar no país, para isto utilizando as instalações da Hyster, em São Paulo. Foi escolhida a série Delta, a combustão (motor japonês Mazda a gasolina e GLP ou Perkins diesel de 2,5 l), em quatro versões, com capacidades entre 2,0 e 3,0 t, alcance de até 8,5 m em altura e posto de condução anatômico (banco com descansa-braços e ajuste lombar, coluna de direção regulável). Somente em 2004, contudo, a empilhadeira atingiu 60% de nacionalização, índice mínimo exigido para que tivesse direito a financiamentos da Finame. Com a série Delta, a Yale reconquistou parte do mercado perdido, chegando a 21% das vendas internas em 2004.

Em 2006 foi lançada a série Veracitor, em cinco versões (GP 040, 050, 055, 060 e 070 VX) e capacidades entre 2,0 e 3,5 t. A empilhadeira foi projetada em conjunto com a Hyster Fortis, com ela compartilhando características técnicas, capacidades, trens de força, estilo e todos os componentes. A máquina, que apresentava maior conteúdo de eletrônica embarcada, dispunha de motor a gasolina ou GLP Mazda (2,2 l, 51 cv) importado do Japão, com opção de Chevrolet nacional (2,4 l, 62 cv), ou diesel Yanmar (3,3 l, 65 cv); a transmissão automática era importada. De concepção moderna, tinha posto de operação com banco giratório e controles ergonômicos, painel de instrumentos em cristal líquido e gerenciamento eletrônico da aceleração, frenagem, reversão e funções hidráulicas. Em 2013 foi agregado à  linha o modelo GP18LX, para 1,8 t, ainda inexplicavelmente equipado com motor importado (Mazda 2.0).

Em fevereiro de 2015 a Yale se transferiu para novas instalações, em Itu (SP), onde, em conjunto com a Hyster, foi dado início à produção de equipamentos elétricos. O primeiro deles com a marca Yale foi a paleteira com torre para operador a pé MS16, para 1,6 t.

O que houve de novo a partir de 2016

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