ZOTYE
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Marca de veículos totalmente desconhecida no Brasil, a Zotye é uma divisão do grupo empresarial chinês Zhejiang. Fundada em 2005, lançou seu primeiro automóvel no ano seguinte. Um dos carros por ele fabricados – Z200 – é diretamente derivado do Palio e Siena, da Fiat, produzidos até 2001 na China e cujo ferramental a Zotye adquiriu em 2008. A empresa ultimamente vem se notabilizando pela cópia desavergonhada que executa de grandes modelos europeus, plagiando carros como Range Rover Evoque, Porsche Macan, Volkswagen Tiguan e Audi Q3, mesmo sob ameaça de ser por isso submetida a processos internacionais.
Em janeiro de 2014 a empresa anunciou planos para o Brasil: participação no Salão do Automóvel (o que não ocorreu), importação de dois modelos, inauguração de 50 concessionária e construção imediata de fábrica no país, a ser instalada no Espírito Santo. A unidade seria erguida com participação de sócio nacional e do governo do estado, tendo início de produção previsto para setembro de 2016.
Em reviravolta típica dos “investidores” chineses “interessados” no Brasil, em abril de 2015 a empresa anunciou estar em negociação com a brasileira TAC Motors, dando mesmo a entender que assumiria sua administração. Segundo os vagos termos do “acordo de cooperação” entre ambos, carros chineses seriam montados na planta cearense da TAC, que em contrapartida teria seus jipes comercializados na América Latina pelos chineses. A aquisição da TAC foi dada como consumada, em outubro, porém terminou por não ser concretizada.
Na oportunidade a Zotye reafirmou seu interesse na fábrica capixaba, “decisão” que já seria alterada meses depois: em abril de 2016 outro termo de compromisso foi assinado com o governo do Estado de Goiás visando a construção de uma fábrica no município de Goianésia. Com capacidade para 20 mil veículos/ano, a planta seria inaugurada em 2018. Até lá galpões seriam alugados para a montagem de alguns modelos sob regime CKD.
Em julho de 2017, em reunião com autoridades municipais e estaduais, a Zotye “ratificou os compromissos assumidos” anteriormente, agregando que, além da produção de um utilitário elétrico da marca Electro, era sua intenção “liderar a implantação de um Parque Automotivo” em Goianésia, para lá atraindo empresas chinesas fabricantes de vidros, pneus e baterias. O pretensioso empreendimento, entretanto, começaria ainda em 2018 com a montagem de motonetas elétricas, envolvendo 80 trabalhadores em pequeno galpão alugado. Instalações próprias ficariam para 2019.
