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Fundada no Rio de Janeiro (RJ), em 1980, pelo ex-técnico da FNM José Augusto Teixeira Soares, a Baby – Indústria de Carrocerias Ltda. (hoje Beach Buggies e Lanchas Ltda.) foi um dos primeiros fabricantes brasileiros de buggies e dos poucos que sobreviveram às vagas da moda e às oscilações do mercado que ocorreram desde então. A Baby sempre demonstrou cuidado no projeto de seus carros. Seu primeiro buggy (ao contrário de quase toda a concorrência) tinha lanternas traseiras de desenho exclusivo e um vistoso painel com console central; o design da dianteira (com pequenos faróis retangulares e para-choque de fibra) era bem resolvido e a tampa do motor, maior do que o usual, solucionava um dos mais freqüentes problemas verificados em buggies – a dificuldade de acesso aos órgãos mecânicos. Eram oferecidos alguns opcionais (pneus largos, pára-brisa degradê e pintura metálica). Os carros construídos sobre plataformas usadas recebiam três meses de garantia (hoje são seis meses); no entanto, para assegurar um mínimo de qualidade em seus veículos, a Baby inicialmente não os fornecia sob a forma de kits, mas apenas completos, preparados por ela ou por montadoras autorizadas.

No XIII Salão do Automóvel, no final de 1984, a Baby fez o pré-lançamento do Laio, um simpático jipinho projetado por Wladimir Martins, da WMV, construído segundo as mesmas regras dos buggies: carroceria de fibra de vidro, plataforma e mecânica Volkswagen e motor traseiro refrigerado a ar. O Laio (que depois mudou o nome para Garimpo) tinha duas portas, um bom porta-malas, para-brisa dianteiro rebatível e entradas de ar adicionais para o motor, adiante das rodas traseiras. Em oito anos seriam produzidas cerca de 300 unidades. No Salão seguinte, em 1986, foi lançado o buggy na versão targa, com o nome Baby Buggy TST (na mesma ocasião o modelo mais antigo, com santantônio tubular, ganhou o nome TS).

No Salão de 1990 mais uma novidade, o Baby 138, kit de transformação para o Chevrolet Chevette. Utilizando-se da estrutura monobloco e da mecânica dos modelos posteriores a 1983, a Baby trocava todos os outros componentes da carroceria (capôs, para-lamas, colunas traseiras, para-choques) por peças de plástico reforçado com fibra de vidro e agregava elementos decorativos nas laterais (faixas, ressaltos em torno das rodas e grelha de ventilação na coluna traseira). A menos da grade dianteira (cujo formato lembrava os modelos esportivos da Mercedes), todas as demais alterações concediam ao carro uma grande semelhança com o Chevrolet Monza. Era tal a preocupação do fabricante com a qualidade do seu produto que junto com o kit era fornecido um vídeo com instruções detalhadas para a montagem dos diversos componentes.

A produção da Baby seguiu sem grandes alterações até a passagem do século. Modificações mais notáveis, apenas duas: lanternas traseiras ganhando contornos na cor do carro e para-choques integrados à carroceria (inclusive com a mesma cor), o dianteiro recebendo as luzes de posição e um local para a placa de matrícula. Também foram sendo gradativamente abandonadas as plataformas encurtadas de antigos Volkswagen, substituídas por um chassi de barras com perfil U de projeto próprio. Duas novidades surgiriam em 2004: a versão do buggy TST com duas portas e o Baby Indoor, uma alternativa mais barata aos carros elétricos utilizados em áreas internas de clubes, hotéis, condomínios e indústrias. Dada a necessária restrição de velocidade nesses locais, não exigindo do carro potência ou velocidade elevadas, foi utilizado um motor de 1.300 cc e apenas duas marchas para frente, mais ré (aproveitava-se caixas de quatro marchas, porém com a 3ª e 4ª bloqueadas). A capota com estrutura tubular e os dois bagageiros (à frente e atrás) eram opcionais.

Os últimos anos trouxeram mais lançamentos. Em 2005 surge um novo bugue, o RS, com a mesma mecânica, porém com carroceria totalmente nova, faróis e lanternas redondas e um discreto quebra-mato de fibra (segundo a empresa, e de acordo com a  moda atual, esta seria a “versão Adventure’” do TST, que continua em produção). Mais tarde o RS passou a ser disponibilizado também com motor VW AP 1.8 refrigerado a água – o Evolution RS: para alojar o novo motor o carro teve a traseira elevada em 7,5 cm; além disso, recebeu duas janelas para ventilação do motor na saia traseira e uma grelha de proteção para o radiador. A última novidade da empresa surgiu em 2007: o Indoor RS, o mesmo modelo Indoor, porém com carroceria bicolor e capota rígida com para-brisa de acrílico de design especialmente feliz.

Os buggies da Baby apresentam uma série de pequenos detalhes que os destacam da concorrência: porta-luvas com chave, porta-copos, luz de salão, back-light e capô com fecho de segurança, por exemplo. Ainda comercializados em três versões (1.6, 1.6 Adventure e 1.8), sem alterações estéticas, agora trazem o nome Action. A produção média é de 12 unidades/mês, todas elas completas (a Baby não fornece mais kits). A empresa estima ter fornecido mais de 9.000 veículos ao longo dos seus mais de trinta anos de vida.

<buggybaby.com.br>





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