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C4 CACTUS

Citroën no rumo da recuperação

setembro 2018

Nos últimos dias de agosto a Citroën colocou à venda sua última novidade brasileira – ou, sob outro ponto de vista, a primeira novidade da marca no árduo caminho para a recuperação de parte do espaço perdido no mercado nacional.

Citroën e Peugeot, ambas marcas do grupo PSA, respondem, cada uma, por bem menos de 2% do total de automóveis comercializados no país. A produção máxima da fábrica brasileira da PSA – 149.472 veículos – ocorreu em 2011, quando respondeu por cerca de 5% do total fabricado no país. A partir daí o comportamento das duas marcas veio permanentemente oscilando, com forte queda em 2015, quando chegou ao patamar mínimo de 69.712 carros – meros 3,3% da produção nacional. (Acentue-se que esses números dizem respeito à soma dos modelos Citroën e Peugeot, forma como a produção da fábrica de Porto Real é informada à Anfavea.) Nos últimos anos a Peugeot vem ocupando a 11posição e a Citroën a 12em vendas no Brasil. De mais de 87.000 carros vendidos em 2011, a Citroën ficou limitada a 22.000 unidades em 2017.

A situação crítica da PSA não é só brasileira. Há anos o Grupo se encontrava tecnológica e comercialmente estagnado na Europa. Hoje, reestruturada e muito mais dinâmica e ousada (prova disto é a aquisição recente das operações europeias da GM) a matriz se volta para o Brasil. Para começar, buscando recuperar a confiança do cliente, para isto dedicando meses de trabalho na recapacitação da rede de concessionárias e na qualificação de seus serviços. Agora, enfim, depois de três anos sem nenhuma novidade de peso, inicia a produção do C4 Cactus nacional.

SUV Compacto derivado do C3 lançado na Europa em 2014, o novo carro segue o estilo da versão recém-atualizada no ano passado, que dispensou as chamativas bolsas protetoras laterais, batizadas airbumps. Ao contrário do modelo europeu, nosso Cactus utiliza a mesma plataforma dos irmão C3 e Aircross e dos primos Peugeot 28 e 2008. Também é menos sofisticado internamente, dispensando, por exemplo, o airbag do passageiro no teto, ali instalado para abrir mais espaço no porta-luvas. Em compensação, o nacional possui janelas traseiras de baixar, em lugar dos vidros basculantes do europeu.

O carro chega com duas opções de motor 1.6 flex de quatro cilindros e 16 válvulas (aspirado de 1.587 cme 115/118 cv ou turbo com injeção direta de 1.598 cme 166/173 cv) e duas de câmbio (manual de cinco marchas e automático de seis).  Tem tração somente nas rodas da frente, suspensão dianteira McPherson e traseira por eixo de torção, freios a disco ventilados na frente com ABS (disco nas quatro rodas na versão superior Shine) e direção com assistência elétrica. o Cactus tem 4,17 m de comprimento, 2,60 de entre-eixos, 22,5 cm de vão livre do solo e bons ângulos de entrada e saída de 22e 32o. O porta-malas alcança 320 l de capacidade.

Internamente, herda alguns componentes de acabamento do C3/Aircross (maçanetas e botões de comando); alavanca de câmbio, painel de instrumentos (com tela digital monocromática de 7″) e central multimídia vem do C4. No painel e portas não há plásticos macios ao toque, só rígidos. O volante tem formato semielíptico.

São cinco as versões: Live (1.6 manual), Feel (1.6 manual ou automático) e Shine (1.6 automático). Muito bem equipado, desde a versão básica Live vem de série com painel digital, ar condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, computador de bordo, volante com ajuste em altura e profundidade, banco do motorista com ajuste em altura, cintos e apoio para cabeça para os cinco passageiros, luzes diurnas em leds, rodas de aço de 16″ e rack no teto. Central multimídia de 7″ e comandos no volante são opcionais para Live.

A versão Feel traz, além desses, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, faróis de neblina com função curva, monitor de pressão dos pneus, câmera de ré e controle de velocidade. São opcionais rodas de liga de 17″, banco traseiro bipartido 60:40, volante de couro, retrovisores na cor do carro e moldura branca nos faróis e airbumps.

Além destes itens, Shine vem com ar condicionado automático, bancos de couro, airbags laterais, sistema Grip Control (para quatro modos de terreno e condução: normal, areia, neve e lama), sensor de chuva e faróis, entrada sem chave e partida por botão. Como opcionais, airbags de cortina, sistema Active Safety Brake (emite alertas de emergência ao motorista e freia sozinho em caso de iminência de colisão com outro veículo ou pedestre), alerta de desvio de faixa, alerta de atenção do condutor, alerta de descanso e pintura em duas cores.

 

 

 





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T-CROSS

Revelações sobre o futuro utilitário esportivo VW

agosto 2018

A Volkswagen está mesmo decidida a reconquistar a liderança perdida no Brasil. A cada dois ou três meses a marca é notícia na imprensa especializada, quer pela chegada de novos importados (Amarok V6 e Tiguan All Space), quer por lançamentos nacionais de impacto (Novo Polo, em setembro de 2017, e Virtus em janeiro deste ano), quer por cuidadosas atualizações de modelos existentes (Golf, em junho passado, e nova mecânica para Gol e Voyage neste mês).

Algo se sabe sobre os planos de curto e médio prazo da empresa para o nosso mercado. O primeiro deles é o lançamento doT-Cross, um pequeno sport utilityprevisto para janeiro do próximo ano, do qual quase nada se sabia no início deste mês. Surpreendendo a todos, contudo, e contrariando a prática mercadológica usual, a Volkswagen alemã transitou do quase total desconhecimento do modelo para a divulgação de suas primeiras imagens (ainda em desenhos artísticos e vídeos com fugazes visões de detalhes) e, em menos de duas semanas, a disponibilização de protótipos (mesmo que semi-camuflados e com interior provisório) para testes por jornalistas internacionais, inclusive brasileiros!

Assim, em meio a tal avalanche de notícias, embora com informações ainda parciais ou truncadas, já se pode traçar um perfil do carro que virá.

Apresentado em 2016 no Salão de Genebra como um estudo conceitual, o T-Cross comporá a nova família de utilitários esportivos da Volkswagen, que já inclui os modelos Tiguan, Tiguan Allspace e Touareg, gama que agora receberá, no segmento inferior, T-Cross e T-Roc. O comprimento do T-Cross europeu será de 4,11 m, enquanto que a versão desenvolvida para a América do Sul medirá 4.19 m (8,5 cm a mais). (A razão da diferença de tamanho entre as versões nacional e europeia é que aqui não teremos o T-Roc, situado entre T-Cross e Tiguan. Portanto, não existindo risco de “canibalização” no Brasil, optou-se por construir um modelo com entre-eixos maior.)

O modelo utilizará a mesma plataforma modular MBQ, sobre a qual são contruídos Golf, Virtus, Polo e Audi A3 sedã e Q3. O mesmo ocorrerá na Europa. O volume do porta-malas do T-Cross nacional variará de 345 a 390 l (o encosto do banco traseiro será deslizante), até 90 l a mais do que no Polo. (Pela ausência do estepe, o do modelo europeu chegará a 455 l.)

Supõe-se que nosso T-Cross será levemente diferente na grade, para-choques e lanternas traseiras. Seguindo o padrão Volkswagen, o carro deverá ser apresentado em três versões de acabamento e conteúdo: Trendline, Highline e a provável R-Line. Haverá duas opções de motorização turbo: 1.0 TSI de 128 cv com câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis e 1.4 TSI de 150 cv com câmbio automático e comandos no volante. Versão com motor 1.6 aspirado a gasolina estará disponível para exportação para a América Latina. Não haverá opção 4×4.

A Volkswagen promete para o novo carro “alta resistência a impactos e uma ampla gama de sistemas de assistência“, o que o tronaria “um dos veículos mais seguros de sua classe“.

 

Um dos protótipos do T-Cross disponibilizados na Alemanha para testes pela imprensa internacional.

 

 

 





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