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FIBRARIO | galeria

A Fibrario Comércio e Indústria Ltda., do Rio de Janeiro (RJ), teve vida curta, porém célebre, em função de dois únicos lançamentos – o buggy Terral e a réplica Dimo. O primeiro, apresentado no início de 1982, tinha chassi tubular curto em duplo Y (entre-eixos de apenas 1,95 m) com suspensão independente (dianteira com balanças oscilantes, traseira por molas helicoidais) projetado por Paulo Renha, autor do triciclo Renha e de outros veículos originais. A carroceria targa, em peça inteiriça de plástico reforçado com fibra de vidro, tinha dois lugares, amplo para-brisa curvo, faróis retangulares (do Chevrolet Chevette) e excelente acessibilidade ao motor e ao estepe. O carro tinha estilo único entre os bugues da época, a um só tempo discreto, funcional e elegante.

Logo a seguir foi lançado o Terral 4, versão para quatro passageiros, 50 cm mais longo. Diferentemente do Terral, tinha santantônio tubular duplo, em lugar da barra targa. Como quase todos os outros carros da categoria, ambos utilizavam a notória mecânica Volkswagen de quatro cilindros refrigerada a ar, podendo ser fornecidos sob a forma de kits. Eram oferecidos diversos opcionais, dentre eles pintura metálica, faixas decorativas degradê, vidro verde, faróis de milha e contagiros.  

O carro que trouxe verdadeira notoriedade à Fibrario, no entanto, foi o modelo seguinte, de 1983: Dimo GT, a bem cuidada réplica do belo Ferrari Dino GT 246, projeto Pininfarina de 1966. Para ele foi concebido um chassi tubular com suspensão independente McPherson, freios a disco nas quatro rodas, tração traseira e o moderno motor do VW Passat TS 1.6 (mais tarde Santana 1.8) montado entre-eixos. A carroceria monobloco de fibra reproduzia fielmente o painel e o acabamento interno do modelo original. Terral e Dimo foram fabricados pela Fibrario até 1986, quando matrizes e direitos foram vendidos para a L’Auto Craft, que os produziu por mais alguns poucos anos.





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