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FNM ELÉTRICOS | galeria

Assumindo a marca e o logotipo da histórica FNM (iniciais de Fábrica Nacional de Motores, agora Fábrica Nacional de Mobilidades), a FNM Elétricos é uma startup criada no Rio de Janeiro (RJ), em 2020, pelos irmãos José Antônio e Alberto Martins – filhos de um importante acionista e alto executivo aposentado da Marcopolo.

É objetivo da sociedade o projeto e produção de veículos 100% elétricos para o transporte de carga e passageiros, fabricados sob demanda, com pré-venda por aplicativos virtuais, dispensando a existência de rede de concessionárias. Eventual assistência técnica será prestada no local do cliente.

Segundo os planos iniciais, divulgados em meados de 2020, seriam, a princípio, dois modelos de caminhões a bateria – 832 e 833 (respectivamente com comprimento de 6,3 e 7,2 m e PBT de 13 e 18 t) – e dois de micro-ônibus – 834 e 835 (para 35 e 21 passageiros) -, todos com autonomia de 130 km.

A cabine dos caminhões aparentemente seria moldada em plástico reforçado com fibra de vidro; inspirada no estilo dos velhos FNM, teria contado com a colaboração de Anísio Campos em sua concepção. A menos da potência equivalente dos motores elétricos dos caminhões (355 cv), nenhum outro dado técnico chegou a ser informado. Os responsáveis pelo projeto, contudo, ressaltavam que seus veículos “serão repletos de tecnologia“, utilizando fartamente nióbio e materiais compósitos especiais, assim como sensores e câmeras para auxílio ao condutor, alerta de mudança de faixa e sistemas anti-colisão, entre muitos outros recursos. Todos os veículos seriam conectados por Wi-Fi, permitindo monitoramento em tempo real. Assim, o novo FNM estaria “com tudo pronto para se tornar um ‘caminhão autônomo’ no futuro“.

Cogitava-se iniciar a produção em novembro de 2020, em Caxias do Sul (RS), nas instalações da Agrale. Segundo divulgado, “uma grande empresa” já teria encomendado 7.000 unidades, 3.000 delas a serem exportadas para o México. Baterias e sistemas elétricos de tração e controle seriam importados dos EUA. A startup também ofereceria o programa RePower, de transformação de veículos diesel em elétricos, inclusive com a substituição do chassi de aço por outro de nióbio.

(Material virtual de divulgação da FNM Elétricos sugere algum tipo de associação com a carioca Óbvio! – empresa criada em 2001 e até hoje inoperante -, conexão observada não só pelo conceito comum do negócio, como pela denominação sequencial dos modelos [828 e 830 na Óbvio!, 832, 833, 834 e 855 na FNM] e pelo grafismo utilizado na nomenclatura, o mesmo em ambos os casos.)

Em 21 de janeiro de 2021 foi anunciada a assinatura de acordo com a Ambev, destinado ao fornecimento de 1.000 veículos, entre caminhões e vans, para complementar sua frota de 1.600 unidades elétricas para distribuição de bebidas, já em fase de produção pela Volkswagen. Os veículos da FNM seriam equipados com motores elétricos da dinamarquesa Danfoss e baterias de lítio da norte-americana Octillion (ambas já estariam cogitando produzir os componentes no Brasil).

Poucos dias depois foi apresentado o primeiro protótipo (do modelo 833), com chassi, suspensão e a maior parte da cabine cedidos pelo caminhão Agrale 14.000 e carroceria, pintada nas cores da Ambev, fornecida pela Randon. Seu motor desenvolvia potência equivalente a 350 cv, alimentado por banco de baterias com autonomia de 130 km e tempo de recarga de quatro horas, a ser futuramente realizada nos próprios centros de distribuição da Ambev. 

No último trimestre de 2021, enquanto os caminhões 832 e 833 eram submetidos a homologação pelo Denatran, Ibama e Inmetro, a empresa anunciou o desenvolvimento de quatro novos modelos: duas vans elétricas (837 e 838, com PBT de 3,5 e 6,5 t, respectivamente) e mais dois caminhões – o leve 831 (4×2 com PBT de 10 t) e o semipesado 836 (6×2 de 23 t), sempre tomando por base modelos Agrale.

<fnm.rio>

 

[LEXICAR agradece a Nelson Dantas por motivar a elaboração desta página.]





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