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GARAGE BAPTISTA | galeria

No início do século XX, o termo “garage” (em francês, ainda não aportuguesado) não se referia a postos de combustível, mas a locais protegidos onde se guardavam automóveis, geralmente frotas de táxis (ou “carros de aluguel”, como continuaram a ser chamados até os anos 50). Freqüentemente o estabelecimento também vendia componentes de grande consumo (pneus e baterias, por exemplo), eventualmente fornecendo combustível – muitas vezes em latas, mais raramente utilizando bombas de abastecimento.

Dada a reduzidíssima quantidade de automóveis particulares existente no país até o final da década de 20, também se tornou tradição a utilização de carros de aluguel para cerimônias – muitas vezes veículos especial e luxuosamente preparados -, que também estacionavam nas garages.

A partir de 1914, com o início da I Guerra Mundial e as enormes restrições dos países em conflito à exportação de veículos e peças de reposição, muitas garages passaram também a fabricar carrocerias, de projeto próprio e construídas com materiais nacionais, para suprir chassis novos ou usados.

Concentradas no Rio de Janeiro (RJ), então Capital Federal e maior cidade do país, mantiveram-se ativas como fabricantes durante os quatro anos de guerra. A partir de 1919, contudo, com a regularização das importações, especialmente a partir dos EUA, a demanda por carrocerias minguou e a atividade das garages, como construtores, foi drasticamente reduzida, até praticamente desaparecer na década seguinte.

A Garage Baptista foi uma destas. Dela pouco se sabe, apenas que pertencia à sociedade Baptista & Irmãos e possuía oficinas no bairro da Tijuca, onde, utilizando matéria-prima nacional e mão-de-obra brasileira e portuguesa, nas décadas de 10 e 20 fabricou umas poucas dezenas de carrocerias para automóveis, geralmente alugados “para casamentos, batizados e passeios“. A Garage manteve serviços de aluguel pelo menos até o final dos anos 30, quando já dispunha de uma segunda agência no Flamengo. Encerrada a fabricação de carrocerias, suas oficinas permaneceram em operação por toda a década de 40, prestando serviços de manutenção mecânica e de motores.

 

 





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