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LASSALE | galeria

Pretensioso conversível de luxo apresentado em 1987, na V Brasil Transpo, pela Park Motors Projetos Automotivos, de Nova Iguaçu (RJ). Construído em plástico reforçado com fibra de vidro a partir dos moldes da carroceria do Equus, o veículo era montado sobre chassi tubular projetado pela LHM. Utilizava todos os componentes mecânicos do Chevrolet Opala 4.1, do qual mantinha a mesma largura, porém com distância entre eixos 30 cm menor.

O Lassale foi lançado em duas versões: Box, com aerofólio sobre o porta-malas, e Digital, com o pneu de reserva embutido na tampa traseira, ao estilo do Lincoln Continental. Também havia duas opções de capota: conversível de lona e teto rígido desmontável de fibra de vidro. De estética duvidosa, com graves problemas de concordância de linhas (nos traços da grade, da capota de fibra e das lanternas dianteiras, por exemplo), o carro esbanjava detalhes puramente ostentatórios, tais como rodas raiadas douradas, cigarreira e emblemas banhados em ouro e placa de identificação com o nome do comprador. Além disso, o carro tinha painel digital com leds, regulagem do tom da buzina e sistema eletrônico de regulagem da intensidade dos faróis (?!), estofamento de couro, abertura remota do capô e do porta-malas e vidros verdes com acionamento elétrico – os dois últimos itens hoje elementos usuais nos automóveis de grande produção.

O fabricante pretendia construir dez carros por mês. Meio ano depois, porém, acusado de não ter entregue diversos carros vendidos na Transpo, transferiu os direitos de produção para outra empresa, a Ita Motores e Montadora de Veículos Ltda., de Itaquaquecetuba (SP). A Ita procedeu a algumas alterações no carro: aboliu o modelo Box, eliminou excessos (rodas raiadas e peças douradas), melhorou o acabamento e retocou o estilo, conseguindo solucionar os principais erros de design. O Lassale foi relançado com o mesmo nome, em três versões (teto rígido, conversível e com duas capotas), mas mal conseguiu chegar à década seguinte. Bastante modificado, o carro reapareceria no início da década seguinte com o nome BM Foster.





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