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LEBLON | galeria

Buggy paulistano (apesar do nome) lançado no XIV Salão do Automóvel, em 1986. Cópia do bonito Vega, da fluminense Acquatec, o carro era fabricado pela WP Indústria e Comércio de Plástico Reforçado Ltda. (com nome de fantasia Show Buggy’s), empresa que comercializava e por vezes montava buggies de outras marcas, como Mobby, Poney e Coyote (vendido com o nome Condor).

Diferenciando-se do original pela ausência da barra targa, o Leblon era montado sobre plataformas do Volkswagen Brasília, sem cortes. Apesar da ausência de portas, sua elegante e bem acabada carroceria de plástico reforçado com fibra de vidro lhe dava mais uma aparência de pequeno conversível do que de buggy. A impressão era reforçada pela reduzida distância do solo, inapropriada para aventuras fora de estrada, pela inexistência de santantônio e pelo desenho da carroceria, com saias e para-lamas que escondiam completamente os elementos mecânicos. O carro utilizava faróis do Fiat 147, lanternas traseiras do Chevrolet Chevette e tinha um inusitado para-brisa curvo, importado da tampa traseira da station Caravan. O painel de instrumentos, com sete relógios, era um dos mais completos da categoria. Inicialmente fabricado à razão de quatro unidades por mês, era vendido em kit ou completo.

No mesmo ano foi posto à venda um segundo buggy, este no estilo jipe, chamado Caribe, também sobre mecânica VW. Tinha suspensão elevada e opção de pneus cidade-campo, aumentando significativamente o vão livre. Sua carroceria, com duas portas, quatro lugares e arco de proteção do tipo targa, recebeu quatro faróis retangulares e o para-brisa do Brasília.

Em 1987 o Leblon recebeu retoques na dianteira: as lanternas subiram do para-choque para a parte inferior do farol e foi criada uma falsa grade, acentuada pela pintura, dando-lhe um ar ainda mais jovial; também foi oferecida uma versão targa. No início de 1989 a empresa resolveu assumir a individualidade do carrinho e lançou um verdadeiro buggy, com faróis retangulares e estilo convencional, chamado Leblon Dunas; mais tarde, no final da sua vida, o modelo mais antigo ganharia o nome Leblon Street.

1990 seria um ano de desordem econômica no país, com confisco da poupança e abertura das importações. Como expediente de sobrevivência, a empresa passou a fabricar acessórios de fibra de vidro para automóveis e picapes (aerofólios, spoilers, grades decorativas, bagageiros) e kits de atualização estética para Opala, transformando veículos de qualquer ano em “modelo 92“. No final daquele ano a WP ainda lançou um kit para montagem da réplica do MG MGA 1962, sobre plataforma de qualquer modelo VW de motor traseiro. Apresentado como protótipo no mesmo XIV Salão do Automóvel, onde anos antes fora lançado o buggy Leblon, esta seria a última novidade da empresa, que em 1993 suspenderia a produção de kits e a fabricação de veículos.

A produção do buggy Leblon seria pouco depois retomada pela Carrera.





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