VW T-CROSS

Por estratégia de marketing, a Volkswagen decidiu desvendar seu mais novo lançamento a conta-gotas: em agosto suas linhas básicas foram reveladas através de esboços artísticos, sem evidenciar maiores detalhes; no início de outubro o interior do veículo – com a carroceria ainda camuflada – foi mostrado à imprensa, que recebeu mais algumas informações técnicas e de conteúdo e teve oportunidade de conduzi-lo por alguns minutos. Finalmente, em 24 de outubro, simultaneamente na Europa, no Brasil e na China, o carro foi mostrado sem disfarces.

Apresentado em 2016 no Salão de Genebra como estudo conceitual, o T-Cross comporá a nova família de utilitários esportivos da Volkswagen, que já inclui os modelos Tiguan, Tiguan Allspace e Touareg e agora receberá, no segmento inferior, T-Cross e T-Roc.

A versão brasileira foi desenvolvida a partir da plataforma do sedã Virtus, com seus 2,65 m de entre-eixos (8,8 cm a mais do que na versão europeia). Com 4,20 m de comprimento total e 1,57 m de altura, será mais longa e mais alta do que a produzida no exterior. (A razão da diferença entre ambas é que aqui não teremos o T-Roc, situado entre T-Cross e Tiguan. Não existindo o risco de “canibalização” entre os dois modelos, a Volkswagen foi levada a optar por um projeto com entre-eixos maior.)

O T-Cross virá com duas opções de motor flex turbo com injeção direta TSI (1.0 de 116/128 cv e 1.4 de 150 cv), câmbio manual ou automático de seis marchas (este ainda importado do Japão), suspensão dianteira McPherson e traseira por eixo de torção, freios a disco nas quatro rodas e direção com assistência elétrica. Não haverá opção 4×4, apenas tração dianteira.

Sua carroceria de cinco portas utiliza aços de ultra-alta resistência conformados a quente. O volume do porta-malas pode variar entre 373 e 420 l, dependendo da inclinação do encosto traseiro (com divisão 60:40), o encosto do assento do passageiro dianteiro podendo ser rebatido para permitir acomodar cargas mais longas. O modelo brasileiro vem com estepe temporário, colocado sob o piso do porta-malas (o europeu não possui estepe).

Além do comprimento e de detalhes no interior, nosso T-Cross diferirá do europeu pela grade e para-choques. Seguindo a moda atual, terá opção de pintura bicolor. Embora a Volkswagen ainda não tenha divulgado quais versões serão comercializadas, supõe-se que, seguindo seu padrão, teremos Trendline, Highline e a provável R-Line.

Será farta a dotação de itens de segurança, a maior parte deles de série em todas as versões: seis airbags (dianteiros, laterais e de cortina), controle eletrônico de estabilidade, controle de tração mediante bloqueio automático do diferencial, assistente de partida em rampa, monitoramento de pressão dos pneus, sensores de estacionamento na frente e atrás, detector de fadiga, sistema de frenagem automática pós-colisão, sistema de estacionamento autônomo Park Assist 3.0 e faróis e lanternas de leds.

Dentre os itens de acabamento e conteúdo (alguns deles opcionais) estão: quadro de instrumentos e central multimídia digitais com telas de 10,25 e 8″, seletor de estilo de condução (opções normalecológica, esportiva e individual), suporte para celular no painel, quatro entradas de USB (duas no banco traseiro), volante multifuncional, possibilidade de mudança de marchas por borboletas, ar-condicionado automático com saídas para o banco traseiro, sistema de som de alta potência, iluminação interna sob o painel, revestimentos internos em três tons e teto solar panorâmico.

A produção regular do T-Cross será iniciada em janeiro na fábrica paranaense de São José dos Pinhais, com chegada à rede de concessionárias prevista para o mês seguinte. O conteúdo nacional será de cerca de 70%.

 

     

Volkswagen T-Cross Highline 250 TSI.

 

 





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