RAM - Lexicar Brasil

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Nome utilizado a partir de 1933 pela norte-americana Dodge para denominar alguns modelos comerciais. Abandonado no início dos anos 50 e retomado em 1981 para denominar somente suas picapes, em 2009 RAM foi alçada à categoria de marca independente dentro do grupo Chrysler, ao qual a Dodge pertencia.

Veículos pesados, equipados com motores V8 de alta potência e com acabamento de luxo, passaram a ser regularmente trazidos para o Brasil a partir de meados da década de 2010, em poucos anos passando a líderes de mercado brasileiro na categoria.

Buscando valer-se do prestígio da marca, já por três vezes a Stellantis – multinacional italiana hoje controladora da Chrysler, Fiat e Jeep, entre outras – renomeou picapes Fiat nacionais para exportá-las para o mercado latino-americaano com logotipo e nome RAM: Strada como RAM 750, em 2014; nova Strada, como RAM 700 em 2020; e Toro, como RAM 1000, em 2021.

Assim, não chegou a surpreender a fala do principal executivo da Stellantis para a América Latina, em agosto de 2022, comentando que estava “muito perto” o momento da chegada de uma RAM nacional. A confirmação, contudo, só ocorreria em abril do ano seguinte, quando a empresa anunciou que uma picape menor do que as importadas estaria sendo projetada no país, para produção futura na fábrica de Goiana (PE).

Inicialmente citada como RAM 1200 e se valendo da mesma plataforma do Toro e dos três modelos nacionais da Jeep, em maio ganhou um nome: Rampage. Ao longo do mês, a conta-gotas, teve divulgadas as primeiras imagens de detalhes externos e internos e algumas poucas informações técnicas.

Desenvolvida no Brasil, “em todos os pontos com a participação dos Estados Unidos“, e anunciada como “a mais rápida produzida na região“, a picape receberia o motor Hurricane 4 – turbo de quatro cilindros e 1.995 cm³, com bloco e cabeçote de alumínio, intercooler, injeção direta e duplo comando de válvulas variável utilizado no Jeep Wrangler importado (com 272 cv e preparado para gasolina, certamente o propulsor seria transformado em flex e teria a potência ajustada na versão “nacional”). Supunha-se que o carro viria com câmbio automático de nove marchas, tração nas quatro rodas e opção de motorização a diesel.

A 6 de junho de 2023, recebido em clima de festa na fábrica de Goiana, o Presidente da República deu arranque à produção do novo carro, com lançamento oficial programado para o segundo semestre.

Poucos dias depois, ao ser iniciada a campanha de pré-venda, o modelo teve todas as informações técnicas e de conteúdo finalmente desvendadas. Com o mesmo comprimento da Toro, porém mais largo e alto, foi apresentado em três versões – Rebel, Laramie e R/T -, cada uma com visual próprio e duas opções de motor: o previsto Hurricane importado a gasolina (sem opção flex) e, somente para Rebel e Laramie, o Multijet Diesel já utilizado pela Jeep e Fiat Toro (1.956 cm³ e 170 cv), ambos associados a câmbio automático de nove marchas.

Monobloco composta por 86% de aços de alta e ultra-alta resistência, trouxe suspensão totalmente independente (McPherson na dianteira e multilink na traseira), tração 4×4 com reduzida, freios a disco ventilados nas quatro rodas e direção com assistência elétrica. Pesando quase duas toneladas, apresenta 26,4 cm de vão livre e caçamba com 980 litros de volume, ou 1.105 kg de capacidade na versão a diesel e 750 kg a gasolina.

Muito bem equipadas desde a versão de entrada Rebel (painel de instrumentos e bancos dianteiros vieram do Jeep Commander), diferenciam-se externamente pela grade frontal e pelos acabamentos, em preto fosco na primeira, cromados na Laramie e em preto brilhante e na cor da carroceria na superior R/T. [Todos os detalhes sobre o modelo você encontra aqui: Novidades.]

O que houve a partir do lançamento da Rampage:

em função da demanda pela Rampage, fábrica de Goiana, que já opera em três turnos, aumentará o ritmo das linhas de fabricação e instalará novas estações de trabalho, tendo como meta ampliar em 12% o volume produzido (07/23)
em sua primeira avaliação da Rampage, a revista 4 Rodas concede 5 estrelas à nova picape; em síntese às suas impressões, comenta: “Quase um Jeep com caçamba, a Rampage é uma rara picape boa de dirigir e com padrão de acabamento interno superior” (07/23)
Stellantis estima que a boa receptividade da Rampage, que vendeu 7.000 unidades antes do lançamento, poderá exigir a antecipação, em um ano, da expansão da rede de concessionárias RAM – hoje com 120 pontos (95% compartilhados com Jeep); da meta de um total de 160 casas até o final de 2025, 30 deverão ser antecipadas para o próximo ano (08/23)
dia 17, iniciada a venda da Rampage pela rede de concessionárias (08/23)
Rampage recebe troféu 2023 SAE Brasil Car Body, conferido pela sociedade de profissionais do setor automobilístico SAE Brasil ao melhor projeto de carroceria do ano (08/23)
com somente quatro meses de comercialização, Rampage chega ao final do ano já presente na lista dos 50 modelos mais vendidos do país, em 48^olugar, e em quarto na categoria das picapes compactas e médias (12/23)
iniciadas exportações para o Uruguai na versão inédita Big Horn, equivalente à Laramie 4×4 diesel com grade preta e rodas de 17″ de desenho mais simples (01/24)
rede de concessionárias RAM mais do que dobra em um ano, passando de 60 para 123 (01/24)
com os modelos importados com PBT de 3,5 a 6,0 t, que dominam o segmento no país, com 56% de participação, RAM conquista o Prêmio Lótus 2024 – Campeão de Vendas em duas categorias (Marca de Caminhão Leve e Caminhão Semileve (no caso, a RAM 3500) (03/24)

Outras premiações e distinções (modelos nacionais)

Rampage (Prêmio AutoData 2023 – Melhores do Setor Automotivo, categoria Lançamento Comercial Leve e Picapes; AutoData); Rampage (Car Awards Brasil 2023, categoria Melhor Pick-up; Car Magazine); Rampage (Prêmio Carsughi L’Auto Preferita 2023, categoria Picape Intermediária); Rampage (Prêmio UOL Carros 2023, categoria Picape Compacta; UOL); Rampage (Prêmio AutoData 2023 – Melhores do Setor Automotivo, categoria Lançamento – Comercial Leve e Picape; AutoData)