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BARBER-GREENE | galeria

Empresa norte-americana fabricante de equipamentos para pavimentação asfáltica, a Barber-Greene teve forte presença no Brasil entre as décadas de 50 e 70, período em que se constituiu na marca de pavimentadoras mais conhecida do país.

Suas usinas de asfalto passaram a ser construídas no país em 1959, sob licença, pela FNV. A filial brasileira da Barber-Greene foi fundada logo a seguir, na primeira metade da década de 60, instalando-se em Guarulhos (SP), onde, além de usinas de asfalto, começou a produzir britadoras, peneiras vibratórias,  misturadores de asfalto, esteiras transportadoras e um equipamento autopropelido – a vibro-acabadora SA-36. (Pavimentadoras, ou vibro-acabadoras, são máquinas sobre pneus sólidos ou esteiras, acionadas por motor diesel, que distribuem asfalto aquecido sobre o solo e o aplainam, para que em seguida receba o rolo compressor.)

Lançada em 1964, na V Feira da Indústria Mecânica, a nova máquina (com 10 t, 5,0 m de comprimento e 3,3 m de largura operacional), era montada sobre duas esteiras de 25 cm de largura operadas independentemente, sendo equipada com motor Mercedes-Benz de quatro cilindros (48 cv) e caixa de seis marchas. Em meados de 1970, recém inaugurada a expansão da planta de Guarulhos, foi apresentado um modelo mais pesado, o SA-41, com silo de asfalto para 9 t, velocidade de operação superior a 6 km/h e controles eletrônicos de nivelamento e alimentação de massa, também podendo ser equipado com motores Perkins. A máquina foi lançada com 95% de conteúdo nacional.

Em 1971 a Barber-Greene do Brasil era considerada a mais rentável unidade industrial da marca no mundo. Naquele ano a matriz norte-americana abriu o capital da filial brasileira, reduzindo sua participação de 90 para 70%, ao mesmo tempo em que a escolhia como supridora única do mercado latino-americano. Único fabricante nacional da categoria de equipamento, a Barber-Greene viveu acelerado crescimento na passagem da década, operando em dois turnos com a capacidade produtiva totalmente ocupada, proporcionando-lhe quintuplicar o faturamento entre 1967 e 1971.

Em 1983, num momento de recessão no Brasil, a matriz vendeu em Bolsa a maior parte das ações restantes, perdendo o controle da filial. Apesar de passar por um processo de reestruturação, lançando máquinas mais atualizadas (pavimentadoras hidrostáticas de esteiras e pneus, fresadoras de asfalto) e revitalizando a rede de assitência, a Barber-Greene do Brasil começou a apresentar déficits sucessivos, declarando falência em novembro de 1993.

Nos EUA, a Barber-Greene foi vendida à Roadtec, em 1986, e cinco anos depois repassada à Caterpillar; em 1999 a Cat passou a fabricar as máquinas B-G sob a sua marca.





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