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No curto período de três meses, entre 2021 e 2022 a Honda brasileira retirou de linha nada menos do que quatro modelos: seu carro-chefe Civic, o pequeno Fit e os utilitários esportivos HR-V e WR-V. A decisão foi estratégica, coerente com os planos de reduzir o tamanho das plataformas dos modelos nacionais, em contrapartida passando a oferecer novos veículos com maior conteúdo.

O primeiro lance, concluído em janeiro, envolveu a substituição simultânea de Fit e Civic pelas versões hatch e sedã da nova geração do City. O segundo lance acaba de ser dado: a apresentação do novo HR-V, mais recheado de itens de segurança e conforto, que a partir de agosto ocupará o lugar, tanto da versão descontinuada, como do antigo WR-V.

Desenvolvido a partir da plataforma do City, o novo HR-V traz uma carroceria conservadora – ainda que ao estilo SUV-cupê, lançado no Brasil pelo VW Nivus. Será apresentado em quatro versões de acabamento: EX Sensing, EXL Sensing, Advance e Touring, as duas primeiras com motor 1.5 aspirado e as demais com motor turbo, sempre associados a câmbio automático CVT simulando sete marchas. Além da motorização e dos itens de conteúdo e acabamento, EX e EXL se diferenciam das versões superiores pela grade, com esbeltos filetes horizontais, para os primeiros, e tipo colmeia com detalhes cromados (mais ao gosto chinês do que nipônico) para Advance e Touring, que também trazem frisos e arcos dos para-lamas em preto brilhante e complementos plásticos nos para-choques, aumentando em 55 mm o comprimento total do veículo.

A menos dos freios, o carro herda todas as características mecânicas do novo City: tração dianteira, suspensão McPherson na frente e por eixo de torção atrás e direção com assistência elétrica; diferentemente do City, freios a disco nas quatro rodas, os dianteiros ventilados. Também a distância entre eixos é a mesma: 2.610 mm. O motor (quatro cilindros em linha, 1.497 cm³ e 16 válvulas, com injeção direta e duplo comando de válvulas de abertura variável) vem com 126 cv na versão aspirada, alimentado com gasolina ou etanol (a potência da versão turbo, a ser lançada somente em outubro, ainda não foi divulgada).

Totalmente novo, o interior incorpora o sistema magic seat utilizado pelo Fit, com múltiplas opções de posicionamento do assento traseiro e seu encosto, e a nova estrutura para os bancos dianteiros, lançada com o novo City, proporcionando melhor apoio e maior conforto para o corpo de condutor e passageiro. O espaço interno cresceu, porém a capacidade do porta-malas (354 litros) diminuiu significativamente (84 l – mais de 19%).

O novo HR-V é fabricado na planta de Itirapina (a montagem do câmbio CVT, terceirizada, é efetuada em Itajaí, SC; enviado para a fábrica de Sumaré, é acoplado aos motores e o conjunto a seguir transportado para Itirapina). O carro estreia no Brasil a plataforma de conectividade myHonda Connect.

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Honda HR-V 2023 nas versões EXL Sensing, à esquerda, e Advance. 

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É o seguinte o conteúdo de cada versão:

EX Sensing: seis airbags (frontais, laterais e de cortina), painel digital de 4,2″, tela multimídia de 8″, vidros elétricos, partida do motor por botão, seleção de modo de condução, pacote Honda Sensing (piloto automático adaptativo, alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa, sensor de ponto cego), controle de estabilidade e tração, controle de velocidade em descidas, assistente de partida em rampa, acendimento intermitente das luzes de freio nas frenagens fortes, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, volante regulável em profundidade e altura, controle de áudio no volante, monitoramento de pressão dos pneus, câmera de ré, faróis e lanternas traseiras de leds, ar-condicionado digital com saída para o banco traseiro, banco traseiro bipartido 60:40, revestimento dos bancos em tecido e rodas de liga de 17″.

EXL Sensing: além dos itens acima, agrega faróis de neblina, painel digital de 7″, banco traseiro com apoia-braço e porta-copos, chave com controle remoto, revestimento dos bancos em couro preto, volante e alavanca do câmbio revestidos de couro e sensor de estacionamento traseiro.

Advance: inclui escapamento duplo com ponteiras, “para-choques esportivos”, ar-condicionado digital com duas zonas, carregador de celular por indução, rebatimento automático dos retrovisores ao engatar ré, revestimento dos bancos em couro preto ou cinza claro, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e plataforma de conectividade myHonda Connect.

Touring: inclui, ainda, ajuste elétrico do banco do motorista, partida remota do motor, lanternas traseiras com máscara fumê e tampa traseira elétrica com sensor de presença para abertura e fechamento.

As rodas de cada versão possuem desenho específico. Nenhum dos carros dispõe de teto solar ou barras no teto.

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RENAULT KWID

Segundo pesquisas da Renault, 50% dos compradores do Kwid eram donos de um carro usado ou seminovo, e outros 23% não possuíam nenhum automóvel. Teria o Kwid – o SUV dos Compactos, como anuncia o fabricante, ocupado o posto de “primeiro carro ‘zero’ dos brasileiros”?

Em janeiro o pequeno carro chegou à geração 2023 com design renovado, especialmente na dianteira, onde são novos os faróis (com barras longitudinais de led), as lanternas, grade e para-choque. As mudanças na traseira foram mais discretas, resumindo-se ao novo layout das lentes das lanternas em led e na fixação de placas refletoras na face posterior dos para-lamas. Pintura bicolor é item de série para a versão superior.

A suspensão foi levemente elevada, liberando ½ cm para a distância do solo (agora 185 mm) e aumentando um pouco os ângulos de entrada e saída, que passaram a 24,1 e 41,7⁰. Seu porta-malas, tido como o maior da categoria, com 290 l, tem a capacidade aumentada para 1.100 l com o encosto traseiro rebatido.

A cabine ganhou novos acabamentos, painel de instrumentos com mostradores em led e nova central multimídia com tela sensível ao toque de 8”. Como novos itens de segurança e economia, controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampa, monitoramento de pressão dos pneus e sistema Start & Stop passam a ser de série em todas as versões.

Recalibrado e dotado de nova central eletrônica, o motor 1.0 de três cilindros ganhou torque e leve aumento a potência (de 66/70 cv para 68/71 cv). No restante, a mecânica permanece inalterada, inclusive o câmbio manual de cinco marchas e os freios a disco (ventilados) somente na dianteira.

Três são as versões oferecidas – Zen, Intense e Outsider -, diferenciando-se a última pelas barras de teto e pelas placas protetoras na cor cinza sob os dois para-choques. Zen traz maçanetas das portas na cor preta e lanternas traseiras da geração anterior.

É o seguinte o conteúdo de cada versão:

Zen: quatro airbags (dois frontais e dois laterais), direção com assistência elétrica, ar-condicionado, rádio, controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampa, sistema Start & Stop, monitoramento de pressão dos pneus, desembaçador e limpador do vidro traseiro, computador de bordo, rádio, travas das portas e vidros dianteiros elétricos, abertura interna do porta-malas e rodas de aço de 14” com calotas na cor cinza.

Intense agrega maçanetas das portas na cor da carroceria, retrovisores em preto brilhante, calotas bitom, lanternas em led, retrovisores elétricos, câmera de ré, central multimídia com tela de 8”, abertura do porta-malas à distância e chave tipo canivete. Rodas de liga de 14” e teto preto são opcionais.

A versão superior Outsider, por fim, inclui apliques de proteção nas portas (área simplesmente pintada de preto nas versões iniciais), barras de teto, proteção na cor cinza sob os para-choques, rodas de liga de 14” e bancos com detalhes na cor verde.

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Renault Kwid Outsider

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RENAULT OROCH

Três meses depois foi a vez da picape cabine-dupla Oroch que, da mesma forma que os irmãos, chegou com estilo renovado, novo motor e mais conteúdo.

Na dianteira, mudaram grade e para-choque dianteiro, aumentando o ângulo de entrada para 27,6⁰. Também são novos santantônio, barras no teto, rodas e grafia do nome do modelo na tampa da caçamba; as lanternas traseiras não mudaram, porém receberam acabamento fumê.

A picape chegou em três novas versões: PRO, Intense e Outsider, as duas primeiras equipadas com o tradicional motor 1.6 aspirado de 118/120 cv acoplado a nova caixa manual de seis marchas. A versão superior Outsider estreia na linha o 1.3 turbo flex com injeção direta de 170 cv (importado da Espanha e já utilizado por Captur e Duster Iconic) associado a transmissão automática CVT, com possibilidade de troca manual de marchas através de borboletas no volante. Oroch PRO tem capacidade para até 680 kg de carga, limitada para 650 kg no Outsider.

Visando reduzir consumo e otimizar desempenho, especialmente em arrancadas e retomadas, o projeto de ambos os câmbios foi revisto. As demais características técnicas do carro foram mantidas, inclusive a excelente suspensão totalmente independente, McPherson na frente e multibraço atrás.

O interior da cabine foi totalmente renovado, do painel e volante aos acabamentos. O quadro de instrumentos traz velocímetro digital e novo desenho. As três versões receberam de série controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas e sistema anti-capotamento. Somente a superior Outsider, contudo, teve direito a itens de conforto menos básicos, tais como ar-condicionado digital, sensor de chuva e acendimento automático dos faróis.

Desde a versão de entrada PRO, o carro traz airbag duplo, ar-condicionado, direção com assistência eletro-hidráulica e regulagem de altura, travas e vidros dianteiros elétricos, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, sistema anti-capotamento, sistema Start & Stop, protetor de caçamba, para-choques pretos, rodas de aço, pneus de uso misto e alarme.

A versão intermediária Intense inclui computador de bordo, central multimídia com tela de 8” em posição elevada, faróis de neblina, vidros traseiros e retrovisores elétricos, sensor de ré, apoio de braço para o motorista, barras de teto, retrovisores e maçanetas em preto brilhante, para-choques da cor da carroceria e rodas de liga de 16”.

Por fim, a versão top Outsider, que traz grade com detalhes cromados, vem com ar-condicionado automático e digital, sensor crepuscular e de chuva, faróis de milha auxiliares, câmera de ré, grade no vidro traseiro, alargadores de para-lamas, adesivos decorativos nas laterais e bancos com revestimento especial.

A rede de concessionárias oferece quatro kits de acessórios originais para aplicação em qualquer versão: Kit Robustez (tapete de borracha, capota marítima e santantônio), Kit Segurança (frisos de porta, trava de estepe, alarme volumétrico e câmera de ré), Kit Praticidade (estribo, espelho rebatível, iluminação de caçamba e engate para reboque) e Kit Aventura (carpete, soleira de porta, barra de teto, suporte para bicicletas e carregador para celulares por indução).

Em tempo: o prenome Duster deixou de ser utilizado pelo Oroch.

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Reanault Oroch Outsider.

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RENAULT MASTER

Há oito anos líder nacional no segmento de furgões grandes, uma semana após o novo Kwid, foi lançada a linha 2023 de veículos comerciais Master, com mudanças estéticas, mecânicas e de conteúdo.

Grade, faróis com luz diurna de led, para-choque e capô foram redesenhados. Mais ergonômica, a cabine recebeu novo volante multifuncional, novo quadro de instrumentos com tela de 3,5” para o computador de bordo e sistema multimídia opcional com tela de 7”.

Vários itens de segurança ativa passaram a ser de série em todas as versões: controles de estabilidade e tração ESP, assistente de partida em rampa, sistema anti-capotamento, sistema estabilizador de ventos laterais, controle adaptativo de carga, assistente de tração de reboque (os três últimos associados ao ESP), assistente de partida em pisos de baixa aderência e auxílio em situação de frenagem de emergência.

O veículo vem equipado com motor 2.3 diesel turbo de quatro cilindros de nova geração. Graças, entre outras inovações, a novo cabeçote, sistema de injeção de alta pressão, maior capacidade do sistema de resfriamento, coletor de admissão redesenhado e componentes internos com menor atrito, o motor ficou até 30% mais econômico, teve o torque aumentado em 16% e ganhou 6cv em potência, passando a 136 cv.

A linha compreende modelos furgão, chassi-cabine, Vitré (com vidros laterais e salão vazio) e Minibus (16 lugares, assentos reclináveis, ar-condicionado e bagageiro com 1,0 m³). São três as opções de comprimento e duas as de altura do teto, as maiores alcançando até 13 m³ de capacidade de carga.

Além dos sistemas de segurança acima listados, são itens de série da versão chassi-cabine: airbag duplo, ar quente, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de profundidade e altura, direção com regulagem em profundidade e assistência elétrica e retrovisores, travas e vidros elétricos. As três opções de furgão (L1 H1, Gran Furgão L2 H2 e Extra Furgão L3 H3) também agregam ar-condicionado e iluminação no compartimento de carga; na versão Vitré, o ar-condicionado vem com saídas para o compartimento traseiro. Minibus Executive vem com tacógrafo e bancos reclináveis com cinto de segurança para 15 passageiros e motorista.

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Furgão Renault Master.

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