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Oito dias depois da Hyundai mostrar seu utilitário esportivo, a Jeep promoveu o lançamento global do esperado Commander, cujos detalhes havia semanas vinha revelando a conta-gotas. É verdade que são modelos díspares e trilham segmentos diferentes, quase opostos, mas ambos são atores importantes na guerra pela conquista de mais um naco desse disputadíssimo mercado.

Terceiro modelo nacional da marca, o Commander ocupará faixa superior aos irmãos Renegade e Compass, em porte e preço, embora com eles compartilhe a plataforma. Projeto brasileiro, desenvolvido em Betim (MG) pelo centro de design da Stellantis e fabricado em Pernambuco, tem 2,79 m de distância entre eixos, 4,77 de comprimento, 1,86 de largura e 1,68 de altura (frente aos 2,64, 4,40, 1,62 e 1,66 m do Compass), pois para ser capaz de acomodar sete lugares, distribuídos em três fileiras de bancos, teve o entre-eixos alongado em 15 cm e as bitolas alargadas.

A carroceria é totalmente nova, naturalmente mantendo a tradicional identidade Jeep na grade. Com estrutura monobloco 79% construída em aço de alta e ultra-alta resistência, herdou do Compass somente os quadros do para-brisa e das portas dianteiras. O desenho da carroceria levou em consideração o uso que se daria ao veículo, oferecendo maiores ângulos de ataque e saída para a versão 4×4 (respectivamente 26 e 24⁰, versus 21 e 23^o para a tração dianteira). O vão livre alcança 21,2 cm. Seu bagageiro tem capacidade de 233, 661 ou 1.760 litros, respectivamente com ocupação de sete, cinco ou dois passageiros (no último caso com todos os encostos rebatidos). Os encostos das fileiras 2 e 3 são bipartidos e reclináveis e o banco central deslizante, deslocando-se até 14 cm, de modo a aumentar o espaço para seus ocupantes ou para os dos assentos adicionais.

Dois conjuntos motores estão disponíveis: flex turbo 1.3 de quatro cilindros, 16 válvulas e 180/185 cv (já utilizado no Compass), associado a câmbio automático de seis marchas com dois modos de condução (normal e Sport); e turbodiesel 2.0 de quatro cilindros e 170 cv, com transmissão automática de nove marchas e três modos de condução (Auto, Snow e Sand/Mild [areia e lama]). Já atendendo às normas antipoluição Proconve L7, o turbodiesel veio equipado com sistema SCR de pós-tratamento de gases de escape. A suspensão é totalmente independente (McPherson na frente e multibraço com molas helicoidais atrás), os freios são a disco nas quatro rodas e a direção tem assistência elétrica.

Jeep Commander Limited, evidenciando o maior ângulo de entrada da versão 4×4, à esquerda.

O Commander foi apresentado em duas versões de acabamento – Limited e Overland – ambas com duas opções de combinação tração-motor (4×4 diesel ou 4×2 turbo flex). Completas, não apresentam itens opcionais, porém a rede autorizada Jeep oferece 18 acessórios para personalização do modelo.

A versão Limited traz sete airbags (dois frontais, laterais e de cortina e um para joelhos do condutor), ar-condicionado de duas zonas, quadro de instrumentos digital personalizável com tela de 10,25″ (o mesmo do Compass), partida por botão, controle de estabilidade e tração, alerta de colisão com frenagem automática, alerta de desvio de faixa, controle adaptativo de velocidade de cruzeiro, monitoramentos de ponto cego e de tráfego cruzado na traseira, leitor de placas de velocidade, sensor de fadiga, comutação automática dos faróis, assistente de estacionamento, borboletas para troca de marchas no volante, chave presencial, sistema multimídia com tela sensível ao toque de 10,1″, plataforma de conectividade Adventure Intelligence, rebatimento automático dos retrovisores, para-brisas e vidros laterais com isolamento termo-acústico, carregamento de celular sem fio, bancos do condutor com regulagem elétrica, bancos e revestimento interno de couro e suede preto ou cinza, faróis e lanternas de leds, abertura elétrica do porta-malas e rodas de liga de 18″. A versão Overland agrega teto solar panorâmico, controle automático de descidas íngremes (somente para diesel), banco elétrico para o passageiro da frente, bancos e revestimento interno em couro e suede marrom, sistema de som de 450W com nove altofalantes e rodas de 19″.

Abertas as pré-vendas no dia do lançamento, 2.800 unidades foram adquiridas já nas seis primeiras horas.

Jeep Commander Overland 4×4.

Dia 30 de maio passado os maiores jornais diários brasileiros foram invadidos por uma publicidade de sete páginas inteiras: chegava mais um Chery ao mercado – o utilitário esportivo Tiggo 3x Turbo, o de menor porte na atual gama nacional do fabricante chinês.

Fabricado em Jacareí (SP) e derivado do Tiggo 2, do qual herdou o monobloco, recebeu uma frente totalmente nova, desde o capô até o para-choque, o resto do carro pouco mudando externamente, a menos dos arremates decorativos nas laterais (novos na última coluna e eliminados no rodapé das portas), do novo para-choque traseiro e da barra em cor escura (em lugar da anterior, cromada) na tampa da mala.

Com 4,20 m de comprimento e 2,56 de entre-eixos, tem porta-malas com 420 litros de capacidade (tal como o Tiggo 2) e porta de acesso com acionamento elétrico. O volume da mala pode ser elevado com o rebatimento do encosto do banco de trás, na proporção 60-40.

Como no Tiggo 2, o novo carro traz tração dianteira, suspensão McPherson na frente e eixo de torção atrás, freios a disco nas quatro rodas, ventilados adiante, e rodas de liga de 16″. Diferentemente dele, vem equipado com assistência elétrica da direção, câmbio automático CVT e, principalmente, novo motor flex turbinado de três cilindros: montado sobre coxins hidráulicos, tem 998 cm³, quatro válvulas por cilindro, duplo comando de válvulas acionado por corrente, injeção eletrônica e 98/102 cv.

O interior foi redesenhado e reequipado. São novos o painel, o quadro de instrumentos digital de 7″, a central multimídia com tela de 9″, o volante com base reta e o desenho dos bancos, além dos revestimentos e material de acabamento utilizados. O comando do ar condicionado foi deslocado para o console central. Três questões críticas, registradas pela imprensa especializada desde o lançamento do Tiggo 2, permaneceram: volante sem ajuste de profundidade, ausência de freio eletrônico de estacionamento e – o mais importante – apenas dois airbags.

Chery Tiggo 3x Pro (fontes: portal autoentusiastas e divulgação).

São duas as versões de conteúdo e acabamento, com a nova denominação Plus e Pro. Desde a mais barata Plus, vem de série com dois airbags, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, assistente de descida, alerta de frenagem de emergência, piloto automático, sensor de estacionamento traseiro, luzes de posição e de freio em leds, luz de neblina traseira, freio de estacionamento mecânico, indicador de pressão e temperatura dos pneus, estepe equipado com pneu de emergência, faróis halógenos com ajuste de altura, antena no para-brisa, rodas de liga de 16″,  molduras dos vidros laterais e dos arcos das rodas em preto, maçanetas e retrovisores externos elétricos (com seta integrada) na cor do carro, rack no teto na cor prata, aerofólio traseiro, limpador e lavador do vidro traseiro, ar-condicionado eletrônico, volante multifuncional, chave tipo canivete, banco do motorista com ajuste de altura, volante com regulagem de altura, central multimídia com tela de 9″ colorida e sensível ao toque e quadro de instrumentos com dois mostradores analógicos e tela digital de 3,5″.

A esses itens a versão Pro agrega faróis em leds com acendimento automático, câmera de estacionamento traseira, quadro de instrumentos com digital de 7″, “luz de boas vindas” nas portas dianteiras, molduras dos vidros laterais cromadas, identidade Tiggo nas colunas traseiras, grade dianteira personalizada Diamond, rodas de liga de 16″ personalizadas, chave presencial com travamento de portas e comando de climatização à distância, retrovisores externos com rebatimento elétrico e partida por botão.

É expectativa da CAOA comercializar 900 Tiggo 3x por mês.