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As duas novidades brasileiras do mês foram trazidas pela Stellantis e vieram da planta pernambucana do Grupo – uma com a marca Fiat e outra, Jeep.

Na primeira, além de alterações técnicas e de conteúdo, a picape Toro mostrou sua primeira reestilização desde o lançamento em 2016. As mudanças estéticas foram concentradas na dianteira, onde são novos para-choque, grade, capô, lanternas e pequenos detalhes no entorno. Em letras grandes, a marca Fiat foi aposta ao centro da grade, que, por sua vez, difere em função da versão. A traseira não foi alterada.

(Nota-se que, se curvando ao modismo, a Fiat adotou para as duas versões superiores da picape – Ranch e Ultra – o visual brutalista típico dos equivalentes norte-americanos e japoneses, neste caso anulando o estilo avançado e elegante – único na categoria, aliás – que o modelo inicial trouxe para o mercado.)

É novo o motor 1.35 turbo flex de quatro cilindros em linha, 16 válvulas e 180/185 cv. Desenvolvido a partir do similar aspirado utilizado pelo Argo e Cronos, chega acoplado a câmbio automático de seis marchas e tração dianteira (segundo a Fiat, a adoção do novo motor permitiu elevar a capacidade de carga de 650 para 750 kg). Permanecem o diesel de 2,0 litros e 170 cv com caixa automática de nove marchas e tração integral, assim como o atual 1.75 aspirado de 135/139 cv para a versão de entrada.

Novos recursos eletrônicos foram agregados ao controle da tração: bloqueio eletrônico do diferencial para melhorar a aderência na versão 4×2, ABS com modo off-road, permitindo leve travamento das rodas em certas situações, e inibição do controle de tração 4×4.

Internamente, além dos novos materiais de acabamento, novo console central e maior número de porta-objetos, chamam atenção as novidades no painel: quadro de instrumentos digital de 7″, central de áudio com tela de 7, 8,4 ou 10,1″ (esta em posição vertical) e mais recursos de conectividade, inclusive atualização remota do software, chamadas de emergência, localização do carro, acionamento do ar-condicionado à distância e partida remota do motor.

Fiat Toro 2022 na versões Freedom (à esquerda) e Ranch.

São cinco as versões oferecidas – Endurance, Freedom, Volcano, Ranch e Ultra. A básica Endurance dispõe de três opções de motor (1.35 turbo, 1.75 aspirado e 2.0 diesel), Freedom e Volcano duas (1.35 e 2.0) e as duas superiores, somente 2.0 diesel. É o seguinte o conteúdo de cada uma:

Endurance 1.75 e 1.35 turbo: tração dianteira, ar-condicionado, airbags laterais dianteiros e de cortina, central de áudio com tela de 7″, comando de áudio no volante, bloqueio eletrônico do diferencial, controle de estabilidade e tração, controle de velocidade, monitor de pressão dos pneus, sensores de estacionamento traseiros, lanternas traseiras e luzes diurnas de leds, barras longitudinais pretas no teto, revestimento de caçamba, grade preta e rodas de liga de 16″.

Freedom 1.35 turbo: inclui ar-condicionado automático de duas zonas, central de áudio com tela de 8,4″, comando de marchas no volante, volante de couro, câmera de ré, faróis de leds, faróis de neblina, tampão marítimo, frisos cromados na grade e rodas de 17″.

Volcano 1.35: agrega airbag de joelhos para o motorista, bancos de couro, regulagem elétrica do banco do motorista, navegador, chave presencial para acesso e partida, sensores de estacionamento dianteiros, barras cromadas no teto e rodas de 18″.

Endurance, Freedom e Volcano 2.0 diesel: ao conteúdo das respectivas versões, agrega tração 4×4, controle eletrônico de descida e protetor de cárter.

Ranch 2.0: tração 4×4, mais central de áudio com tela de 10,1″, aviso de mudança de faixa, frenagem autônoma de emergência, comutação automática dos faróis, bancos de couro marrom, estribos, santantônio e retrovisores externos cromados, grade dianteira diferenciada (cromada).

Ultra: inclui ainda bancos de couro com detalhes em vermelho, bitola 10 mm maior, tampão rígido de alumínio para a caçamba e grade dianteira diferenciada (preta).

A picape Toro dispõe, ainda, de 71 itens opcionais, na linha Mopar, 14 deles inéditos, permitindo inúmeras possibilidades de personalização do carro.

A Toyota demorou a ter seu primeiro utilitário esportivo produzido no Brasil, mas não fez por menos: apresentou um modelo médio, da categoria do líder de mercado Jeep Compass, em quatro versões de acabamento e duas de motorização, uma delas híbrida. A fabricação teve início em março, na planta de Sorocaba.

Lançado mundialmente em 2020, na Tailândia, o Cross foi desenvolvido a partir da plataforma do sedã Corolla. Tem tração dianteira, câmbio automático de variação contínua com dez marchas simuladas, suspensão dianteira McPherson e (diferentemente do sedã) traseira com eixo de torção e molas helicoidais, freios a disco nas quatro rodas (ventilados na frente) com ABS, freio de estacionamento acionado por pedal e direção com assistência elétrica. Não há opção 4×4.

Os trens de força são idênticos aos do sedã: das quatro versões, duas (XR e XRE) têm motor flex de quatro cilindros, 1.985 cm³ e 169/177 cv; as duas outras (XRV e XRX) vem com sistema híbrido, composto por motor flex a combustão de quatro cilindros, 1.798 cm³ e 98/101 cv, dois motores elétricos com potência equivalente de 72 cv cada e bateria de níquel-hidreto metálico, montada sob o assento traseiro.

A carroceria tem cinco portas, 4,46 m de comprimento e bagageiro com 440 litros de capacidade; a distância entre eixos é de 2,64m. Pequenos detalhes diferenciam externamente as versões híbridas das duas outras: moldura da grade na cor prata, barra acompanhando a linha superior das janelas laterais com acabamento cromado e logotipos e filete nos faróis em azul “elétrico”, além do termo Hybrid aposto na traseira e laterais.

Painel de instrumentos e acabamento interno são semelhantes aos do sedã Corolla. Toda a linha está equipada com sete airbags (frontais, laterais dianteiros, de cortina e um para os joelhos do condutor). A garantia difere, se para pessoas físicas ou jurídicas, sendo, respectivamente, de cinco anos sem limite de quilometragem e cinco anos ou cem mil quilômetros, o que ocorrer primeiro. Bateria e componentes elétricos têm garantia de oito anos.

Corolla Cross; à direita, uma das versões híbridas.

É o seguinte o conteúdo de cada versão:

Cross XR: ar-condicionado com saída para o assento traseiro, banco traseiro bipartido 60-40, computador de bordo com tela de 4,2″, central de áudio com tela de 8″sensível ao toque, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, volante de couro com regulagem de altura e profundidade, controles de áudio e computador de bordo no volante, sensores de estacionamento traseiros, câmera de ré, “trio elétrico”, acendimento automático dos faróis com ajuste elétrico de altura, faróis halógenos, faróis de neblina e luzes diurnas de leds, limpador traseiro com esguicho e temporizador, barras para rack no teto, antena tipo barbatana de tubarão e rodas de liga de 17″.

Cross XRE: adiciona chave presencial, partida do motor por botão, borboletas para mudança de marchas no volante , controle de velocidade  de cruzeiro, banco traseiro com apoia-braço dotado de porta-copos, sensor de chuva, faróis e lanternas traseiras de leds, bancos parcialmente revestidos de couro e rodas de 18″.

XRV Hybrid: como XRE (sem as borboletas para troca de marchas no volante), mais retrovisores externos com rebatimento, mudança automática do facho dos faróis, sensor dianteiro de estacionamento, alerta de tráfego cruzado na traseira, alerta de ponto cego, aviso de desvio de faixa, controle de distância à frente com alerta de colisão e frenagem autônoma.

XRX Hybrid: como XRV, adicionando ar-condicionado automático de duas zonas, quadro de instrumentos exclusivo com tela colorida, computador de bordo com tela de 7″, banco do motorista com regulagem elétrica, revestimento interno em bege, teto solar elétrico e rodas escurecidas.