Novidades

GOLF GERAÇÃO VII

Enfim, Golf nacional de novo alinhado com o modelo europeu

março 2016

Dando continuidade à atualização de sua linha de modelos nacionais, em fevereiro a Volkswagen apresentou o hatch Golf de 7a geração, agora fabricado em São José dos Pinhais (PR).

Três são as versões disponíveis – Comfortline, Highline e GTI -, diferenciadas pelos pacotes de acessórios e acabamento e pela mecânica. Todos contam com suspensão dianteira McPherson, freios a disco nas quatro rodas e direção com assistência elétrica. Interna e externamente, não houve modificações estéticas com relação às unidades até então importadas do México e Alemanha.

A versão “básica” Comfortline vem equipada com motor 1.6 (1.598 cm3) flex aspirado de 16 válvulas e 120 cv (oriundo do Fox – opção inexistente nos modelos anteriores) e câmbio manual de cinco marchas ou automático Tiptronic de seis. “Acima” desta, a versão Highline conta com motor 1.4 turbo flex, com injeção direta e 150 cv e caixa manual de seis marchas (do Fox) ou Tiptronic, também de seis marchas. Comfortline e Highline tiveram a suspensão traseira original, do tipo multibraço, substituída por eixo de torção, simplificação já adotada anteriormente, pela Volkswagen, na nacionalização do Audi A3.

GTI, o modelo mais caro, teve preservada a suspensão traseira multilink, assim como a caixa automatizada de dupla embreagem DSG, itens que constavam de todas as versões trazidas de fora. Seu motor é um 2.0 turbo a gasolina de 220 cv (importado, assim como o câmbio DSG).

Toda a linha vem, de série, com ar condicionado de duas zonas, sete airbags, ajuste do facho dos faróis, câmera de ré, assistente de partida em rampas, controle de estabilidade e de tração e monitor de pressão dos pneus.

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BALANÇO DE 2015

Um ano profícuo, apesar da crise

dezembro 2015

Ao longo do ano que termina, dominado por uma crise política dia a dia agravada pelo alarmismo da mídia, anunciando um “fundo do poço que ainda não chegou, mas logo virá”, nossa indústria automobilística uma vez mais provou a sua vitalidade.

Ainda que 2015 se encerre com produção inferior a 2014, o ano assistiu a várias – e importantes – novidades, todas mostradas por LEXICAR ao longo dos doze últimos meses. Além das usuais atualizações de modelos e da criação de novas versões, diversos lançamentos inéditos chegaram para enriquecer e dinamizar o mercado.

Utilizando uma classificação menos ortodoxa, agruparemos as novidades em quatro principais categorias: SUVs, Grupo Volkswagen, Renault e Agroindústria.

 

SUVs

Atual “queridinho” do mercado, em apenas dois meses o chamado Utilitário Esportivo ganhou três representantes de peso fabricados no Brasil.

Primeiro a ser lançado, em meados de março, o Honda HR-V rapidamente conquistou a liderança da categoria. Lançamento mundial, é um SUV compacto construído a partir da plataforma dos modelos Fit e City. Bem equipado e com excelente acabamento nas três versões disponíveis, o modelo não dispõe de opção 4×4.

Proposta semelhante – um SUV para asfalto – o compacto Peugeot 2008 surgiu em abril. Projetado sobre a plataforma do hatch 208, se assume um automóvel “de cidade”, também ele não dispondo de tração 4×4, sequer como opcional. Mais curto utilitário esportivo nacional, muito bem acabado, confortável e bem equipado, foi disponibilizado em três versões – nenhuma delas “básica”.

Ainda em abril, porém de concepção completamente diversa, veio o Jeep Renegade. Único SUV compacto nacional então apto a operar fora de estrada, o Renegade sai da nova fábrica Fiat, recém inaugurada em Goiana, Pernambuco. Projetado a partir da plataforma do pequeno Fiat 500L italiano, foi apresentado em grande variedade de cores e configurações mecânicas. Também o único da categoria com opção de motorização diesel, foi disponibilizado em três versões, diferenciando-se não apenas pelos pacotes tecnológicos e acabamentos mas também pela mecânica.

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Peugeot 2008.

 

Grupo Volkswagen

Buscando assegurar sua posição entre os líderes do setor, a Volkswagen brasileira promoveu três lançamentos marcantes em 2015.

No início de julho anunciou a comercialização do sedã Jetta nacional, simbolizando o retorno da marca, com um carro de fabricação local, ao disputado segmento de sedãs médios, abandonado com a retirada de linha do Santana, nove anos antes. Equipado com motor flex de dois litros e 120/116 cv, câmbio automático de seis marchas, suspensão totalmente independente e freios a disco nas quatro rodas, será inicialmente fabricado somente na versão intermediária Comfortline, as demais continuando a vir importadas do México.

Poucas semanas mais tarde a Volkswagen colocou no mercado um motor com injeção direta turboalimentado para a linha up! (este foi o primeiro carro flex de pequeno porte a contar com turbocompressor). Desenvolvido a partir do MPI (o motor aspirado de três cilindros e 999 cm3 presente no up! e Fox), que teve todos os órgãos internos redimensionados ou substituídos por outros mais resistentes, o TSI não caracteriza um novo modelo: é apenas uma nova opção de motor, que pode equipar todas as versões da linha up!, exceto a de entrada.

O objetivo do lançamento não foi incrementar o desempenho do moderno carrinho, mas economizar combustível e reduzir emissões. Ainda assim, quando comparado com a versão aspirada (à parte os excelentes resultados obtidos em aceleração, tempo de retomada e velocidade final), o up! TSI ganha 30% em potência e incríveis 61,5% em torque.

Segundo testes oficiais, o up! TSI é hoje o automóvel mais econômico – ou energeticamente mais eficiente – do país. Neste mês o conjunto foi nomeado Lançamento do Ano pela revista Carro, escolha realizada por júri composto por 12 jornalistas especializados.

A terceira grande novidade brasileira do Grupo Volkswagen traz a marca Audi. Fabricado a partir de outubro na planta do Paraná, o Audi A3 Sedan 1.4 mostra algumas mudanças com relação ao A3 importado: motor 1.4 turbo flex de 16 válvulas (o primeiro bicombustível da marca no mundo), produzindo 150 cv de potência e 25,5 kgf.m de torque (versus os 122 cv e 20,4 kgf.m da unidade alemã a gasolina), caixa automática convencional de seis marchas, suspensão traseira por eixo de torção (em lugar da suspensão totalmente independente e do câmbio automatizado com sete marchas e dupla embreagem da versão anterior) e freios a disco nas quatro rodas (ventilados na frente) com ABS. Apresentando acabamento perfeito, o carro vem bem equipado em suas duas versões – Attraction e Ambiente.

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Volkswagen Jetta.

 

Renault

De história recente no país, e já detendo o destacado quinto posto entre os maiores fabricantes nacionais, a Renault veio ganhando posições graças a sua ágil e ousada política de lançamentos. Já no início do ano, anunciados pela concorrência os novos HR-V, 2008 e Renegade, a empresa procedia a uma caprichada reestilização de seu Duster, com ela passando a privilegiar a divulgação da versão 4×4. Em junho, no Salão Internacional do Automóvel de Buenos Aires, mostrou seus dois futuros lançamentos – ambos fabricados no Brasil – o esportivo R.S. e a picape Oroch.

Primeiro automóvel da divisão RenaultSport desenvolvido fora da Europa, o Renault Sandero R.S. chegou com motor 2.0 flex de 150 sv e câmbio de seis marchas (que recebeu comando a cabo), ambos trazidos do Duster e devidamente reconfigurados. À caixa  foram agregados três modos de condução: Standard, Sport e Sport+. A suspensão foi enrijecida e rebaixada em uma polegada; além disso o carro ganhou freios a disco nas quatro rodas, direção eletro-hidráulica, assistente de partida em rampas e controles eletrônicos de estabilidade e tração. O pacote de intervenções transformou um comportado carro de família em um verdadeiro esportivo.

Maior impacto teve o segundo lançamento da marca: a picape cabine-dupla de quatro portas Renault Oroch. Projeto inédito, é a primeira de porte médio disponível no mercado e a única, até o momento, a ocupar o espaço existente entre as picapes leves, derivadas de automóveis pequenos, e as pesadas, montadas sobre chassis tipo escada. À semelhança das picapes leves, também a Oroch é derivada de um automóvel; ao contrário delas, porém, é descendente direta de um SUV – o Duster  – veículo resistente, próprio para aplicações mais duras e condições desfavoráveis de solo. Do Duster a Oroch herdou a estrutura monobloco, mais leve e flexível, indisponível nas picapes pesadas.

Projetada a partir da plataforma do Duster, com o qual compartilha 70% dos componentes mecânicos e da carroceria, a picape é contudo 36 cm mais longa e possui 15 cm a mais na distância entre-eixos. Possui duas opções de conjunto motor, ambas flex: 1.6 de 110/115 cv com câmbio manual de cinco marchas e 2.0 de 143/148 cv com câmbio manual de seis marchas. O carro, inicialmente fornecido apenas com tração dianteira, traz suspensão totalmente independente e freios a disco nas quatro rodas (ventilados na frente) com ABS. Duas versões são oferecidas: Expression (1.6) e Dynamique (1.6 e 2.0). Especialmente para a Oroch, a Renault projetou alguns acessórios úteis e funcionais, inclusive um extensor de caçamba, ampliando em quase 50% o volume total disponível e elevando o comprimento da diagonal de 1,35 para 2,00 m.

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Renault Sandero R.S..

 

Agroindústria

Nos setores de veículos comerciais e equipamentos especiais, a maioria dos grandes lançamentos ocorreu no segmento de máquinas agrícolas, puxados pela preeminência da agroindústria sobre as demais áreas da economia. Representativo da importância do setor para o país foi o desempenho da feira Agrishow, em abril, que encerrou os cinco dias do evento com mais de R$ 1,9 bilhão de reais de negócios em carteira.

Quase quatro centenas de expositores estiveram presentes, desde fornecedores de balanças para gado até os maiores fabricantes de máquinas do país – tratores, colheitadeiras, pulverizadores – além de uma infinidade de fornecedores de implementos especializados. Foram muitas as novidades mostradas: seis tratores agrícolas, um pulverizador, uma colhedora de café, três de cana-de-açúcar e seis colheitadeiras de grãos, além de grande número de implementos embarcados. A seguir, os principais lançamentos do ano.

Tratores (todos com tração 4×4): Budny BDY 6540 (2,6 t, 65 cv), Case Puma 230 (13,0 t, 234 cv. Com 13,0 t), Stara ST MAX 150 e ST MAX 180 (7,1 t, 150 e 180 cv) e Valtra BM110 e BM125i (6,5 e 7,4 t, 125 e 132 cv).

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Trator Stara ST MAX 180.

Pulverizadores: a John Deere passou a oferecer barras de fibra de carbono de 36,0 m, como opção, para o pulverizador 4730 (245 cv, transmissão hidrostática 4×4, suspensão pneumática).

Colhedoras de café: a Jacto apresentou uma máquina inovadora – o modelo K 3500, conversível para operações de pulverização e poda, viabliizando a utilização do equipamento durante todo o ano, mesmo fora do período de colheita. Acionada por motor de 130 cv com transmissão hidrostática nas quatro rodas, a máquina possui sofisticado conteúdo tecnológico embarcado e dois reservatórios de 1.500 l para o café colhido.

Colhedoras de cana-de-açúcar: dois novos modelos sobre esteiras John Deere (CH570 e CH670, para uma e duas linhas de plantação, com transmissão hidrostática e motor de 342 e 380 cv) e a primeira colhedora de cana Valtra, o modelo BE 1035e, com 350 cv.

Colheitadeiras de grãos: quatro fabricantes apresentaram seis novas máquinas: John Deere S690 (motor de 550 cv, tanque graneleiro de 14.100 l), três axiais Massey Série Super 7 (9695, 9795 e 9895, respectivamente com 350, 410 e 470 cv e tanque graneleiro de 10.570 – a primeira – e 12.334 l), máquina de duplo rotor New Holland CR8090 (motor 489 cv e tanque de grãos de 14.500 l) e Valtra BC6800 (350 cv e tanque de grãos de 10.570 l).

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Colhedora de café Jacto K 3500.

 

Outras novidades

Em abril, coincidindo com o 10o aniversário do jipe Marruá, a Agrale apresentou a nova geração da sua linha de utilitários, com grandes alterações na carroceria (a primeira versão lançada foi a cabine-dupla AM200 CD). O carro trouxe grade, para-choques, capô e guarnição dos para-lamas novos (incluindo degrau de acesso nos traseiros), quebra-matos tubular, caçamba de novo desenho, portas e para-brisa dianteiros maiores e interior totalmente reformulado. A capacidade de transpor terrenos alagados (sem snorkel) foi ampliada de 60 para 80 cm. A mecânica permaneceu a mesma (motor de 150 cv e câmbio manual de cinco marchas).

A Hyundai promoveu a primeira atualização de sua linha HB20, envolvendo mudanças estéticas, mecânicas e de acabamento. Externamente, além de novos para-choques e dos retoque nas lentes das lanternas traseiras, o carro ganhou nova grade e, para a versão top Premium, luzes de posição com leds na dianteira. As caixas de câmbio manuais e automáticas acopladas ao motor 1.6 foram substituídas por modelos mais modernos, de seis marchas. Os motores 1.6 e 1.0 tiveram diversos componentes internos redesenhados, de modo a reduzir o atrito e torná-los energeticamente mais eficientes; o pequeno tanque para partida a frio foi eliminado no 1.6 flex. As mudenças foram sucessivamente implementadas nos modelos hatch, HB20X e, em dezembro (ver notícia seguinte), no sedã.

Também o utilitário iX35 passou por suas primeiras mudanças estéticas, concentradas no exterior: grade, para-choques, arremates laterais, lanternas com leds es rodas. A mecânica permaneceu inalterada. Três versões foram disponibilizadas (era apenas uma): “de entrada”, “intermediária” (correspondente à anterior única) e “topo de linha”, diferenciando-se entre si apenas pelos equipamentos e acabamentos internos oferecidos.

Em 2014 a BMW inaugurou sua fábrica brasileira, em Santa Catarina, dando início à montagem de seus primeiros automóveis no país, a partir de componentes importados. Ao primeiro modelo (328i) se seguiram, em 2015, o 120i,  o SUV X3 e, em dezembro (ver notícia seguinte), o Mini Countryman.

O segmento de caminhões, o mais afetado pela crise, mostrou somente uma novidade – o pesado DAF CF85 para curtas e médias distâncias. Disponível em versões 4×2 e 6×2, respectivamente com 53,0 e 56,9 t de PBTC, veio equipado com o mesmo câmbio automatizado e motor do modelo mais pesado da marca (12,9 l, porém com 360 ou 410 cv) e duas opções de cabine.

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Picape cabine-dupla Agrale Marruá de segunda geração.





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