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FUTURA | galeria

Cópia brasileira da revolucionária van monovolume francesa Renault Espace (lançada em 1984), fabricada a partir de 1990 pela Grancar Design, Veículos Especiais Ltda., de São Paulo (SP), empresa resultante da associação de Toni Bianco com a concessionária Ford Grancar. O projeto mecânico e a manufatura dos protótipos foram realizados por Bianco, que preparou os moldes para a carroceria de plástico reforçado com fibra de vidro diretamente a partir de um Espace, importado pela Grancar para este fim. A mecânica, no entanto, era totalmente diferente do original francês: o motor AP (de origem VW), a caixa de cinco marchas, a direção hidráulica, o eixo traseiro, os freios e a suspensão foram trazidos do Ford Del Rey, assim como o painel de instrumentos completo. A carroceria monobloco continha uma estrutura tubular, integrada ao chassi também tubular e envolvido por fibra de vidro. Lançado com motor 1800 (com opção de turbocompressão), no ano seguinte adotou o AP-2000 como equipamento básico.

Muito bem acabada, a van Futura tinha o porte de um automóvel médio (4,25 m de comprimento) e incorporava toda a funcionalidade introduzida no mercado pelo Espace: cinco portas, sete assentos individuais distribuídos em três fileiras, poltronas dianteiras giratórias e encosto do assento central rebatível, podendo ser transformado em mesa; os cinco bancos de trás podiam ser retirados com grande facilidade. Além disso, o carro tinha ar condicionado, volante regulável, estofamento de couro, teto solar, vidros elétricos, para-brisa degradê, brake-light, limpador e desembaçador do vidro traseiro, rodas de alumínio e bagageiro no teto – todos itens de série na versão L (luxo), na qual apenas dois opcionais eram oferecidos: piloto automático e suspensão regulável. Havia mais três versões disponíveis: LX (luxo super), S (standard) e C (furgão com três portas, para uma tonelada ou 3,06 m³ de carga).

Embora a Grancar planejasse fabricar dez carros por mês, foi curta a carreira da sua cria; a súbita liberação das importações e a concorrência de similares estrangeiros, que começavam a invadir o país, agravada por acusações de plágio pela Renault, abreviariam a vida da primeira minivan moderna produzida no país, forçando a suspensão da produção no final de 1991. Foram fabricadas, ao todo, 159 unidades.





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