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FENATRAN 2015

DAF CF: único lançamento importante numa feira esvaziada

novembro 2015

Realizada num momento de contração de vendas, a 20a edição da Fenatran – uma das mais importantes feiras de transportes do Hemisfério Sul – foi ignorada pela quase totalidade da indústria brasileira de caminhões: apenas Volvo e DAF montaram stands próprios, somente a última promovendo o lançamento de novo modelo.

 

DAF

Um dos principais fabricantes de caminhões da Europa, em 2013 a holandesa DAF instalou-se no Brasil como fabricante. Para sediar a nova fábrica foi escolhida a cidade de Ponta Grossa, no Paraná. No final daquele mesmo ano, na 19a Fenatran, apresentou o primeiro modelo nacionalizado da marca – o pesado FX105 FTS, um 6×2 na configuração cavalo-mecânico para longas distâncias – logo seguido da versão 6×4 (FTT). Equipado com motor DAF de seis cilindros, 12,9 l e 410 ou 460 cv, câmbio manual ou automatizado de 16 marchas à frente e duas a ré e freios pneumáticos a tambor com ABS, alcançava PBTC de 53,0 t.

O reduzido conteúdo nacional do caminhão, contudo, restringiu a demanda a níveis insignificantes (menos de 450 unidades foram vendidas em 2014). Em 2015, quando por fim conseguiu alcançar o índice mínimo de nacionalização de 60%, exigido para viabilizar o financiamento dos equipamentos, a empresa decidiu ampliar a gama de modelos, escolhendo a 20a Fenatran como palco para o lançamento de seu novo produto.

Assim, ainda pouco conhecida, a DAF tornou-se a grande estrela da esvaziada feira, apresentando a única novidade relevante da mostra – o pesado CF85 para curtas e médias distâncias. Disponível em versões 4×2 (FT) e 6×2 (FTS), respectivamente com 53,0 e 56,9 t de PBTC, veio equipado com o mesmo câmbio automatizado e motor do XF105 (12,9 l, porém com 360 ou 410 cv) e duas opções de cabine (Comfort e Space Cab).

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Stand da DAF na Fenatran, com o novo CF85 e o “veterano” FX105 (foto: LEXICAR).

 

VOLVO

Embora não tenha agregado qualquer novo modelo à sua já diversificada gama, a Volvo levou para a Fenatran um útil e engenhoso suspensor de terceiro eixo, como opção para caminhões com tração 6×4 tandem. O mercado oferece enorme variedade de suspensores para terceiro eixo não tracionado. Eixos tandem, contudo, exigem soluções técnicas complexas, envolvendo a alteração de características mecânicas do veículo e impedindo sua instalação por implementadores independentes.

Segundo o sistema proposto pela Volvo, na ausência de carga não só o eixo é suspenso como a tração pode ser desligada, reduzindo o desgaste dos pneus traseiros, o raio de giro (em 15%) e o consumo (em até 4%). Ao receber carga, o carregamento do caminhão é automaticamente identificado e o eixo baixado. O sistema ainda oferece a opção do veículo rodar como 6×2, com o eixo baixado e a tração desligada.





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A3 1.4 SEDAN

O Audi volta a ser brasileiro

novembro 2015

Nove anos passados, o Audi A3 volta a ser produzido no Brasil. Primeira cria da moderníssima fábrica Volkswagen inaugurada em 1999 no Paraná, o primeiro Audi nacional foi lançado naquele mesmo ano, nas versões hatch com três e cinco portas. O carro veio equipado com motor 1.8 importado da Hungria, com cinco válvulas por cilindro (três de admissão e duas de descarga), nas configurações aspirada (125 cv) e turbo (1.8 T, com 150 cv), logo seguido por um 1.6 com oito válvulas e 101 cv.

O A3 hatch foi lançado com caixa manual de cinco marchas, direção hidráulica, suspensão independente na dianteira (braços triangulares e molas helicoidais) e eixo semi-rígido com molas helicoidais na traseira, freios a disco sólidos nas quatro rodas com ABS e controle de tração EDS. O carro era bem equipado e trazia de série duplo airbag, ar condicionado eletrônico e rodas de liga leve; como opcionais oferecia airbags laterais, computador de bordo, sensor de estacionamento, bancos esportivos e revestimento interno em couro.

O primeiro A3 nacional foi produzido até 2006, em pouco mais de 57.000 exemplares.

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A3 hatch cinco-portas 1999 – primeiro Audi nacional (fonte: site autoevolution).

Em 2013 a Volkswagen anunciou a decisão de construir nova unidade junto ao parque industrial paranaense, destinada à nacionalização do novo VW Golf, em conjunto com dois modelos Audi – o SUV Q3 e a versão mais recente do A3 (agora sob o formato sedã) – com os quais  compartilharia a plataforma MQB. A nova linha foi inaugurada em março de 2015, com a fabricação da pré-série do A3 1.4 Sedan. Em outubro a planta entrou em regime regular de operação.

Por razões mercadológicas, o modelo nacional trouxe algumas mudanças com relação ao A3 importado – uma positiva e duas negativas. Positiva foi a adoção do motor 1.4 turbo flex de 16 válvulas – o primeiro no mundo da marca, produzindo 150 cv de potência e 25,5 kgf.m de torque, em contraste com os 122 cv e 20,4 kgf.m da unidade alemã a gasolina. Negativas foram as simplificações mecânicas causadas pelo desejo da empresa confrontar gama maior de concorrentes, forçosamente obrigando-a a reduzir o preço do novo carro. Assim, em lugar da suspensão totalmente independente e do câmbio automatizado com sete marchas e dupla embreagem, foram adotadas uma caixa automática convencional de seis marchas e suspensão traseira por eixo de torção. O vão livre aumentou levemente: 1,4 cm na traseira e 1,5 na dianteira. Os freios são a disco nas quatro rodas (ventilados na frente) com ABS.

Apresentando perfeito acabamento, o carro veio bem equipado em suas duas versões – Attraction e Ambiente. Entre os itens de série (dependentes da versão) estão central multimídia, sete airbags (incluindo laterais e de joelhos), faróis bixenônio com ajuste automático de altura, assistente de rampa, freio de estacionamento elétrico, sistema start-stop (desligamento e acionamento automático do motor ao parar no trânsito), controle de tração, comandos no volante, sensores de claridade e chuva e sensor de ré. Oferece poucos opcionais, tais como bancos de couro, teto solar, GPS, sistema de estacionamento automático, sensor de estacionamento dianteiro, câmera de ré, partida por botão e alerta de mudança de faixa Lane Assist.

Mais longo e espaçoso do que o antigo hatch, o A3 Sedan tem 4,46 m de comprimento e 425 litros de capacidade do porta-malas, versus 4,15 m e 350 l do modelo anterior. Avaliado pela revista Carro, em comparação com o Toyota Corolla Altis, o Audi nacional foi considerado o melhor, com relevo para desempenho, acabamento e itens de série, mostrando-se inferior no espaço disponível no banco traseiro e no porta-malas.

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O novo Audi A3 1.4 Sedan.





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