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RODÃO | galeria

Fundada no final dos anos 60 e vindo a se constituir, duas décadas depois, em um dos maiores fabricantes mundiais de rodas esportivas, a paulista Rodão possuía uma rede de venda de acessórios para automóveis que, por algum tempo, também procedeu à transformação de veículos. Partindo da sua experiência na personalização de muitas centenas de carros e picapes, em 1984 a empresa passou a transformar picapes Ford e Chevrolet em cabines-duplas, com elas oferecendo toda a sorte de itens complementares disponíveis em suas lojas: nova grade com faróis retangulares, para-choque com quebra-mato, santantônio com faróis adicionais, estepe montado na tampa da caçamba, capota marítima, rodas de liga, escapamento lateral cromado, alargadores de para-lamas, direção hidráulica, “sofá-cama“, vidros verdes, etc. As cabines-duplas recebiam janelas panorâmicas basculantes, como era “de lei” na época, acompanhadas ou não por uma pequena vigia adicional.

No ano seguinte a Rodão lançou seu kit para baja bugs, composto de sete peças de plástico reforçado com fibra de vidro (quatro para-lamas, capô, caixa de estepe, cobertura do motor) e quatro tubulares (para-choques e estribos laterais). O carro aproveitava faróis e lanternas originais do sedã Volkswagen, sendo o único baja do mercado a manter o estepe alojado no porta-malas. Vivendo o auge do modismo do autocross, a Rodão chegaria a vender 220 kits mensais do seu modelo.

Em 1986 a empresa preparou um kit de transformação para picapes leves, composto de faróis especiais, santantônio, grades protetoras e quebra-mato, intervenção que também incluía a elevação da suspensão, ao “estilo country americano“. A partir deste, logo a seguir lançou o kit Angra, para picapes VW Saveiro, engenhosamente capaz de transformá-las em cabines-duplas ou semi-conversíveis. Para tanto, o carro perdia a traseira da cabine e recebia assentos individuais no compartimento de carga, que antes tinha o assoalho devidamente acarpetado; a caçamba era então encerrada sob uma cobertura de fibra de vidro dotada de janelas laterais, para-brisa traseiro e tampa para acesso ao porta-malas que então se formava. A cobertura podia ser facilmente removida, deixando ao ar livre os assentos de trás.

Antes do final da década, contudo, a empresa abandonou os negócios de transformação.





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