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Enquanto o mercado europeu aguarda a total renovação da família Sandero, a Renault brasileira avança na modernização dos equivalentes nacionais – o sedã Logan, o hatch Sandero e o “aventureiro” Stepway (antes uma versão Sandero e agora um modelo independente). Todos mudaram externamente (em menor escala o sedã do que o hatch), melhoraram no acabamento interno e ganharam novo câmbio automático CVT, em lugar da caixa automatizada anterior.

A dianteira recebeu maior atenção: o para-choque é novo e os faróis cresceram em área e ganharam um contorno de luzes diurnas de leds; o perímetro inferior da grade (que agora possui três barras horizontais, em vez de quatro) foi arrematado por um friso cromado. Nas laterais (apenas para as versões com câmbio CVT), o arco das rodas e o rodapé das portas foram complementados por molduras de plástico preto – as mesmas já utilizadas no Stepway.

A mudança mais visível ocorreu na traseira – porém o sedã não teve direito a ela: lanternas maiores, avançando para a tampa da mala, que recebeu mais um vinco horizontal e teve o logotipo (que passa a conter o botão de abertura da tampa) levemente deslocado para cima.

Stepway e Sandero R.S., que já possuíam identidade própria, continuaram a receber tratamento diferenciado. O esportivo R.S. mudou traseira (lanternas, tampa da mala e defletor em preto brilhante), frisos decorativos e rodas (que receberam pinças de freio vermelhas), mas manteve a mesma dianteira. Stepway, por sua vez, adotou os novos faróis, grade, lanternas e tampa traseira, porém ganhou um para-choque dianteiro de desenho próprio.

A estrutura da carroceria de todos foi reforçada, tendo por objetivo melhorar o modesto comportamento da família nos testes de segurança do Latin NCap. As versões com câmbio automático tiveram a suspensão elevada em 4 cm, como já ocorria no Stepway.

São cinco as versões disponíveis (Life, Zen, Intense, Iconic e R.S.), com o seguinte conteúdo:

• Logan e Sandero Life (1.0 com câmbio manual): ar-condicionado, airbags dianteiros frontais e laterais, travas elétricas, vidros elétricos na frente, cintos de três pontos e encostos para cabeça para os cinco ocupantes, lavador e limpador traseiro (apenas para Sandero) e rodas de aço de 15″.
• Logan e Sandero Zen (1.0 manual e 1.6 manual) e Stepway Zen (1,6 manual): o conteúdo anterior, mais alarme,  conta-giros, computador de bordo, central de áudio com tela de 7″ integrado a celular e com USB, sensor de estacionamento traseiro e banco do motorista e volante reguláveis em altura.
• Logan e Sandero Zen (1,6 CVT): inclui controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, rodas de aço de 16″, suspensão elevada e molduras laterais plásticas.
• Logan, Sandero e Stepway Intense (1.6 CVT): também ar-condicionado automático, banco traseiro bipartido, câmera de ré, controlador e limitador de velocidade, retrovisores e vidros traseiros elétricos e rodas de liga de 16″.
• Logan e Stepway Iconic (1.6 CVT): adiciona bancos de couro e faróis e limpador de para-brisa automáticos.
• Sandero R.S. (2.0 manual): mesmo conteúdo da versão Intense, mais pacote esportivo, seletor de modos de condução e rodas de 17″.

Renault Logan e Sandero 2020, ambos com o novo câmbio automático CVT.

O pequeno Kwid, sucesso de vendas da Renault, acaba de ganhar sua quarta versão: a nova topo de linha Outsider, que vem juntar-se às existentes Life, Zen e Intense.

Lançado em 2017 e anunciado como o SUV dos Compactos, o Kwid é um pequeno hatch com tração dianteira, posição de dirigir mais elevada e vão livre e ângulos de entrada e saída maiores do que o usual. A rigor, embora evidentemente não tenha nenhum dos atributos de um utilitário esportivo, possui características dignas de um “aventureiro”: já é um, mesmo sem aparentar sê-lo. Agora, para que o Kwid “pareça um aventureiro”, a Renault a ele agrega todo o repertório cosmético vulgarizado pela categoria.

Uma versão conceitual com o mesmo nome já fora apresentada no 29^o Salão do Automóvel, em 2016, e é nela que o carrinho se inspira. Dela manteve os apliques na cor grafite sob os para-choques, as caixas plásticas pretas alojando os faróis auxiliares no para-choque dianteiro, as maçanetas das portas pintadas da cor do carro, as barras no teto e os apliques nas portas, também em plástico preto. O modelo pouco perdeu com relação ao conceito de 2016: somente dispensou os detalhes externos em verde fluorescente, simplificou o formato dos arcos das rodas, adotando os já utilizados nas versões Zen e Intense, e trouxe rodas de aço com calotas pretas, em lugar daquelas de liga mostradas no Salão.  (Para relembrar o modelo conceitual de 2016, consulte a galeria abaixo.)

Internamente, o Outsider mostra novos tecidos nos bancos e detalhes em cor laranja no painel, portas, volante e alavanca de câmbio. Seu conteúdo é o mesmo da versão Intense: quatro airbags (dois laterais e dois frontais), vidros, retrovisores e travas elétricos (inclusive da tampa do porta-malas), ar-condicionado, limpador e lavador do vidro traseiro, faróis de neblina e câmera de ré, além de nova central multimídia com tela de 7″ e integração a celular.

Nada mudou na mecânica: motor flex de três cilindros, 999 cm³, 12 válvulas e 66/70 cv, câmbio manual de cinco marchas, tração dianteira, suspensão McPherson na frente e por eixo de torção atrás, freios dianteiros a disco e traseiros a tambor e direção com assistência elétrica.

Única novidade, extensiva a toda a linha, é a adoção de freios ventilados na dianteira.

Renault Kwid Outsider.