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Dentre os grandes fabricantes da indústria automobilística mundial, a japonesa Honda é a de origem mais recente: fundada em 1948, como fabricante de motocicletas, apenas em 1964 lançou seu primeiro automóvel. A empresa pela primeira vez demonstrou interesse pelo Brasil em 1968, ao solicitar autorização do Geimec para construir uma fábrica de motos em Santo André (SP). Sua chegada ao país como fabricante, todavia, só viria a acontecer muitos anos depois, com a inauguração em novembro de 1976 de uma planta na Zona Franca de Manaus (AM). Cinco anos depois a Honda Moto produzia a 200.000ª moto nacional e em 1995 seu modelo mais vendido, a CG 125, alcançava a milionésima unidade. A marca é até hoje líder do mercado brasileiro de motocicletas, já tendo ultrapassado a barreira das 12 milhões de unidades fabricadas.

O êxito absoluto no segmento de motos estimulou a Honda a também investir na nacionalização de seus automóveis. A empresa tomou decisões rápidas, como é do seu feitio, o que a tornaria a primeira, dentre os fabricantes estrangeiros que participaram do boom das importações no início da década de 90, a ter produção própria no país. Dos modelos importados pela marca, o de maior sucesso foi o Civic, presente no mercado brasileiro desde 1992. Assim, depois de cogitar brevemente na nacionalização do Accord, foi o Civic o modelo escolhido para iniciar suas atividades como montadora. A decisão foi oficialmente comunicada pelo vice-presidente da empresa, em visita ao Brasil, em dezembro de 1995; era intenção da Honda tornar o país centro de produção da marca para a América Latina, e para isto pretendia estar fabricando, já em 2005, 200 mil veículos por ano.

Em outubro de 1997 foram inauguradas suas instalações fabris em Sumaré (SP), onde havia mais de vinte anos a empresa dispunha de um grande terreno. Inicialmente destinado à fábrica de motos, o local só foi terraplanado em 1987, quando a empresa já se encontrava solidamente instalada em Manaus. Isto poderia indicar, portanto (embora nunca a empresa tenha se pronunciado oficialmente sobre o assunto), que desde aquela época pretendesse construir naquele espaço um grande empreendimento industrial – e seria pouco provável que fosse mais uma fábrica de motocicletas. Deste modo, com a inauguração da planta de Sumaré, com capacidade para 15 mil veículos/ano, a Honda tornou-se a primeira marca estrangeira de automóveis a se instalar no Brasil, como fabricante, desde a remota chegada da Fiat, 21 anos antes. (Curiosamente, embora o terreno de Sumaré fosse de sua propriedade desde a década de 70, a Honda se empenhou em participar da “guerra de incentivos” entre os Estados interessados em receber novas fábricas de veículos, logrando obter benefícios estaduais e municipais, dentre os quais a doação de um terreno adicional para a futura construção de um campo de provas.)

Para fabricação no Brasil foi escolhida a versão sedã montada nos EUA. As primeiras unidades produzidas tinham reduzido índice de nacionalização – apenas 47%. As partes estampadas da carroceria, a suspensão e o conjunto motor-transmissão eram importados dos EUA, sendo executados no país somente montagem, pintura e acabamentos da carroceria, com a utilização de alguns componentes básicos brasileiros, tais como pneus, baterias, vidros, estofados e amortecedores. O modelo recebeu alguns ajustes com relação ao projeto original: reforço no isolamento acústico, nova calibragem da suspensão e adaptação do sistema de alimentação ao padrão do combustível nacional. O motor 1.6 (de alumínio) podia ser fornecido com 106 ou 127 cv. Foram oferecidos três versões de acabamento (LXB, LX e EX), com opção de câmbio manual ou automático.

O Civic brasileiro foi muito bem recebido pela imprensa e teve rápida aceitação do público comprador. Motivos não faltavam para tal: tratava-se de um projeto tecnologicamente moderno (bloco de alumínio, 16 válvulas de abertura variável VTEC, injeção eletrônica multipoint, suspensão independente nas quatro rodas), o mesmo modelo disponível no altamente exigente e competitivo mercado dos EUA, equipado com um pacote de acessórios de série inédito no Brasil. O carro vinha com air-bag duplo, direção hidráulica progressiva, cintos de segurança de três pontos também na traseira, ar condicionado, encosto traseiro bipartido e rebatível; o modelo mais caro também trazia ABS e piloto automático. Além disto, revelou-se o mais econômico carro médio nacional. Nos primeiros testes comparativos realizados pelas revistas especializadas, o Civic se destacou diante dos concorrentes mais diretos – Chevrolet Vectra e o Fiat Tempra (que, aliás, não tardariam a reagir).

O PRIMEIRO CIVIC: SUA FICHA TÉCNICA: carroceria monobloco três volumes, quatro portas, cinco lugares, bagageiro com 337 litros, 4,45 m de comprimento; motor transversal dianteiro refrigerado a água, com quatro cilindros em linha, 16 válvulas VTEC, 1.590 cm3, 106 ou 127 cv; alimentação por injeção eletrônica multipoint; tração dianteira com caixa manual de cinco marchas ou automática de quatro marchas; direção hidráulica; suspensão independente nas quatro rodas (braços triangulares duplos e molas helicoidais); freios a disco ventilado na frente e a tambor atrás (ABS na versão mais cara).

Pouco a pouco a Honda veio elevando o nível de nacionalização do seu carro: em setembro de 1998 iniciou a estampagem de peças para a carroceria e a montagem de motores (embora ainda com apenas 5% de componentes de produção local), alcançando um índice total de 58% de agregação nacional; logo depois iniciou a montagem das caixas de câmbio. Em 2004 o índice de nacionalização chegaria a 70 %.

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Capa do folheto de lançamento do Civic nacional, em 1997. Iniciando a produção no Brasil com um sedã algo conservador, rapidamente a Honda se destacaria pela ousadia e atualidade de seus lançamentos.

No XX Salão do Automóvel, em 1998, foi lançada a linha Civic 99, que trouxe pequenas alterações estéticas: grade mais larga, faróis e lanternas traseiras maiores e com linhas mais vincadas, encaixe para a placa traseira em formato trapezoidal, capô e entrada de ar dianteira redesenhados. Nenhuma novidade mecânica foi apresentada, porém, e o carro da Honda, limitado ao motor 1.6 de desempenho pouco brilhante, logo ressentiu o golpe da concorrência, que naquele ano aparecia com diversos modelos novos (Fiat Marea e Toyota Corolla) ou repotencializados (Chevrolet Vectra 2.2).

Sempre foram características da Honda a criatividade e rapidez nas respostas aos desafios impostos pelo mercado ou por conjunturas econômicas adversas – bem ao contrário da tradicional e por vezes excessiva cautela do estilo oriental de administrar (que sempre norteou, por sinal, a atuação no Brasil de sua arqui-rival Toyota). A reação da Honda, portanto, não se fez esperar, e já no Salão do Automóvel seguinte, em novembro de 2000, lançou no Brasil a sétima geração mundial do Civic, apresentada ao resto do mundo apenas três meses antes.

Mais uma vez foi escolhido o modelo norte-americano, com design mais conservador do que da versão distribuída na Europa. Ainda assim, o carro rapidamente conquistou para a Honda a liderança de mercado na categoria, que só seria perdida anos depois para o novo Toyota Corolla. A carroceria do Civic foi totalmente reprojetada, interna e externamente, dando ao carro um inédito piso traseiro totalmente plano e um porta-malas ampliado para 402 litros. A suspensão foi bastante alterada: a dianteira foi simplificada, passando a ser McPherson, e a traseira teve suas bandejas triangulares reduzidas em largura, de modo a liberar espaço para a bagagem; o comportamento dinâmico do carro, no entanto, ficou menos firme e suave do que na versão mais antiga. O mais importante, porém, foi a adoção de um novo motor de 1,7 litros (de 115 ou 130 cv – este no formato VTEC), dando ao Civic a agilidade e desempenho que faltavam. O resultado final foi positivo, abrindo caminho para um período de sucesso e reforçando a reputação de resistência, ótimo acabamento, reduzida manutenção e alto valor de revenda que o Civic já gozava.

Enquanto o novo Civic era lançado, um lance ainda mais ousado estava sendo armado: o início do longo processo de preparação para a produção do segundo Honda brasileiro. Desde o final de 1996 a empresa já falava na nacionalização de um novo veículo, menor do que o Civic, chegando-se a cogitar dois ou três anos depois no sport-utility CR-V, em atenção à moda crescente dos 4×4 “de cidade”. A decisão, anunciada em outubro de 2001, acabou recaindo sobre o Fit, lançado no Japão apenas quatro meses antes e finalmente mostrado no XXII Salão do Automóvel, em 2002. Também no Salão estava o Civic 2003, com leves modificações na lanterna traseira, na calibragem da suspensão e no acabamento interior do modelo EX.

Oficialmente lançado em abril de 2003, o Fit fez parte da primeira leva de carros pequenos “não populares” fabricados no Brasil (ou compactos premium, como preferem os fabricantes: bem equipados, porém sem opção de motor 1.0). Projeto inovador e criativo, o Fit foi apresentado em duas versões (LX e LXL), ambas com ar condicionado, direção elétrica e air-bag para o motorista; a versão top também dispunha de ABS, air-bag para o “carona” e sistema de controle de frenagem. Na mecânica, o carro trazia duas soluções inéditas no país: o câmbio automático CVT, continuamente variável por meio de polias cônicas deslizáveis, e um compacto motor com bloco de alumínio e duas velas por cilindro. O compartimento interno era muito bem equacionado, com diversos porta-objetos e um engenhoso esquema de rebatimento dos assentos e encostos dos bancos, todos bipartidos, permitindo até 14 arranjos diferentes. Com o conjunto motor-transmissão importado do Japão, o Fit foi lançado com reduzido índice de nacionalização de 33% (em 2004 atingiria quase 70%).

O PRIMEIRO FIT: SUA FICHA TÉCNICA: carroceria monobloco monovolume, cinco portas, cinco lugares, bagageiro com 380 litros (1.321 litros com banco traseiro rebatido), 3,83 m de comprimento; motor transversal dianteiro refrigerado a água, com quatro cilindros em linha, 8 válvulas e duas velas por cilindro, 1.339 cm3, 80 cv; alimentação por injeção eletrônica multipoint; tração dianteira com caixa manual de cinco marchas ou automática continuamente variável; direção elétrica; suspensão McPherson na dianteira e com barra de torção na traseira; freios a disco ventilados na frente e a tambor atrás.

Assim como ocorreu com o Civic, o Fit caiu no gosto da imprensa e se destacou, frente à concorrência, nos diversos testes comparativos a que foi submetido. A excelente modularidade interna, a qualidade do acabamento e a economia de combustível foram seus predicados mais ressaltados. A maior restrição ficou por conta do fraco desempenho, principalmente com carga total. Também o mercado reagiu positivamente ao lançamento, que não tardou a tornar-se líder no segmento; em dois anos o carrinho, que não era dos mais baratos, vendeu 50 mil unidades, respondendo em 2005 por 51% dos monovolumes pequenos comercializados no país. Em um dos textos de cobertura do teste de longa duração a que foi submetido, a partir de outubro de 2003, a revista 4 Rodas confessou que “a cada dia que passa, cresce o número de fãs do Fit na redação“.

O lançamento do Fit foi estratégico para a Honda: puxando para cima as vendas da empresa em quase 45%, em 2003 (apesar da queda de 6% do mercado nacional), compensou com folga a queda na procura do Civic, que deixara de ser “novidade” e agora ainda tinha que enfrentar o novo Toyota Corolla, que encontrou grande acolhida entre os compradores de maior nível de renda e perfil mais conservador. Assim, enquanto subia a produção do Fit, a do Civic tomava direção contrária, e em menos de um ano o carro da Honda, que vendia mais do que o dobro do antigo Corolla, passou a vender menos da metade do concorrente. Para neutralizar a perda, a empresa trouxe para o país o face-lift recentemente aplicado ao Civic norte-americano. Foram pequenas mudanças – nova frente, leve retoque no para-choque traseiro, moldura da placa na cor da carroceria – que deram ao carro um ar decididamente menos “sério” e mais esportivo.

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Em 2003, com apenas seis anos de lançado, o Civic passou por sua terceira revisão estética.

O novo Civic foi apresentado em dezembro de 2003, em três versões de acabamento: LX, LXL e EX. As novidades de estilo foram bem aceitas e o Civic conseguiu recuperar parte do mercado, porém ainda sem ameaçar o Corolla. Também a imprensa especializada reconheceu suas qualidades, considerando-o mesmo superior ao Toyota, ainda que por pouco. A revista Autoesporte (01/04), por exemplo, comparando as versões top automáticas das duas marcas, não encontrou diferenças de desempenho significativas entre os dois, porém ressaltou o contraste entre o bom acabamento e desenho interno bem cuidado do Civic e o conservadorismo e a pobreza do habitáculo do Toyota.

A renovação do Civic e o extraordinário sucesso do Fit deram à Honda condições, já no segundo semestre de 2004, de disputar com a Renault a quinta posição entre os maiores fabricantes nacionais de automóveis, apenas atrás das “quatro grandes”. A produção naquele ano cresceu 57% e em fevereiro de 2005 a Honda brasileira bateu a Renault, pela primeira vez atingindo o quinto posto entre os produtores nacionais. O conceito flexível da fábrica de Sumaré, que teve investimento inicial da ordem de US$ 150 milhões – relativamente reduzido para o setor –, contribuiu para este desempenho, pois permitiu ajustes contínuos na capacidade de produção, que subiu de cautelosas 13 mil unidades no ano da inauguração para 30 mil, em 1999, e 70 mil em 2005.

Desde o início de 2005 a versão intermediária do Civic (LXL – a mais vendida) passou a ser oferecida também com caixa manual e motor VTEC de 130 cv (até então só disponível com transmissão automática e 115 cv). Logo a seguir foi a vez do Fit ganhar a versão EX, com motor 1.5 VTEC (16 válvulas e 105 cv), resolvendo sua maior deficiência – o pobre desempenho; ABS, air-bag duplo e cintos de três pontos para quatro passageiros eram itens de série. Externamente, a diferenciá-lo, apenas uma cor exclusiva e um detalhe lúdico: o pingo da letra “i” do nome Fit, na tampa traseira, pintado de azul. No primeiro trimestre de 2006 foi lançado o Fit 2007 com algumas alterações externas: frisos laterais na cor da carroceria, nova grade, para-choques com saias laterais, base dos faróis cromada e lanternas indicadoras de direção nos retrovisores, os dois últimos itens para a versão top EX; também mudaram a iluminação do painel e o sistema de som.

Em maio, pouco mais do que meio ano depois de sua apresentação mundial, a Honda brasileira ousou mais uma vez – assim como já havia feito com o Fit – e lançou a oitava geração do Civic, anunciado como New Civic um sedã quatro-portas de linhas belas como até então não havia sido fabricado no país. O estilo arrojado de sua carroceria transmitia a um só tempo razão e emoção. Caracterizado pela frente e traseira curtas, pela grande inclinação do para-brisa e pelo painel de instrumentos quase “futurista”, conquistou prêmios internacionais de design e garantiu o título de Carro do Ano da revista norte-americana Motor Trend. Desta vez se tratava de um veículo inteiramente novo, e não de uma reestilização em maior ou menor profundidade, como ocorreu com os modelos anteriores. Novo era o motor 1.8 i-VTEC a gasolina (1.799 cm3, 140 cv) com acelerador eletrônico e abertura variável dos comandos de admissão e escape; novos eram a suspensão totalmente independente (McPherson na frente e triângulos sobrepostos com braços de alumínio atrás) e os freios a disco nas quatro rodas (ventilados na dianteira) com ABS. A caixa de cinco velocidades podia ser manual ou automática, neste caso com opção de comando no volante, por borboletas.

O interior, muito bem acabado e utilizando materiais de qualidade, como já era tradição da marca, tinha espaço generoso (reforçado pelo piso traseiro plano) e apresentava algumas soluções inéditas: instrumentação distribuída em duas “ilhas”, uma na tradicional posição por trás do volante e outra (com velocímetro digital) na parte superior do painel; botão de abertura remota do porta-malas com chave; porta-copos no apóia-braços do assento traseiro; e alavanca do freio de mão em Z, abrindo espaço, no console, para mais dois porta-objetos. O volante concentrava os comandos do rádio e do controle automático de velocidade. Com distância entre eixos 8,1 cm maior, o novo Civic cresceu 3,6 cm no comprimento e 3,8 na largura; apesar disto, seu porta-malas ficou reduzido a 340 litros, 62 a menos do que no modelo antigo. Lançado em duas versões (LXS e EXS), vinha de série com air-bag duplo, cinco cintos de segurança de três pontos, ar condicionado e toca-CD para seis discos. No top EXS, que tinha faróis de milha e luzes de direção nos retrovisores, o único opcional disponível eram os bancos de couro.

Com exceção do tamanho do porta-malas, o novo Civic se destacou frente aos concorrentes em todos os itens analisados pela imprensa especializada nos testes comparativos que se seguiram ao lançamento. Na revista Carro (06/06) o Civic EXS foi o primeiro diante de outros seis carros, dois importados e os nacionais Chevrolet Vectra Elite, Renault Mégane 2.0, Fiat Marea HLX e Toyota Corolla SE-G, este o último colocado na avaliação. O Civic foi também o melhor (e o Corolla o pior) no teste de Autoesporte (06/06), que também incluiu Mágane e Vectra. Nas vendas, já no mês de lançamento o New Civic ultrapassou por larga margem todos os concorrentes da categoria; no final do ano seguinte já estaria vendendo o dobro do Corolla. O novo Civic foi eleito Carro do Ano 2007 pelo júri da revista Autoesporte.

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Honda Fit, na moderníssima edição 2014.

No XXIV Salão do Automóvel, ao final daquele ano, a Honda mostrou o Civic Si, com motor 2.0 aspirado de alta rotação (até 8.000 rpm) e 192 cv e caixa manual de seis marchas importados do Japão. Colocado à venda a partir de março, como o carro de série mais potente já fabricado no país, tinha controle eletrônico de estabilidade e direção com assistência elétrica. Fornecido somente nas cores preta e vermelha, pouco se diferenciava dos outros modelos: grade na cor da carroceria com a sigla Si colocada à direita, aerofólio traseiro e rodas de liga de 17”. O interior trazia bancos anatômicos, manopla da curta alavanca de mudanças em couro e instrumentos com iluminação vermelha. Em matéria intitulada “O Império dos Sentidos” o jornal O Globo classificou-o como “o carro mais excitante fabricado no Brasil“.

Também no Salão a Honda finalmente lançou seus primeiros motores flex; diferentemente dos demais fabricantes, entretanto, a empresa instalou quatro bicos injetores e deslocou o pequeno reservatório de gasolina para partida a frio para fora do compartimento do motor; o tanque foi blindado e seu bocal posicionado no para-lama direito. Devido ao projeto adotado, a potência se manteve praticamente inalterada: 83 e 80 cv, para o Fit 1.4, e 140 e 138 cv, para o Civic 1.8 (respectivamente a álcool e gasolina).

 

No final de 2007, com pouco mais de dez anos no Brasil, a Honda encontrava-se solidamente posicionada como quinto maior fabricante de automóveis do país. Acabava de quebrar a barreira das cem mil unidades anuais, o que equivalia a 4,2% do total nacional, e poucos meses depois fabricaria seu veículo número 500.000. Fit e Civic continuavam líderes em seus segmentos, este como 11º carro nacional mais vendido – à frente dele somente modelos que custavam menos da metade do seu preço. Dentre os carros brasileiros, os dois modelos estão entre os que mais prêmios vêm acumulando nas diversas avaliações e pesquisas de opinião conduzidas pela imprensa especializada.

Os motores e caixas de ambos ainda permaneciam importados do Japão (sob a forma CKD e aqui montados), mas não por muito tempo. Nos anos que se seguiram a empresa confirmaria sua estratégia de manter a produção local alinhada com o que de mais atualizado fabricava no mundo, renovando a linha ou lançando novos modelos em dia com o que de mais recente apresentava no exterior. A concepção extremamente moderna de seus automóveis vem lhe assegurando preeminência diante de boa parte da produção nacional, em especial da também japonesa Toyota, sua antípoda em cautela e conservadorismo.

<honda.com.br>

 

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Importados (desde 1997)

Accord (dos EUA), CR-V (do Japão, desde 01/00), Accord (México, 01/06), Accord (Japão, 05/08), CR-V (México, 05/08), Civic Si (Canadá, 10/14), Accord híbrido (EUA, 08/21, 10/23), Civic híbrido (Tailândia, 01/23), Civic Type R (Japão, 06/23), ZR-V (México, 11/23)

Outras premiações e distinções (modelos nacionais)

Civic LX automático (Melhor Compra 2001, categoria carros até R$ 50 mil; 4 Rodas), Fit LX (Melhor Compra do Ano 2004, geral e na categoria minivans compactas; 4 Rodas), Honda e Fit (Os Eleitos 2004, categorias Assistência Técnica e Minivan; 4 Rodas), Fit EX 1.5 (Qual Comprar, Escolha 2005, categoria Familiares Compactos; Autoesporte), Fit LX (Melhor Compra do Ano 2005; 4 Rodas), Honda, Fit e Civic (Os Eleitos 2005, categorias Assistência Técnica, Minivan Compacta e Sedã Médio; 4 Rodas), Civic 1.8 LXS e Fit 1.5 EX (Qual Comprar, Escolha 2006, categorias Sedãs Médios Top e Familiares Compactos; Autoesporte), Fit LX 1.4 (Melhor Compra 2006, categoria Monovolumes Compactos; 4 Rodas), Civic LXS 1.8, LXS automático e EXS (Melhor Compra 2006, Melhor Compra do Ano e categorias Carros de 50.000 a 60.000, Carros de 60.000 a 70.000 e Carros acima de 70.000 Reais; 4 Rodas), Fit EX 1.5 (Melhor Negócio 2006, categoria de R$ 50.000 a 60.000; Carro), Fit e Civic (Seleção 2006: as 10 Escolhas da Autoesporte, categorias Versátil e Mais Desejado; Autoesporte), Honda, Fit e Civic (Os Eleitos 2006, categorias Pós-Venda, Minivan e Sedã Médio; 4 Rodas), Civic (Prêmio AutoData 2006, categoria Veículo Automóvel; AutoData), Honda, Fit e Civic (Best Cars 2007, categorias Confiabilidade, Monovolume e Nacional; Carro), Fit 1.5 e Civic 1.8 LXS Flex (Qual Comprar, Escolha 2007, categorias Compactos e Médios Top; Autoesporte), Civic 1.8 LXS Flex (Qual Comprar, Escolha 2007, categorias geral; Autoesporte), Fit LX 1.4 Flex, Civic LXS 1.8 Flex automático, Civic Si 2.0 (Melhor Compra 2007, categorias Monovolumes Compactos, 60.000 a 70.000 Reais e Esportivos Nacionais; 4 Rodas), Civic LXS 1.8 Flex (Melhor Compra 2007, categoria geral; 4 Rodas), Honda, Fit e Civic (Os Eleitos 2007, categorias Pós-Venda, Minivans e Sedãs Médios; 4 Rodas), Honda, Fit e Civic (Os Eleitos 2008, categorias Assistência Técnica, Minivans e Sedãs Médios; 4 Rodas), Fit (Destaque Motor Show 2008, categoria Monovolume Compacto; Motor Show), Fit LX (Qual Comprar, Escolha 2009, categoria Peruas e Monovolumes; Autoesporte); Fit (Os Eleitos 2009, categoria Minivans; 4 Rodas), Civic (Best Cars 2010, categoria Sedã Médio; Carro), Fit (Qual Comprar, Escolha 2010, o melhor do segmento Familiar; Autoesporte), Honda, Fit e Civic (Os Eleitos 2010, categorias Assistência Técnica, Minivans e Sedãs Médios; 4 Rodas); Honda e Fit (Os Eleitos 2011, categorias Serviços e Produtos e Minivans; 4 Rodas); Honda e Fit (Os Eleitos 2012, categorias Assistência Técnica e Minivans; 4 Rodas); Fit e Civic (Os Eleitos 2013, categorias Minivans e Sedãs Médios; 4 Rodas); Civic (Qual Comprar 2013, categoria Sedã MédioAutoesporte); Fit LX 1.5 (Os Eleitos 2014, categoria Carros até R$ 60.000; 4 Rodas); Fit (Qual Comprar 2014, categoria Monovolume/PeruaAutoesporte); Fit (Best Cars 2015, categoria Station Wagon/Monovolume; Carro); Honda (Best Cars 2015, categoria Qualidade; Carro); Fit (Qual Comprar 2015, categoria Monovolume e Perua; Autoesporte); HR-V EX 1.8 (Melhor Compra 2015, categorias Melhor Compra do Ano e SUV até R$ 100.0004 Rodas); Fit (Os Eleitos 2015, categoria Minivans; 4 Rodas); HR-V EX (Compra Certa 2015, categoria De 80 a 90 MilCar and Driver; Fit EX 1.5 CVT (Maior Valor de Revenda 2015, categoria MonovolumeAuto Fácil); Honda e HR-V (Best Cars 2016, categorias Qualidade e CrossoverCarro); Fit (Qual Comprar 2016, categoria Monovolume e PeruaAutoesporte); HR-C (Compra Certa 2016, categoria De 90 a 1000 MilCar and Driver); HR-V EX 1.8 (Melhor Compra 2016, categoria SUV até R$ 100.0004 Rodas); HR-V (Os Eleitos 2016, categoria SUVs e Peruas4 Rodas); Motor Honda 1.5 turbo (Motor 2017, categoria Menor que 2.0; Autoesporte); City e Civic (19a Eleição dos Melhores Carros [2016], categorias Melhor Sedã Pequeno – Classe 2 Melhor Sedã MédioBest Cars); Fit (Qual Comprar 2017, categoria Monovolume e PeruaAutoesporte); Honda, Civic e HR-V (Best Cars 2017, categorias QualidadeSedã MédioCrossoverCarro); City (20a Eleição dos Melhores Carros [2017], categoria Melhor Sedã Pequeno – Classe 2; site Best Cars); Civic (Os Eleitos 2017, categoria Sedãs Médios4 Rodas); 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New City Hatchback e Sedan (Prêmio UOL Carros 2022, categorias HatchSedãportal UOL); Civic (Os Eleitos 2022, categorias Sedãs MédiosGrande Campeão4 Rodas); New City Hatchback e Sedan (Compra do Ano 2023, categorias Hatch Compacto Sedã CompactoMotor Show); City EX 1.5 CVT, HR-V EXL e HR-V Touring (Melhor Compra 2023, categorias “Carros até R$ 120.000SUVs até R$ 170.000 SUVs até R$ 220.000/Grande vencedor4 Rodas); City e HR-V (Selo Maior Valor de Revenda – Autos 2023, categorias “Sedã Compacto” e “SUV Compacto“; Agência AutoInforme)





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