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TOYOTA | galeria

Desde o ano 2000 o maior fabricante mundial de automóveis, em meados da década de 50 a Toyota era uma empresa sem qualquer expressão fora do Japão: fabricava somente mil unidades por mês em 1955. A partir daí, porém, a política de diversificação de modelos e a modernização do estilo das carrocerias, ainda que mantendo esquemas mecânicos convencionais, conduziu ao extravasamento das fronteiras do país, conquistando o mercado asiático e culminando, antes do final da década, com a penetração nos EUA, época em que o país se aventurava no lançamento dos seus primeiros carros “compactos”. Em conseqüência, partindo de um patamar já onze vezes maior (mais de 11.000 veículos/mês, em 1958), a produção da Toyota cresceu exponencialmente.

A Toyota do Brasil Indústria e Comércio Ltda. foi fundada em janeiro de 1958, ano em que se comemorou o 50º aniversário do início da imigração japonesa no Brasil. Desde 1952 veículos da marca já eram importados e parcialmente montados no país – jipes, caminhões médios e chassis para lotações, sempre em pequenos lotes – por iniciativa do comerciante japonês radicado em São Paulo Ichiro Nishitani, através de sua empresa Associação Comercial Arpagral.

Em 1955, antes mesmo da posse do presidente Juscelino Kubitschek e da criação do Geia, a Toyota abriu negociações com o governo de Minas Gerais para a fabricação local (em Santa Luzia ou Belo Horizonte) de 300 jipes por mês. Comitivas japonesas também visitaram São Paulo (finalmente o estado escolhido), tendo se falado, na época, na montagem inicial de mil caminhões/ano.

A empresa acabou por se decidir pela produção de jipes, conforme o plano apresentado ao Geia e por ele aprovado. Segundo o mesmo, 10.100 unidades deveriam ser fabricadas até 1960, já então com 90% de nacionalização em peso. O primeiro ano (1957) previa a montagem de 600 jipes; o segundo, 1.820 unidades, com nacionalização mínima de 75%.

A produção, todavia, iniciou tardiamente, em maio de 1959, em instalações provisórias adquiridas da Rover, no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP), com peças e componentes importados do Japão. O modelo era o Land Cruiser (então simplesmente identificado pelo código alfanumérico FJ25L), um utilitário de concepção absolutamente tradicional, quase réplica do célebre Jeep do pós-guerra e antípoda do moderno DKW Candango que a Vemag aqui lançara no ano anterior. O Toyota, como o Willys, possuía chassi tipo escada, suspensão por feixes de molas, motor a gasolina de seis cilindros (importado, no carro japonês), duas portas e capota de lona. A caixa, de quatro marchas, tinha apenas 3ª e 4ª sincronizadas e a tração era permanente nas quatro rodas.

O PRIMEIRO UTILITÁRIO TOYOTA: SUA FICHA TÉCNICA: chassi tipo escada, cinco lugares, duas portas, seis lugares, 3,84 m de comprimento; motor longitudinal dianteiro a gasolina refrigerado a água, com seis cilindros em linha, 3.878 cm3, 120 cv; tração nas quatro rodas com caixa manual de quatro marchas; direção mecânica; suspensão com eixos rígidos e feixes de molas nas quatro rodas; freios a tambor.

No início de 1960, depois de ter montado menos de 800 veículos, o Governo Federal obrigou a Toyota a suspender a produção por descumprimento dos índices mínimos de nacionalização exigidos pelo Geia, por ela olimpicamente ignorados. Por cerca de um ano e meio a produção esteve paralisada, chegando a empresa a cogitar em desistir da fabricação no país (enquanto isso a Willys produzia mais de 30.000 Jeeps e a Vemag 4.500 Candangos, quase que integralmente nacionais).

Somente no segundo semestre de 1960 os japoneses decidiram aqui permanecer, adquirindo um terreno em São Bernardo do Campo (SP), onde no ano seguinte iniciam a construção de instalações próprias, com capacidade máxima para 300 carros/mês. Ao invés de fabricar seu próprio motor, porém, optam por utilizar uma unidade diesel da Mercedes-Benz, com quatro cilindros em linha, 3.400 cm3 e 78 cv, recém colocada em produção no Brasil para equipar tratores. Sábia decisão: a resistência, confiabilidade e economia do novo motor, aliadas à qualidade de construção do próprio veículo, seriam fatores que para sempre diferenciariam o Toyota do Jeep, vindo a dar-lhe, no futuro, sobrevida de quase duas décadas sobre seu maior concorrente. Foi o primeiro (e por muitos anos o único) utilitário leve brasileiro com motorização diesel.

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Linha Toyota Bandeirante 1972: a gama foi sendo diversificada ao longo do tempo, mais tarde vindo a ganhar cabines-duplas de duas e quatro portas e versões com chassi longo ou sem caçamba.

A nova fábrica foi inaugurada em 1962. Com ela, o motor Mercedes-Benz e a carroceria parcialmente estampada pela Brasinca, a Toyota do Brasil pôde finalmente entrar em regime normal de produção: 627 unidades foram fabricadas em 1962, aumentando para mais de 2.200, em 1964 (embora a média anual viesse a baixar para 740, até 1976, quando só então voltaria para a casa das mil unidades). Sob a nova denominação Bandeirante, outras versões foram lançadas, a primeira delas no III Salão do Automóvel, no final de 1962: o modelo longo TB51L, com 2,75 m de entre-eixos (contra 2,25 do modelo menor, agora classificado TB25L), duas portas e nove lugares. Ambos modelos então ganharam opção de capota de aço, respectivamente fornecidas pela Carbruno e Carraço. No ano seguinte foi lançada a picape e, logo depois, o jipe longo com quatro portas e capota de lona. Para os modelos longos (jipes e picape), também passou a ser oferecida opção de tração em duas ou quatro rodas, com acoplamento das rodas dianteiras com o veículo em movimento.

No V Salão, em 1966, toda a linha ganhou nova grade dianteira. A picape (que passou a ser denominada TB81L) passou por grandes transformações: a distância entre eixos aumentou 20 cm, permitindo adotar uma caçamba 10 cm mais alta e 38,5 cm mais longa, com capacidade para uma tonelada. Suspensão, freios e sistema elétrico foram reforçados; pneus e assento (agora inteiriço) também foram trocados. Também no Salão foi apresentada uma versão furgão de quatro portas sobre chassi longo, que não chegou a entrar em produção.

Em 1968, no VI Salão, todos os modelos ganharam portas, janelas e estribos maiores, alternador, banco regulável e novos coxins do motor, enquanto que os jipes com capota de aço – a partir daí de fabricação própria – ainda tiveram o teto parcialmente elevado, de modo a proporcionar maior rigidez estrutural e ampliar o espaço interno. O espartano painel de instrumentos (até então importado!) foi redesenhado e substituído por um conjunto fabricado no país. A picape, modelo de maior acolhida da marca (70% das vendas) e ampla utilização em atividades agrícolas e nas áreas rurais, foi objeto de maior atenção, mais uma vez recebendo reforços nos freios e molas, além de nova cabine, com para-brisas, portas e janelas maiores e vigias adicionais nos cantos traseiros.

A partir dessa seqüência de novidades a Toyota entraria num lento ritmo de pequenas mudanças homeopáticas, numa rotina extremamente conservadora que até hoje caracteriza a marca. A novela “automóvel”, que demoraria mais de 30 anos sendo escrita, é prova dessa cautela extremada, quase reacionária, na condução dos negócios brasileiros. Desde 1967, pelo menos, a empresa citava estudos e avaliações visando a fabricação de automóveis no Brasil, apontando Corona e Corolla (então um carro pequeno, com motor de um litro) como as maiores probabilidades de nacionalização. Em 1971 volta atrás, alegando como prioritários os investimentos no Japão. Registre-se que, na altura, a Toyota já era o quinto maior fabricante mundial do setor, prestes a galgar a terceira posição: enquanto isso, naquela ano fabricaria somente 509 carros no Brasil, menos de um milésimo da produção nacional de quase 517 mil unidades.

Em 1972 a empresa entregou o 10.000º veículo brasileiro – total correspondente a apenas 12 dias de produção da Volkswagen do Brasil. Ainda em 1972, como desdobramento de visita do Ministro do Planejamento brasileiro ao Japão, duas equipes de executivos e técnicos da Toyota visitaram longamente o país, “demonstrando interesse” em aqui fabricar três modelos de automóveis, além dos utilitários, talvez em nova fábrica a ser erguida em Belo Horizonte; até uma cifra de investimentos foi citada – US$ 220 milhões. Em 1973 a empresa estaria “fazendo testes” com o Corolla, para lançá-lo dois anos depois. Nada disto aconteceu. De investimentos concretos, apenas instalações de fundição e forjaria – das quais a empresa jamais dispôs – inauguradas entre 1974 e 75. (Enquanto isso, a empresa japonesa penetrava no concorrido mercado de empilhadeiras com uma linha de modelos importados; pretendia implantar fábrica na Zona Franca de Manaus, chegando a apresentar proposta ao CDI; por se constituir em simples linha de montagem, com componentes vindos do Japão, o projeto não foi autorizado.)

A linha de utilitários permaneceu praticamente inalterada até 1982. As únicas mudanças notáveis no período ocorreram no IX Salão, no final de 1974: novo motor diesel com injeção direta Mercedes-Benz, de quatro cilindros, 3.784 cm3 e 85 cv, e pequena alteração na carroceria dos modelos com capota de aço, compreendendo relevos estampados com função estrutural, contribuindo para reduzir a vibração das chapas laterais e traseiras – mudança no ano seguinte estendida ao modelo com capota de lona (e, bem depois, à picape). No final da década as lanternas de posição sobre os para-lamas foram substituídas por modelos maiores e mais visíveis. Em 1981, por fim, toda a linha recebeu caixa de redução, câmbio totalmente sincronizado, servo-freio, junta elástica na coluna de direção e luz de ré. Em meio a estas tardias melhorias, uma curiosidade: no esforço de simplificar ainda mais o veículo, os logotipos até então afixados nas laterais, abaixo do capô, foram substituídos pelo nome “Bandeirante” diretamente estampado na carroceria.

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A legendária resistência do Bandeirante, aliada à motorização diesel Mercedes-Benz, tornou-o o utilitário mais valorizado do mercado; a imagem é um extrato de propaganda de 1986.

Em meados da década de 70 a Toyota retomou o fôlego e voltou a viver um período de crescimento, passando de 895 unidades/ano, em 1975, para 4.310, cinco anos depois. O veículo nº 30.000 foi fabricado em 1981; em três anos sairia o 40.000º. A empresa procurou explorar a fase favorável (momentaneamente perturbada pela recessão do início dos anos 80) para dinamizar um pouco sua linha de produtos, começando por modernizar e intensificar suas campanhas publicitárias. Naquele ano, 1983, alterou mais uma vez a grade dos carros, dando-lhe linhas mais quadradas e maior afastamento entre os faróis. Também lançou um chassi com entre-eixos 40 cm maior, em três apresentações: picape com caçamba de 2,53 m, chassi livre, para receber furgões ou carrocerias de madeira, e (sua primeira) cabine-dupla, com duas portas e caçamba de 1,80 m. O eixo dianteiro foi reprojetado, passando a utilizar juntas homocinéticas em lugar de esféricas.

No XIII Salão do Automóvel, em 1984, na falta de maiores novidades, a Toyota aproveitou a voga dos 4×4 luxuosos para lazer e mostrou dois jipes com preparações especiais: um longo, com capota rígida de plástico reforçado com fibra de vidro, bancos especiais, carpetes e ar condicionado; outro curto, colocado à venda como Esportivo OJ50L, com grade de proteção adicional, faróis auxiliares a iodo, santantônio tubular, pneus largos, conta-giros e relógio digital. Foi a partir daí que a empresa passou se preocupar mais seriamente com o conforto interno do restante da linha, sofisticando minimamente os acabamentos e fornecendo acessórios que havia décadas já equipavam o restante da produção nacional.

Assim, os carros 1985 chegaram com painel redesenhado e pintado em dois tons e portas com painéis acolchoados; como opcionais, passou-se a oferecer, para todos, relógio, tacômetro, rádio, direção hidráulica e até ar condicionado. Faixas decorativas foram aplicadas ao restante da linha. Mais novidades só voltariam a surgir em 1989, na feira Brasil Transpo: nova grade plástica com faróis retangulares, lanternas traseiras maiores, porta traseira de novo desenho (para os jipes com capota de aço), isolamento acústico reforçado e motor (sempre Mercedes-Benz) maior e mais potente, com 3.972 cm3 e 90 cv. Internamente ganhou revestimento de vinil no teto, banco mais anatômicos, com encosto reclinável para o motorista, e opção de forração em tecido.

Quanto aos automóveis, o assunto ressurgiu em 1982 sob a bandeira da economia de combustíveis, motivada pela Crise do Petróleo e pela guerra Irã-Iraque. A Toyota não escondeu então o interesse de aqui fabricar carros “que faziam 20 quilômetros por litro de combustível“. Dessa vez, porém, o CDI impôs condições à instalação da nova fábrica: nenhum incentivo, preços mais reduzidos, localização a ser definida pela União e metas e prazos predefinidos. Logo a seguir a matriz decidiu construir três grandes fábricas fora do Japão (nos EUA, Canadá e em Taiwan, para exportação), ficando o Brasil mais uma vez relegado “para quando houver dinheiro para investir“. Em 1985 nasceram plantas na Índia e na Austrália. “Depois, pode ser que seja a vez da América Latina“, então comentou a empresa. Talvez prevendo ser inevitável seu crescimento no país, em 1989 a Toyota finalmente adquiriu um grande terreno em Indaiatuba (SP), próprio para a construção de prédios industriais.

Em 1990 Fernando Collor assumiu a presidência do país, criticando o suposto “atraso” da indústria automobilística brasileira, povoada de “carroças”, textualmente citando os japoneses –Toyota e Nissan – como exemplos de “modernidade”. Em visita ao Japão, chegou a anunciar que convidaria ambas a abrir fábricas no Brasil, o que acabou por não fazer. Comentando a informação, a Toyota elogiou a política econômica liberal do novo governo, porém reafirmou ainda não ter planos para o país, não esquecendo de declarar ser pré-condição para aqui fabricar novos veículos ter liberdade para trazer autopeças e componentes de onde bem entendesse. Pouco antes do final do ano a empresa admitiu o interesse de ampliar suas atividades no país, apresentando ao Ministério da Economia pedido de isenção de impostos para a importação de uma fábrica completa, com “apenas três anos de uso“, a ser desmontada no Japão e trazida para o Brasil. A unidade se destinaria à produção de 50 mil picapes Hilux por ano. O início de operação, no entanto, dependia do “governo promover as suas propostas de abertura (…); o mercado está se internacionalizando e o Brasil precisa seguir esse caminho“.

A construção da nova fábrica ainda demoraria anos para ser iniciada: antes disso, aproveitando-se da momentânea liberalização econômica oferecida pela Argentina, foi implantada uma inesperada unidade naquele país (para a Hilux). Somente em outubro de 1996 o terreno de Indaiatuba começaria a ser terraplanado. Importante motivação para a construção da nova fábrica brasileira seria a necessidade de compensar a importação de picapes argentinas (que se iniciaria em 1997) com equivalente exportação de produtos brasileiros, segundo as regras vigentes entre os países do Mercosul. Enquanto isso, a empresa soube se valer da abertura do mercado promovida por Collor, priorizando importar veículos a fabricá-los no país: em outubro de 1992 foram trazidos do exterior picapes Hilux e os primeiros automóveis – os sedãs Corolla e Camry.

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Após décadas de promessas e expectativas, a Toyota apresenta o modesto sedã Corolla, seu primeiro automóvel de passeio nacional.

Também em 1993 foi feita mais uma tentativa de atualização da linha nacional: câmbio de cinco marchas, direção hidráulica, amortecedor de direção, freios redimensionados com sistema modulador de frenagem e discos na frente, tanque de combustível 20% maior, bateria transferida da cabine para o compartimento do motor, ventilação forçada e aquecimento interno. No ano seguinte os veículos, até então quase 100% nacionais, “internacionalizam-se“, abandonando o motor Mercedes-Benz por um diesel aspirado trazido do Japão, com 3.661 cm3 e 96 cv, montado no Brasil com somente 34,5% de componentes locais.

(Em direção contrária à tendência da quase totalidade da indústria automobilística brasileira, em 1994 a diretoria da Toyota ainda era totalmente constituída de cidadãos japoneses. Ademais, a despeito da propalada excelência dos métodos produtivos da matriz, obtidos com a participação ativa dos trabalhadores, a filial brasileira era a única indústria do setor, em São Bernardo do Campo, que não dispunha de Comissão de Fábrica.)

Em 1995 a fábrica de São Bernardo do Campo foi ampliada; o novo galpão foi equipado com máquinas usadas, compradas nos EUA e Japão, para fornecer componentes para sua filial norte-americana e para a picape argentina. Somente no final de novembro, depois da Honda anunciar sua instalação no Brasil, a Toyota resolveu comunicar oficialmente a construção de nova planta, com capacidade para 20 mil carros/ano. Em fevereiro do ano seguinte, no entanto, criticava a elevação da taxa de importação de veículos completos e a política brasileira para o setor; declarando “falta de credibilidade” do país, a empresa mais uma vez negaria planos de curto prazo para o Brasil!

Em agosto, finalmente, a empresa comunicou ao Presidente da República a decisão pela construção da fábrica, com capacidade nominal de 15 mil unidades/ano; seu primeiro produto seria o sedã Corolla, a ser lançado com 45% de nacionalização (por não ter aderido ao Regime Automotivo brasileiro a empresa não teve que se obrigar a atingir o índice mínimo de 60%). Dias depois executivos da Toyota acenaram com a necessidade de construção de uma terceira fábrica para a produção “de 300 a 500 mil carros pequenos“. Neste caso, a decisão final chegaria mais rápido, em pouco mais de dez anos…

Em setembro de 1998 foi inaugurada a planta de Indaiatuba e iniciada a produção do primeiro automóvel Toyota nacional: o bisonho e ultraconservador sedã médio Corolla. Motor, transmissão, suspensão e peças estampadas da carroceria eram importados (até os para-choques plásticos vinham de fora, da Tailândia). Segundo a visão prepotente da alta-administração da empresa – ou pior, sua ignorância dos mais de 30 anos de indústria automobilística brasileira e 33 milhões de veículos já fabricados –, “estamos nacionalizando apenas componentes que não afetam a segurança e o desempenho do carro“. Se neste aspecto a Toyota retornava quatro décadas no tempo (quando, de componentes nacionais, o mercado só dispunha de pneus, amortecedores, baterias e bancos), com relação ao estilo o Corolla regredia pelo menos dez anos, estampando um visual perdido no passado, comparável, por exemplo, à dupla Apollo/Verona, produtos de 1989 da Autolatina, já pouco inspirados e de limitado sucesso na época.

Quanto à concepção mecânica, o novo carro era atualizado, equiparado à categoria, com relevo para a suspensão McPherson independente nas quatro rodas e o motor de 16 válvulas com duplo comando e ignição eletrônica. De resto, sem novidades: tração dianteira, câmbio de cinco marchas, freios a disco na frente e direção hidráulica. Apresentado em três versões (XLi, XEi e SE-G, a mais completa), era bem dotado de itens de série, inclusive de segurança passiva: duplo airbag, barras laterais de proteção, cintos de três pontos para todos os passageiros, coluna de direção regulável, assento com regulagem em altura e travas elétricas. O modelo mais caro também vinha com ABS, ar condicionado, vidros e retrovisores elétricos, bancos de couro, rádio-CD e rodas de liga.

O PRIMEIRO COROLLA: SUA FICHA TÉCNICA: carroceria monobloco, quatro portas, cinco lugares, bagageiro com 406 litros, 4,39 m de comprimento; motor transversal dianteiro refrigerado a água, com quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.762 cm3, 116 cv; ignição eletrônica multiponto; tração dianteira com caixa manual de cinco marchas (automática opcional); direção hidráulica; suspensão independente nas quatro rodas, tipo McPherson; freios a disco ventilados na frente e a tambor atrás.

A acolhida da imprensa foi, em geral, fria: expressões como “o mais conservador possível“, “careta“, “carro da década de 80“, “quadradão“, “antiquado“, “ausência de personalidade” e “sem destaque diante da concorrência” estiveram presentes em todas as matérias e testes publicados sobre o novo carro. Também a maciez excessiva da suspensão e o padrão de acabamento interno foram questionados. Algumas qualidades não deixaram de ser reconhecidas, contudo: torque do motor, estabilidade, desempenho do câmbio automático e dotação de acessórios. Teste da revista Carro (abril de 1999) apontou o Corolla como o último colocado quando comparado com Chevrolet Astra e Vectra, Fiat Marea, Honda Civic e o importado Renault Mégane. Também foi o último na avaliação comparativa de versões automáticas, realizada por 4 Rodas (junho de 2001), frente ao Civic, Vectra e VW Bora (importado). A banalidade do carro da Toyota logicamente teve fraquíssima resposta do mercado, negando a firme convicção da empresa quanto ao “conservadorismo do comprador brasileiro“. Assim, da meta de produção de 15 mil carros em 1999, menos de 8 mil saíram da linha de fabricação: enquanto isso, a também nipônica Honda produzia quase 18 mil unidades.

As vendas reduzidas levaram a empresa a alterar e intensificar suas campanhas de propaganda, passando a explorar o mito de “carro mais vendido no mundo” – uma inverdade, já que o Corolla se encontrava na oitava geração, com modelos situados em categorias muito diferentes entre si, tendo migrado de um carro popular de menos de um litro para um bem mais caro, de tamanho médio. (Corolla pode ser entendido, apenas, como um “sobrenome” por muitos anos utilizado pela Toyota para batizar diversos modelos de automóveis: nada que se possa comparar, por exemplo, com Ford T ou Fusca, modelos únicos fabricados aos milhões, por décadas seguidas.) Em 2000, dois anos depois do seu lançamento no país, a Toyota ainda necessitava lembrar em seus anúncios: “Corolla. Agora fabricado no Brasil“.

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Um sedã Corolla totalmente novo foi lançado em 2002; o modelo foi mais tarde acompanhado pela station Fielder, aqui mostrada.

Quando da apresentação do Corolla nacional a Toyota reafirmou os planos de fabricação de um veículo menor (o recém-lançado Yaris, ou mesmo um modelo da Daihatsu), a ser construído em nova planta com capacidade para 200 mil carros/ano; com ele, pretendia conquistar 10% do mercado nacional em 2005. No início do ano 2000, porém, os planos foram suspensos indefinidamente. Meses depois, em lugar da construção do “carro popular” a empresa anunciou a intenção de fortalecer sua posição no segmento de carros médios, investindo no aumento de capacidade da fábrica existente para 45 mil unidades/ano e (enfim) na elevação do índice de nacionalização para 80%.

(Tal estratégia, porém, traria no futuro resultados contraditórios para a Toyota. Se por um lado permitiria o lançamento de um modelo de muito mais sucesso, que se tornaria líder do segmento, a indisponibilidade de um carro de menor porte impediria que a empresa ganhasse posições relativas no mercado: em 2010 a Toyota ainda seria o menor fabricante nacional de automóveis (63,7 mil unidades fabricadas), dela se distanciando cada vez mais as igualmente “novas” Honda (131,5 mil), CitroënPeugeot (148,2 mil) e Renault (172,5 mil).)

Com a chegada do automóvel, o jipe Bandeirante passou a ocupar posição ainda mais secundária no rol de preocupações da Toyota. Ainda assim, em 1999 seriam lançadas duas novidades, as últimas na longa história do modelo: uma picape cabine-dupla com quatro portas (as traseiras tão estreitas que dificultavam a entrada dos passageiros) e, em comemoração ao 100.000º jipe fabricado, a série especial Sport, para o jipe chassi curto, com as características do Esportivo de 1984, acrescidas de portas de aço e faróis auxiliares e lanternas traseiras embutidos nos para-choques e protegidos por tela.

O veterano Bandeirante, porém, não sobreviveria por muito mais tempo: em novembro de 2001 os últimos jipes deixaram a linha de montagem, após um total de 103.750 unidades fabricadas. A alegação oficial foi a inadequação de seus motores à legislação ambiental que no ano seguinte entraria em vigor no país (entretanto, caso fosse de real interesse da empresa manter os jipes em produção, encontraria no mercado vários motores diesel de fabricação nacional com porte e potência adequados para). Com o fim da produção do Bandeirante a linha de montagem de São Bernardo do Campo foi desativada, ficando a unidade restrita à fabricação de peças e componentes para o Corolla e o Hilux argentino.

Em junho de 2002 foi inaugurada a expansão da fábrica de Indaiatuba. Simultaneamente foi lançado o novo Corolla, nona geração do modelo, apresentada dois anos antes no Japão, incomparavelmente mais moderna do que a anterior. Ainda assim a Toyota novamente optou por colocar no mercado brasileiro sua versão mais conservadora – o sedã de quatro portas projetado para os EUA –, deixando de lado o modelo hatch de desenho mais ousado vendido na Europa. Com ele, a empresa pretendia atrair as mulheres e atingir um mercado mais jovem, para tal contratando um ator hollywoodiano – Brad Pitt – para a campanha publicitária de lançamento.

Embora pouco tivesse sensibilizado o desejado público-alvo, o novo Corolla seria um sucesso de mercado, em poucos meses assumindo a liderança no segmento dos sedãs médios; nunca mais deixaria de ser o automóvel preferido pelo “senhor classe-média bem sucedido, cauteloso e conservador“. (Significativo constatar que, a partir de 2003, o Corolla se tornaria o modelo de veículo mais blindado no país.) Segundo a empresa, o novo carro alcançava 70% de nacionalização (carroceria monobloco e suspensão já eram nacionais, mas todo o trem de força continuava sendo importado). Com ele a Toyota transformaria a fábrica brasileira em base de exportação para a América Latina e o Caribe, aí incluindo dez mil carros por ano enviadas sob regime CKD para a Venezuela.

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2012: mais um anticlímax seria criado com a revelação do primeiro automóvel pequeno da Toyota, o triste e pobre Etios, aqui na versão hatch.

O novo Corolla foi apresentado nas mesmas versões de acabamento do anterior, porém com duas opções de motor de quatro cilindros e 16 válvulas (1.598 cm3 e 110 cv; 1.794 cm3, com sistema de válvulas de abertura variável e 136 cv). Externamente, o modelo mais completo SE-G se diferenciava dos outros pela grade de elementos verticais. Era mais largo, alto e comprido (4,53 m) do que o modelo antigo; a maior distância entre eixos permitiu melhorar o espaço interno e aumentar o porta-malas (437 l). Suas demais características: câmbio manual de cinco marchas (automático de série no SE-G, opcional nos demais), suspensão dianteira McPherson e traseira por barras de torção, freios a disco nas quatro rodas (ventilados na frente), direção hidráulica.

Como no modelo anterior, era grande o sortimento de acessórios, acrescido de diversos porta-objetos, anteriormente não disponíveis. Com as mudanças introduzidas, se mostrou espaçoso, confortável, estável e resistente: um carro confiável, “sem arroubos de criatividade, estilo e desempenho“. “Médio e correto em tudo“, como muito bem caracterizou o jornalista Roberto Nasser. Ou um “trivial caprichado“, segundo o caderno de automóveis do jornal O Globo. (Nos anos seguintes o Corolla ganharia diversas premiações como “melhor sedã” e “melhor automóvel” do país; curiosamente, nos vários testes comparativos aos quais foi submetido pela imprensa especializada, raramente sobressaiu sobre a concorrência; o fenômeno se repetiria com sua derivada Fielder.)

No XXII Salão do Automóvel, no final de 2002, foi apresentado o protótipo da Fielder, caminhonete construída a partir do Corolla e que seria o segundo modelo da marca em sua nova fase brasileira. O carro foi lançado em maio de 2004. Equipado com motor 1.8 de 136 cv e caixa manual ou automática, era 8 cm mais curto e 11 cm mais alto do que o sedã, comportando um bagageiro que variava de 411 a 1.480 litros, com o banco traseiro rebatido. Apresentado apenas na versão intermediária de acabamento XEi, trazia grade dianteira com elementos horizontais, aerofólio e rack no teto e assento traseiro com apóia-braço e encosto reclinável. A empresa previa produzir 8.000 unidades/ano; apesar de suas qualidades dinâmicas, porém, o modelo nunca chegaria a ser bem vendido.

No final do ano a linha de sedãs foi levemente retocada na grade (o logotipo foi deslocado do centro para junto do capô), no para-choque dianteiro e nas lanternas traseiras; também ganhou mais alguns acessórios, tais como computador de bordo, piloto automático, sensor de chuva e retrovisor com ajuste anti-ofuscante automático; o SE-G recebeu uma barra cromada sobre a placa. O Fielder não foi mudado.

Em 2005 a Toyota concluiu o processo de expansão da fábrica argentina que, como a brasileira, foi redimensionada para 45 mil veículos/ano; a ampliação foi decidida após a escolha da Argentina como um dos pólos mundiais de fornecimento da nova família de picapes e SUVs do “projeto IMV” – primeiros veículos da história da Toyota desenvolvidos fora do Japão, por equipe internacional, originária de diversas de suas fábricas (o Brasil não participou).

De forma surpreendentemente rápida, em contraste com suas decisões tradicionalmente morosas, naquele mesmo ano a empresa decidiu uma vez mais aumentar a capacidade de ambas as plantas, agora para 60.000/ano. 2005 foi um ano de excelentes resultados para a Toyota: as vendas internas (de veículos nacionais e importados, inclusive da Argentina) cresceu 21%, assegurando-lhe 3,76% de participação e o quinto posto no mercado, ultrapassando a Renault. Três modelos foram líderes de venda em suas categorias: Corolla (pelo quarto ano consecutivo), Fielder e a nova picape Hilux argentina. Caso se considere apenas a produção nacional, contudo, a Toyota desce para a sétima posição, com 57.356 veículos fabricados, correspondendo a 2,26% do total nacional do ano.

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Corolla 2015: pela primeira vez a Toyota ousaria um pouco mais em seus lançamentos nacionais.

Com a chegada, em 2006, do novo Vectra, do Renault Mégane e, principalmente, do novo Civic – todos muito mais modernos e estilisticamente avançados do que o Corolla – o reinado do carro da Toyota foi balançado. A reação foi lenta – e insuficiente. Em maio de 2007 a empresa lançou o Corolla 1.8 na versão flex, com a mesma potência e torque com uso de gasolina ou álcool: foi o último fabricante brasileiro a oferecer a opção. Em resposta à crítica geral quanto à pobreza interna do Fielder, para ele também foi disponibilizada a versão superior SE-G (inclusive sua grade de barras verticais).

Naquele ano Corolla e Fielder perderam a liderança. Num período de forte crescimento de mercado, com as vendas internas subindo 28,5%, a Toyota regrediu 0,7%. A produção baixou quase 3,5%, enquanto que o total nacional avançou 14%. Todos os novos fabricantes de automóveis de passeio (Honda, Renault, Peugeot/Citroën), sem medo de se lançar ao mercado, ágeis em suas políticas de produto e com carros modernos e atraentes, deram enorme salto naquele ano. Crescendo muito acima da média (respectivamente 34,2, 48,6 e 24,8%), distanciavam-se definitivamente da Toyota que, produzindo a metade de cada uma delas, retornava para o último lugar entre os fabricantes nacionais da categoria.

Assim, a Toyota chegou a 2008. Quase 50 anos depois de iniciar a produção no país, a empresa ainda não dispunha de uma fábrica de motores própria, importando todos os principais órgãos mecânicos do único modelo que aqui produzia (em agosto o Fielder deixaria de ser fornecido). Mais de 40% de suas vendas internas correspondiam a modelos importados, a maior parte vindos da Argentina. Totalmente dependente do Japão para a tomada de decisões, a filial teve que esperar décadas pela decisão (que afinal seria tomada em 2008) de implantar nova unidade no país para a fabricação de um automóvel menor e mais barato. Maior fabricante mundial de automóveis, a gigante Toyota permanecia a menor entre as instaladas no Brasil, sendo ultrapassada por diversas empresas recém-chegadas, aqui instaladas havia menos de dez anos.

<toyota.com.br>

 

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Jipe Bandeirante Sport (07/99), Corolla e Fielder S (09/06), Etios Platinum (06/14, 08/16), Etios White Pack (02/26), Corolla Dynamic e Etios hatch Ready! (09/16), Yaris S (10/20), Cross Special Edition (03/21)

Outras premiações e distinções (modelos nacionais)

Corolla XLi e XEi (Melhor Compra 2003, categorias “carros de 35.000 até 40.000 Reais” e “carros de 40.000 até 50.000 Reais”; 4 Rodas), Corolla (Os Melhores do Ano 2003, categoria “Sedãs”; Motor Show), Corolla (Prêmio Autodata 2004, categoria “Veículo Automóvel”; AutoData), Corolla (O Melhor Carro do Brasil 2004, categoria “Nacional”; revista Carro), Corolla XLi e XEi (Melhor Compra 2004, categorias “carro de 45.000 a 50.000 Reais” e “carro de 50.000 a 55.000 Reais”; 4 Rodas), Corolla (O Melhor Carro do Brasil 2005, categoria “Nacional”; revista Carro), Corolla 1.8 (Qual Comprar, Seleção 2005, categoria “Sedãs Médios Top”; Autoesporte), Fielder (Melhor Compra 2006, categoria “Peruas Médias”; 4 Rodas), Fielder automático (Melhor Negócio 2006, categoria “De R$ 70.000 a R$ 80.000”; revista Carro), Fielder (Melhor Compra 2007, categoria “Peruas Médias”; 4 Rodas), novo Corolla XEi (Melhor Compra 2008, categoria “carros O Km de 60.000 a 70.000 Reais”; 4 Rodas), novo Corolla (Destaques Motor Show 2008, categoria “Sedã Médio”; Motor Show), Toyota e Corolla (Os Eleitos 2009, categorias “Assistência Técnica”, “Sedãs Médios” e geral; 4 Rodas), Toyota (Best Cars 2010, categoria “Cliente Mais Satisfeito”; revista Carro), Corolla (Best Cars 2011, categoria “Sedã Médio”; revista Carro), Corolla (Best Cars 2015, categoria “Sedã Médio”; revista Carro), Corolla 1.8 GLi automático (Melhor Compra 2015, categoria “Carro até R$ 80.000”; 4 Rodas), Etios hatch, Etios Sedan, Corolla e Toyota (Os Eleitos 2015, categorias “Hatches de Entrada”, “Sedãs Compactos” e Geral, “Sedãs Médios” e “Assistência Técnica”; 4 Rodas), Corolla GLI e Corolla GLI A/T (Compra Certa 2015, categorias “De 60 a 70 Mil” e “De 70 a 80 Mil”; Car and Driver); Corolla XEI (Maior Valor de Revenda 2015, categoria “Sedã Médio”; Auto Fácil); Corolla (Best Cars 2016, categoria “Sedã Médio”; revista Carro), Corolla 2.0 (Compra do Ano 2016, categoria “Sedã Médio”; Motorshow); Etios Sedan XS 1.5 automático (Melhor Compra 2016, categoria “Carro até R$ 60.000”; 4 Rodas); Etios Hatch e Etios Sedan (Os Eleitos 2016, categorias “Hatches Compactos de Entrada” e “Sedãs Compactos”; 4 Rodas); Etios Sedan X 1.5 automático (Melhor Compra 2017, categoria “Carro até R$ 60.000”; 4 Rodas); Corolla (Carsughi L’Auto Preferita 2017, categoria “Carro de Passeio 1.7 a 2.0); Toyota (Os Eleitos 2018, categoria “Assistência Técnica”; 4 Rodas); Etios Sedan X 1.5 automático e Yaris Sedan XL 1.5 automático(Melhor Compra 2019, categorias “Carros até R$ 65.000” e “Carros até R$ 75.000”; 4 Rodas); Toyota (Os Eleitos 2019, categoria “Assistência Técnica”; 4 Rodas); Yaris Hatch e Yaris Sedan (Melhor Valor de Revenda 2020, categorias “Hatch Compacto de Referência” e “Sedã Compacto de Referência”; 4 Rodas); Corolla Altis Hybrid Premium Pack (Melhor Compra 2020, categoria “Carros até R$ 180.000”; 4 Rodas); Corolla Altis Hybrid e Altis Premium (Qual Comprar 2020, categorias “Híbridos e Elétricos e Sedã Médio”; Autoesporte); Toyota (Os Eleitos 2020, categoria “Pós-venda”; 4 Rodas); Corolla (Melhor Revenda 2021, categoria “Sedã Médio”; 4 Rodas); Corolla e Corolla Cross (Qual Comprar 2021, categorias “Sedã Médio” e “Híbrido e Elétrico”; Autoesporte); Corolla XEi, Corolla 2.0 GR-S e Corolla Altis Hybrid (Melhor Compra 2021, categorias “Carros até R$ 150.000”, “Carros até R$ 200.000” e “Híbridos até R$ 300.000”; 4 Rodas); Toyota (Os Eleitos 2021, categoria “Pós-vendas”; 4 Rodas); Corolla Cross (Prêmio AutoData 2021, categoria “Veículo Automóvel”; AutoData); Corolla XEi (Melhor Compra 2021, categoria “Sedãs de R$ 80.000 a R$ 120.000”; 4 Rodas); Corolla Cross (Menor Custo de Uso 2022, categoria SUVs Médios4 Rodas); Corolla Altis Premium e Corolla Altis Hybrid (Premium Pack) (Melhor Compra 2022, categorias Carros até R$ 200.000 e Híbridos até R$ 300.0004 Rodas); Corolla XEi e Corolla Cross XRX Hybrid (Qual Comprar 2022, categorias Melhor sedã Médio e Melhor HíbridoAutoesporte); Corolla e Corolla Hybrid (Prêmio Maior Valor de Revenda – Autos 2022, categorias Sedã Médio Híbrido até R$ 300 milAgência AutoInforme); Corolla Cross e Toyota (Os Eleitos 2022, categorias SUVs MédiosPós-venda4 Rodas); Corolla, Corolla Cross e Corolla Cross híbrido (Melhor Revenda 2023, categorias Sedã MédioSUV Médio Híbrido de Acesso4 Rodas); Yaris Sedan XS e Corolla Cross XRE (Menor Custo de Uso 2023, categorias Sedãs Compactos e SUVs Médios; 4 Rodas); Yaris Sedan XL 1.5 CVT, Corolla GLI e Corolla XEI (Melhor Compra 2023, categorias Carros até R$ 100.000, Carros até R$ 150.000 e Carros até R$ 200.000; 4 Rodas); Toyota (Prêmio Automotive Business 2023, categoria Empresa do Ano – MontadoraAutomotive Business); Toyota (Prêmio AutoData 2023 – Melhores do Setor Automotivo, categorias Montadora de Automóveis e Comerciais Leves Inovação Tecnológica – MontadoraAutoData); Corolla e Corolla Cross (Os Eleitos 2023, categorias Sedãs e SUVs MédiosGrande Campeão4 Rodas)





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